Classificação Internacional das Cefaléias - HGF – Neurologia
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causa de cefaléia, há duas possibilidades e se requer<br />
discernimento. O paciente pode receber apenas o diagnóstico da<br />
cefaléia primária preexistente, ou pode receber ambos os<br />
diagnósticos, o da cefaléia primária e de cefaléia secundária ao<br />
outro transtorno. Os fatores que apóiam o acréscimo do<br />
diagnóstico de cefaléia secundária são: uma relação temporal<br />
muito estreita com o transtorno causador, uma piora acentuada da<br />
cefaléia primária, evidência muito boa de que o transtorno<br />
causador pode agravar a cefaléia primária da maneira observada e,<br />
finalmente, uma melhora ou o desaparecimento da cefaléia após a<br />
melhora do presumível transtorno causador.<br />
10. Muitos pacientes com crises de cefaléia, preenchendo critérios<br />
diagnósticos explícitos, também têm crises que, embora similares,<br />
não satisfazem os critérios. Isso pode ser devido ao tratamento,<br />
falta de habilidade para detalhar os sintomas de forma precisa ou<br />
outros fatores. Peça ao paciente para descrever uma crise típica<br />
sem tratamento ou uma crise que não cessou com tratamento e<br />
certifique-se de que haja um número de crises suficiente para<br />
estabelecer o diagnóstico. Posteriormente, inclua as crises menos<br />
típicas quando descrever a freqüência <strong>das</strong> crises.<br />
11. Quando há suspeita de que um paciente possui mais de um tipo de<br />
cefaléia, é altamente recomendado que se preencha o diário de<br />
dor, no qual, para cada episódio de cefaléia, as principais<br />
características da crise sejam anota<strong>das</strong>. Foi demonstrado que o<br />
diário permite um diagnóstico mais apurado, bem como permite<br />
um julgamento mais preciso do consumo de medicação.<br />
Finalmente, o diário ensina o paciente a melhor distinguir os tipos<br />
ou subtipos de cefaléia, por exemplo: entre enxaqueca sem aura e<br />
cefaléia do tipo-tensão episódica.<br />
12. Em cada capítulo <strong>das</strong> cefaléias secundárias, as causas mais<br />
conheci<strong>das</strong> e mais bem estabeleci<strong>das</strong> são menciona<strong>das</strong> e os<br />
critérios para essas causas são dados. No entanto, em muitos<br />
capítulos, por exemplo, 9. Cefaléia atribuída a infecção, há um<br />
número quase infinito de etiologias. Para evitar uma lista muito<br />
longa, apenas as mais importantes são menciona<strong>das</strong>. No exemplo,<br />
as causas mais raras estão sob o item 9.2.3 Cefaléia atribuída a<br />
outra infecção sistêmica. Esse mesmo sistema é usado em outros<br />
capítulos referentes a cefaléias secundárias.<br />
13. O último critério para a maioria <strong>das</strong> cefaléias secundárias requer<br />
que a cefaléia melhore de forma significativa ou se resolva em um<br />
período específico após o alívio do distúrbio causal (através de<br />
tratamento ou remissão espontânea). Nesses casos, o<br />
preenchimento desses critérios é parte essencial da evidência para<br />
uma relação causal. Muito freqüentemente, há necessidade de