O CORPO EO CUIDAR NO FEMININO Maria Fernanda - Repositório ...
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Capítulo I<br />
O corpo, as experiências da gravidez e o cuidar no feminino - Construção de uma problemática<br />
Significativo de uma visibilidade social o slogan "Mulheres de todo o mundo<br />
invadem Pequim" 13 anunciou duas reuniões importantes: O Fórum das ONG,<br />
patrocinado pela ONU e a IV Conferência Mundial da Mulher, realizada em<br />
Setembro próximo passado, como se pôde constatar pela presença de 4000<br />
mulheres de 181 países e amplamente divulgado pelos órgãos de comunicação<br />
social.<br />
2 - A MULHER, O SEU <strong>CORPO</strong> E A MATERNIDADE<br />
Existem estereótipos sociais sobre o que é o corpo ideal. Podemos mesmo<br />
dizer que há protótipos de beleza nas culturas e que estes podem divergir nas<br />
sub-culturas. Dizem respeito em parte, à aparência global corporal, no seu todo,<br />
ou a zonas específicas do mesmo. Os estereótipos correspondem a uma espécie<br />
de média que aproximam as pessoas.<br />
A corporeidade é um fenómeno que tem, e é, uma história sócio-<br />
-antropológica, isto é, o modo como se vive o corpo, aqui e agora, tem a ver com a<br />
evolução da cultura.<br />
Assim, em relação à forma como se aprecia o corpo, na medida em que ele<br />
constitui o eu, o alterego, dá-se ênfase às funções fisiológicas, sociais e<br />
psicológicas. Também em relação à forma como nos sentimos no corpo que<br />
temos, adoptamos posturas, comportamentos, em conformidade com uma<br />
aceitação ou uma rejeição/aceitação do mesmo. A forma como cuidamos do<br />
visual, relativamente ao género: adaptámo-lo aos pré-conceitos existentes na<br />
cultura dominante, a forma como se veste, como cobre/descobre o corpo, gosta e<br />
De Portugal partiram treze mulheres representantes das ONG desde a Associação Portuguesa de<br />
Mulheres Juristas, à Associação de Mulheres contra a Violência, Comissão de Mulheres da CGTP, da UGT,<br />
do GRAAL, Federação das Mulheres Empresárias e Profissionais, Movimento Democrático das Mulheres,<br />
Departamento de Mulheres do Partido Socialista, Organização das Mulheres Comunistas e Intervenção<br />
Feminina.<br />
A presidente da UMAR que integrava a delegação enquanto representante portuguesa do Lobby<br />
Europeu da Mulher disse à Lusa que as representantes das ONG portuguesas não levavam para o fórum<br />
qualquer proposta, mas iam falar sobre a situação da mulher em Portugal.<br />
A delegação oficial portuguesa chefiada pela Ministra da Educação contou com a presença de trinta<br />
pessoas, entre as quais o Secretário de Estado da Cooperação, a Secretária de Estado da Justiça,<br />
diplomatas, juristas e a Presidente da Comissão para a igualdade e os direitos da mulher. No relatório<br />
salienta-se o aumento da participação feminina no Ensino Superior e no mercado de trabalho.<br />
Uma das áreas consideradas insatisfatórias refere-se à partilha do poder e ao acesso das mulheres<br />
aos lugares de decisão, nomeadamente na vida política e à "feminização da pobreza", devido ao aumento do<br />
desemprego, que tem afectado sobretudo as mulheres (in Jornal de Notícias - 20/08/95).<br />
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