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O CORPO EO CUIDAR NO FEMININO Maria Fernanda - Repositório ...

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Intrudução<br />

viver/experienciar o corpo, bem como das conceptualizações do feminino e do<br />

materno que subordinam a sua "natureza" de mulher à capacidade de reprodução<br />

biológica, experienciando através do ciclo maternal, numa mistura de real e<br />

imaginário, o que é ser mãe, pelo que os nossos referenciais teóricos declinam<br />

para autores como Bologne (1990), Moore (1991 ), Webb (1992), Bento (1993),<br />

Resende (1994), Joaquim (1983,1994), Kitzinger (1978), Badinter (s/d), Ribeiro (1990),<br />

e Almeida (1992,1995);<br />

por último, a experiência da maternidade como um cuidar feminino (Coiiière,<br />

1989) no feminino e dos cuidados que favorecem e promovem uma intervenção<br />

adequada. Salienta-se a "denúncia" de uma supremacia do poder, do prestígio e<br />

do conhecimento médico, face à enfermeira, como que numa relação dicotómica e<br />

complementar entre aqueles que "servem a ciência" e os que "servem os doentes"<br />

e os saberes "centrais" de uns, face aos saberes "periféricos" de outros<br />

(Carapinheira, 1993).<br />

O capítulo segundo - dedicado às questões metodológicas desta análise,<br />

traduz as nossas preocupações metodológicas neste estudo, cuja aposta se situa<br />

numa posição epistemológica de cariz qualitativo em que as histórias de vida<br />

procuram, através da escrita, trazer o "tecido" da vida do sujeito para o campo<br />

social, com a intenção de o valorizar no que tem de singular e exemplar, a fim de<br />

lhe dar visibilidade. Após questionamentos vários sobre a ciência e dos<br />

paradigmas em que assenta, parte-se da fundamentação epistemológica e<br />

metodológica do método biográfico para a definição de um percurso metodológico<br />

que orienta as acções a prosseguir.<br />

De salientar não só a imensa pesquisa efectuada neste domínio, pela<br />

novidade de experimentação que esta metodologia nos sugere, como a<br />

importância dos contributos de Ferrarotti (1983,1988), Araújo (1991,1995), Conde<br />

(1993), Finger (1984,1988), Nunes (1987), Santos (1988,1989), Morin (1982), Silva<br />

(1986), Poirier et ai (1989) e Vala (1986), entre outros.<br />

O capítulo terceiro - construção feminina da noção do corpo e das<br />

experiências da gravidez, parte da análise dos dados empíricos que a história de<br />

Sara permite conhecer, a fim de "agarrar" os discursos de Sara e dos teóricos que<br />

dão suporte às nossas preocupações teóricas neste estudo, imanentes no texto,<br />

dando-lhes sentido, como que buscando a objectivação na subjectivação.<br />

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