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51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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<strong>de</strong> cordada a subtrunca<strong>do</strong>-emarginada até arre<strong>do</strong>ndada e o ápice <strong>de</strong> obtuso a subagu<strong>do</strong> até<br />

acumina<strong>do</strong>, geralmente em um mesmo exemplar, dai a pouca importância <strong>de</strong>sses caracteres na<br />

taxonomia das espécies <strong>do</strong> gênero. Há casos em que há constância no fendilhamento <strong>do</strong>s lobos,<br />

como em B. splen<strong>de</strong>ns, em que to<strong>do</strong>s os exemplares examina<strong>do</strong>s apresentavam folíolos separa<strong>do</strong>s<br />

até a base. Existe ainda um grupo <strong>de</strong> espécies que se apresenta invariavelmente com folhas inteiras<br />

como B. sprucei. No entanto em B. alata e B. rutilans foram encontra<strong>do</strong>s espécimes com folhas<br />

inteiras e espécimes com folhas curtamente lobadas.<br />

O padrão <strong>de</strong> nervação é <strong>do</strong> tipo campilódromo (figs. 6 a 10). O número <strong>de</strong> nervuras <strong>de</strong><br />

primeira or<strong>de</strong>m varia <strong>de</strong> 3 a 13, e ten<strong>de</strong> a se manter <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> limites próximos para uma mesma<br />

espécie. O valor <strong>de</strong>sse caracter é relativo, pois em espécies afins o número <strong>de</strong> nervuras se<br />

interpenetram. Por exemplo B. glabra (fig. 7) apresenta folhas geralmente 9-nérveas, enquanto<br />

B. longipetala (fig. 8) e B. anamesa costumam apresentar <strong>de</strong> 11 a 13 nervuras <strong>de</strong> primeira or<strong>de</strong>m,<br />

no entanto, ocasionalmente encontramos espécimes <strong>de</strong> B. glabra cujas folhas possuem mais <strong>de</strong> 9<br />

nervuras principais. A re<strong>de</strong> <strong>de</strong> nervação é bastante <strong>de</strong>nsa. O bor<strong>do</strong> é inteiro, as terminações<br />

vasculares se apresentam anastomosadas, raramente, ocorren<strong>do</strong> livres (figs. 1 e 2). A re<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

nervação não constitui caráter taxonômico <strong>de</strong> peso. As poucas terminações vasculares livres são<br />

constituídas exclusivamente <strong>de</strong> esclerócitos em B. rubiginosa (fig. 5).<br />

A textura varia <strong>de</strong> rígi<strong>do</strong>-membranácea, em B. glabra, a rígi<strong>do</strong>-coriácea em B. cupreonitens.<br />

Para a maioria das espécies a textura fica entre cartácea e coriácea.<br />

g. Ramos floríferos e inflorescência.<br />

Cada râmulo florífero geralmente apresenta um pedúnculo, no ápice <strong>do</strong> qual po<strong>de</strong>m<br />

aparecer <strong>de</strong> 1 a 2 gavinhas compresso-espiraladas,! jcaducas ou persistentes. A partir daí ocorre uma<br />

região <strong>de</strong> folhas alternas aproximadas, geralmente <strong>de</strong> menor tamanho que as <strong>do</strong>s ramos vegetativos.<br />

Da axila <strong>de</strong>ssas folhas po<strong>de</strong>m surgir racemos simples ou duplos. O eixo <strong>do</strong> ramo florífero<br />

prolonga-se na raque da inflorescência terminal racemosa simples, duplas ou multi-ramosa como<br />

por exemplo em B. rubiginosa (fot. 8,9 e 11). Cada flor apresenta uma bráctea e duas bractéolas, <strong>de</strong><br />

sub-opostas a opostas, inseridas na região mediana, ou no ápice <strong>do</strong> pedicelo. São geralmente muito<br />

caducas. Po<strong>de</strong>m ser <strong>de</strong>s<strong>de</strong> foliáceas até lineares ou subuladas (figs. 11 a 31). Embora possam variar,<br />

em uma mesma espécie, quanto ao contorno e dimensões, representam um caráter <strong>de</strong> valor. A<br />

venação (figs. 32 a 40) não parece constituir caráter <strong>de</strong> importância taxonômica para a separação<br />

das espécies.<br />

h. Pedicelo.<br />

Os pedicelos variam <strong>de</strong> comprimento para uma mesma espécie. Algumas espécies, como<br />

B. angulosa e B. kunthiana, apresentam pedicelos em geral maiores, enquanto que outras, como<br />

B. rubiginosa e B. splen<strong>de</strong>ns, possuem um limite <strong>de</strong> comprimento <strong>de</strong> pedicelos bem menores.<br />

i. Receptáculo.<br />

O receptáculo é discífero muito reduzi<strong>do</strong> ou quase nulo (fot. 12).<br />

j. Botão floral.<br />

O tubo calicinal no botão jovem constitui um importante caracter taxonômico, varian<strong>do</strong><br />

<strong>de</strong> fusiforme, em B. longiseta,B. siqueiraei (fig.|57). a urceola<strong>do</strong>-cônico,ou ovói<strong>de</strong>, em B. erythrantha<br />

(fig. 55), a subgloboso, com o ápice constrito e coroa<strong>do</strong> por 5 apêndices que po<strong>de</strong>m se apresentar<br />

como lóbulos lamina<strong>do</strong>s e enerva<strong>do</strong>s, oblongos (B. pterocalyx, fig. 56, B. rubiginosa, fig. 50,<br />

B. confertiflora e B. stenopetala, fig. 41), ova<strong>do</strong>s 00 quase elípticos (B. angulosa, figs. 52 e 53),<br />

sub-orbicula<strong>do</strong>s (B. coronata, fig. 45 e B. cupreonitens, fig. 49), lanceola<strong>do</strong>s (B. uleana, fig. 47,<br />

B. porphyrotricha) ou ainda setiformes (B. glabra, fig. <strong>51</strong>, B. longipetala e B. anamesa), às vezes,<br />

como em B. angulosa e B. kunthiana (fig. 48) esses apêndices são irregulares, cuspidiformes ou<br />

muito reduzi<strong>do</strong>s. Em um outro grupo <strong>de</strong> espécies os apêndices po<strong>de</strong>m estar ausentes e nesse caso, o<br />

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