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Classificação Internacional das Cefaléias - HGF – Neurologia

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Comentário Geral<br />

Cefaléia primária, secundária ou ambas?<br />

Quando uma nova cefaléia ocorre pela primeira vez em relação temporal<br />

estreita com um transtorno da homeostase, ela é classificada como uma<br />

cefaléia secundária àquele transtorno. Isso também é verdadeiro se a<br />

cefaléia apresenta características de enxaqueca, cefaléia do tipo-tensão ou<br />

cefaléia em salvas. Quando uma cefaléia primária preexistente piora em<br />

relação temporal estreita com um transtorno da homeostase, existem duas<br />

possibilidades e é necessário discernimento. O paciente pode receber<br />

apenas o diagnóstico da cefaléia primária preexistente ou pode receber esse<br />

diagnóstico mais o da cefaléia atribuída ao distúrbio homeostático. Os<br />

fatores que apóiam o acréscimo do último diagnóstico são: uma relação<br />

temporal estreita com o transtorno homeostático, piora acentuada da<br />

cefaléia preexistente, evidência muito clara de que o transtorno<br />

homeostático pode agravar a cefaléia primária e, finalmente, a melhora ou o<br />

desaparecimento da cefaléia após a melhora ou término do transtorno da<br />

homeostase.<br />

Definitiva, provável ou crônica?<br />

O diagnóstico de cefaléia atribuída a transtorno da homeostase somente se<br />

torna definitivo quando a cefaléia desaparece ou melhora significativamente<br />

após tratamento eficaz ou a remissão espontânea do transtorno. Se esse<br />

transtorno não pode ser tratado eficazmente ou não se remite<br />

espontaneamente, ou quando não houve tempo suficiente para que isso<br />

ocorresse, um diagnóstico de provável cefaléia atribuída a transtorno da<br />

homeostase geralmente é aplicado.<br />

A alternativa, quando o transtorno da homeostase é eficazmente tratado ou<br />

remite espontaneamente, mas a cefaléia não desaparece ou melhora significativamente<br />

após três meses, o diagnóstico a ser aplicado é o de A10.8<br />

Cefaléia crônica pós-transtorno da homeostase. Isso é descrito somente no<br />

apêndice, uma vez que essas cefaléias são insuficientemente documenta<strong>das</strong><br />

e mais estudos são necessários para se estabelecer melhores critérios de<br />

relação causal.<br />

Introdução<br />

As cefaléias descritas aqui foram previamente referi<strong>das</strong> como Cefaléia<br />

associada a doença sistêmica ou metabólica. Entretanto, considerou-se que<br />

a terminologia cefaléia atribuída a distúrbio da homeostase expressasse<br />

mais exatamente a verdadeira natureza dessas cefaléias. As cefaléias<br />

causa<strong>das</strong> por alterações significativas da pressão arterial e por isquemia<br />

miocárdica são agora incluí<strong>das</strong> nesta seção. Além disso, os transtornos dos<br />

mecanismos homeostáticos que afetam uma variedade de sistemas<br />

orgânicos, incluindo as alterações dos gases arteriais, os distúrbios da

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