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51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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das nervuras secundárias e terciárias que ali chegam. Esta nervuia é constituída por numerosos<br />

traqueói<strong>de</strong>s curtos (exceto Barjonia grazielae) e irregulares, como po<strong>de</strong>mos observar nas Figs. 28,<br />

38,49,60,69).<br />

MELVILLE (1976353) citou o tipo "Recti-paxülate" no qual há o aparecimento <strong>de</strong> uma<br />

nerviia marginal, entretanto as nervuras secundárias são indivisas ou sofrem dicotomias basais,<br />

fugin<strong>do</strong> <strong>do</strong> tipo das Barjonias, on<strong>de</strong> ocorre dicotomias apicais ou mais raramente medianas.<br />

Basean<strong>do</strong>-se nestes 4 autores, po<strong>de</strong>mos concluir que existe uma mescla <strong>de</strong>stes 4 tipos<br />

acima menciona<strong>do</strong>s, pois cada um <strong>de</strong>les em suas <strong>de</strong>finições não preenchem o padrão analisa<strong>do</strong> nas<br />

folhas <strong>de</strong> Barjonia, haven<strong>do</strong> necessida<strong>de</strong> provavelmente <strong>de</strong> se criar um novo tipo, requeren<strong>do</strong> para<br />

isto, estu<strong>do</strong>s mais <strong>de</strong>talha<strong>do</strong>s e posteriores.<br />

Trata-se, <strong>de</strong> um gênero quase que exclusivamente brasileiro, ocorren<strong>do</strong> apenas uma espécie<br />

fora <strong>do</strong> Brasil, pois Barjonia erecta (Vell.) Schum., ocorre no Suriname tal como pu<strong>de</strong>mos<br />

comprovar e mencionar pela primeira vez, neste trabalho.<br />

As características mais marcantes para a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> suas espécies são: tipos <strong>de</strong><br />

inflorescências, indumento da face interna <strong>do</strong>s lacínios da corola, forma e dimensões <strong>do</strong>s segmentos<br />

externos e internos da corona, forma <strong>do</strong>s transla<strong>do</strong>res e polínias.<br />

Dos 11 Táxons <strong>de</strong>scritos para este gênero, 7 foram coloca<strong>do</strong>s em sinonímia: Barjonia<br />

linearis Decaisne, Barjonia obtusifolia Fournier, Barjonia warmingii Fournier, Barjonia chloraefolia<br />

Decaisne, Barjonia platyphylla Schumann, Barjonia racemosa Decaisne, Barjonia racemosa Decaisne<br />

var. hastata Fournier, restan<strong>do</strong> um total <strong>de</strong> 5 espécies a saber: Barjonia grazielae Fontella e<br />

Marquete, Barjonia cymosa Fournier, Barjonia laxa Malme, Barjonia erecta (Vellozo) Schumann e<br />

Barjonia glazioui Marquete.<br />

A inclusão <strong>de</strong>stas espécies e varieda<strong>de</strong> em sinonímia <strong>de</strong>ve-se à gran<strong>de</strong> variabilida<strong>de</strong> no que<br />

diz respeito a forma e tamanho das folhas, muitas vezes observa<strong>do</strong> em um mesmo exemplar (caráter<br />

que muitos autores se basearam para a criação <strong>de</strong> espécies novas). Também a forma e dimensões<br />

<strong>do</strong>s segmentos externos e internos da corona, retínáculos e polínias, <strong>do</strong>s quais pu<strong>de</strong>mos analisar<br />

uma série <strong>de</strong> formas intermediárias.<br />

Todas as observações enumeradas, vem comprovar, mais uma vez, a inconveniência da<br />

criação <strong>de</strong> táxons, basea<strong>do</strong>s, muitas vezes, em um só espécime, sem a <strong>de</strong>vida comprovação <strong>do</strong> grau<br />

<strong>de</strong> variação que possam sofrer seus elementos. Em Barjonia, <strong>do</strong> exposto, po<strong>de</strong>mos concluir que essa<br />

variação po<strong>de</strong> se dar não só nos elementos vegetativos, mas também, no próprio androceu, o que<br />

torna maior a dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> classificação <strong>de</strong> espécies <strong>de</strong>sse gênero.<br />

AGRADECIMENTOS<br />

Ao Pesquisa<strong>do</strong>r Dr. Jorge Fontella Pereira pela orientação.<br />

à Dra. Graziela Maciel Barroso, exemplo profissional da<strong>do</strong> a to<strong>do</strong>s que se iniciam<br />

no campo das pesquisas, e à Pesquisa<strong>do</strong>ra Maria da Conceição Valente, os nossos sinceros<br />

agra<strong>de</strong>cimentos pela revisão e valiosas sugestões.<br />

Aos Pesquisa<strong>do</strong>res Jorge Pedro Carauta, Elsie Franklim Guimarães, Cecília<br />

Gonçalves Costa, Lúcia d'Ávila Freire <strong>de</strong> Carvalho, Osnir Marquete e Luciana Mautone, que<br />

contribuíram na confecção <strong>de</strong> mapas, microfotografias, revisão <strong>do</strong> português, além <strong>de</strong> criticas e<br />

sugestões.<br />

À Pesquisa<strong>do</strong>ra Abigail Freire Ribeiro <strong>de</strong> Souza, pela ajuda nas xerocópias.<br />

À Botânica Mitzi Ferreira, pelo envio <strong>de</strong> material da Empresa <strong>de</strong> Pesquisa<br />

Agropecuária <strong>de</strong> Minas Gerais.<br />

Aos Professores Argentino Viegas Fontes e Luiz Soleda<strong>de</strong> Otero, pelo gentil<br />

atendimento e <strong>de</strong>terminação da larva <strong>do</strong> Lepi<strong>do</strong>ptera que coletamos em nosso material.<br />

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