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51 - Rodriguésia - Jardim Botânico do Rio de Janeiro

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SCHUMANN (1895:230, 281) colocou Blepharo<strong>do</strong>n nas Asclepia<strong>de</strong>ae pela presença, entre<br />

outros caracteres, <strong>de</strong> polínias pêndulas; juntou Barjonia e Nephra<strong>de</strong>nia nas Tylophoreae por possuir<br />

principalmente polínias quase sempre eretas.<br />

MALME embora não tenha situa<strong>do</strong> o gênero em uma <strong>de</strong>terminada tribo, discor<strong>do</strong>u das<br />

classificações acima, citan<strong>do</strong> as afinida<strong>de</strong>s, entre os três, basean<strong>do</strong>-se principalmente nos caracteres:<br />

ginostegio e inserção das caudículas no retináculo e polínias (caudículas horizontais ou<br />

subhorizontais, inseridas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a parte basal <strong>do</strong> retináculo até um pouco acima <strong>de</strong> sua parte<br />

mediana e fixas <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a parte subapical até a submediana das polínias), com exceção <strong>de</strong><br />

Blepharo<strong>do</strong>n lineare (Decne.) Decne. e Blepharo<strong>do</strong>n ampliflorum Fourn. que possuem as<br />

caudículas inseridas na parte superior <strong>do</strong> retináculo.<br />

De acor<strong>do</strong> com MALME, acrescentamos aqui, as diferenças entre estes gêneros:<br />

Nephra<strong>de</strong>nia<br />

plantas eretas<br />

folhas lineares<br />

ou filiformes<br />

folhas sésseis<br />

ou subsésseis<br />

pendúculo<br />

alonga<strong>do</strong><br />

flores <strong>de</strong> tamanho<br />

médio<br />

segmento da corona<br />

menos <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

Blepharo<strong>do</strong>n<br />

plantas geralmente<br />

volúveis (exceto<br />

B. linearis)<br />

folhas alargadas<br />

folhas proporcionalmente<br />

longo pecioladas<br />

pendúculo<br />

alonga<strong>do</strong><br />

flores <strong>de</strong> tamanho<br />

médio<br />

segmento da corona<br />

naviculiformes<br />

Barjonia<br />

- plantas eretas<br />

- folhas alargadas<br />

- folhas sésseis<br />

ou subsésseis<br />

- pendúculo curto<br />

- flores pequenas<br />

segmento da corona<br />

bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>do</strong><br />

Analisan<strong>do</strong> os diversos sistemas <strong>de</strong> classificação da família, elegemos para nosso estu<strong>do</strong> o<br />

<strong>de</strong> WOODSON (1941:196-203), que <strong>de</strong>limitou as tribos da subfamília Asclepia<strong>do</strong>i<strong>de</strong>ae, fazen<strong>do</strong> um<br />

bom comentário acompanha<strong>do</strong> <strong>de</strong> uma chave para as tribos da flora nativa <strong>do</strong> continente<br />

americano.<br />

WOODSON observou que as polínias das espécies da Tribo Gonolobeae apresentam as<br />

faces mais ou menos escavadas e com uma margem estéril hialina ou <strong>de</strong>ntada próxima da inserção<br />

com as caudículas. As polínias <strong>do</strong> gênero Barjonia não apresentam estas características, também<br />

não possuem suas caudículas plicadas e nem os lóculos das anteras transversais, que pu<strong>de</strong>mos<br />

observar em alguns representantes da tribo Gonolobeae.<br />

Suas polínias com as faces lisas, caudículas planas e lóculos das anteras longitudinais se<br />

enquadram bem no tipo <strong>de</strong>scrito para a subfamília Asclepia<strong>do</strong>i<strong>de</strong>ae e tribo Asclepia<strong>de</strong>ae, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong><br />

com as classificações mais recentes <strong>de</strong> WOODSON (1941:203) e WAGENITZ (1964:415).<br />

DECAISNE (1844:<strong>51</strong>2) na sua obra "De Can<strong>do</strong>lle Prodromus", não foi bem sucedi<strong>do</strong> no<br />

tratamento <strong>de</strong> seus Táxons específicos, pois <strong>do</strong>s 3 <strong>de</strong>scritos originalmente, nenhum prevaleceu. Do<br />

mesmo mo<strong>do</strong> FOURNIER (1888:203) na "Flora Brasiliensis <strong>de</strong> Martius", <strong>de</strong>screveu 6 (3 <strong>do</strong>s quais<br />

novos) e apenas um não foi coloca<strong>do</strong> em sinonímia, ou seja, Barjonia cymosa Fournier.<br />

Deixamos <strong>de</strong> classificar o padrão <strong>de</strong> nervação das folhas, apesar <strong>de</strong> existirem tipos em que<br />

o mesmo, em parte, po<strong>de</strong>ria ser enquadra<strong>do</strong>.<br />

De acor<strong>do</strong> com a classificação <strong>de</strong> FELLIPE e ALENCASTRO (1966:133) adapta<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

Sistema <strong>de</strong> ETTINGSHAUSEN (1861) po<strong>de</strong>ríamos incluí-las no padrão dictyodroma.<br />

MARILAUN (1895631, Fig. 149-5) ilustrou o tipo reticula<strong>do</strong>-pina<strong>do</strong>, muito semelhante<br />

ao nosso no reticula<strong>do</strong> das nervuras secundárias e terciárias.<br />

HlCKEY (197420) assinalou a ocorrência <strong>de</strong> nervuras intermarginais, sem citar exemplos,<br />

mas o padrão que mais se aproxima <strong>do</strong> <strong>de</strong> Barjonia, em sua classificação, é o cladódromo.<br />

Não concordamos, em parte, com as classificações acima, pois em todas as espécies <strong>do</strong><br />

gênero Barjonia, observamos que a margem das folhas é acompanhada por uma nervura que vem<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a base atingin<strong>do</strong> o ápice, anastomosan<strong>do</strong>-se com as terminações provenientes das bifurcações<br />

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