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Classificação Internacional das Cefaléias - HGF – Neurologia

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occipital benigna, a epilepsia rolândica benigna e a epilepsia<br />

corticorreticular com crises de ausência. Além disso, lesões estruturais, tais<br />

como malformações arteriovenosas, podem se apresentar com<br />

características clínicas de enxaqueca com aura juntamente com crises<br />

epilépticas, comumente acompanha<strong>das</strong> de cefaléia. Finalmente, foram<br />

relata<strong>das</strong> crises epilépticas ocorrendo durante ou imediatamente após uma<br />

aura enxaquecosa. O termo migralepsia tem sido utilizado para indicar as<br />

crises epilépticas que ocorrem entre a aura enxaquecosa e a fase de cefaléia<br />

de enxaqueca. Não haveria razão para que as crises epilépticas, tão<br />

vulneráveis a fatores precipitantes intrínsecos e extrínsecos, não fossem<br />

suscetíveis às alterações corticais induzi<strong>das</strong> pela enxaqueca. Entretanto, isso<br />

é tão raro que apenas poucos casos foram publicados, a despeito da<br />

enxaqueca e a epilepsia estarem entre as doenças cerebrais mais comuns.<br />

De acordo com uma recente revisão, a maioria desses casos corresponde a<br />

crises occipitais genuínas imitando aura enxaquecosa. Por exemplo, dois dos<br />

três pacientes de Lennox e Lennox (1960) com migralepsia pareciam ter<br />

epilepsia occipital sintomática ou idiopática com alucinações visuais.<br />

7.6.1 Hemicrania epiléptica<br />

Critérios diagnósticos<br />

A. Cefaléia durando segundos ou minutos, com características de<br />

enxaqueca, preenchendo critérios C e D<br />

B. O paciente está tendo uma crise epiléptica parcial<br />

C. A cefaléia aparece sincronicamente com a crise epiléptica e é<br />

ipsilateral à descarga ictal<br />

D. A cefaléia desaparece imediatamente após a crise epiléptica<br />

Comentário<br />

A cefaléia sincrônica e ipsilateral com características enxaquecosas,<br />

ocorrendo como uma manifestação ictal de uma descarga epiléptica é<br />

reconhecida, porém rara. O diagnóstico requer o início simultâneo da<br />

cefaléia com a descarga ictal demonstrada eletroencefalograficamente.<br />

7.6.2 Cefaléia pós-crise epiléptica<br />

Critérios diagnósticos<br />

A. Cefaléia com características de cefaléia do tipo-tensão ou, em<br />

pacientes com enxaqueca, de cefaléia enxaquecosa e preenchendo<br />

critérios C e D<br />

B. O paciente apresentou crise epiléptica parcial ou generalizada<br />

C. A cefaléia aparece dentro de três horas após a crise epiléptica<br />

D. A cefaléia desaparece dentro de 72 horas após a crise epiléptica

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