O CORPO EO CUIDAR NO FEMININO Maria Fernanda - Repositório ...
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3.2.2 - Logística da acção<br />
Capítulo II<br />
As questões metodológicas desta análise<br />
Este tipo de entrevista é orientada no sentido de que não é nem<br />
inteiramente aberta, nem encaminhada para um grande número de perguntas<br />
precisas.<br />
O entrevistador pensa no guião de entrevista e elabora uma série de<br />
perguntas-guia, relativamente abertas e a propósito das quais espera receber<br />
feedback. Este guião de entrevista foi construído de acordo com determinadas<br />
preocupações da investigação, de forma não sistematizada e em caderno de<br />
notas.<br />
O entrevistador não coloca necessariamente todas as perguntas pela<br />
ordem que foram formuladas; tanto quanto possível deve deixar-se o entrevistado<br />
falar abertamente, com as palavras que desejar e na ordem que lhe convier.<br />
O papel do entrevistador será o de reencaminhar a entrevista quando tende<br />
a decair naquilo que se pensa não ter "interesse"(?) e de colocar perguntas às<br />
quais o entrevistado não chega por si próprio.<br />
Também tivemos o cuidado de não intervir de forma ajuizadora de atitudes,<br />
relativamente ao que estava a ser contado.<br />
Como a preocupação metodológica da nossa investigação se prende com a<br />
análise de uma história de vida, as nossas entrevistas tiveram em média uma<br />
duração de 3 horas, divididas em cinco sessões em que, com a excepção da<br />
primeira, as restantes entrevistas foram gravadas 53 .<br />
Tentamos evitar respostas precisas a perguntas precisas, e esforçámo-nos<br />
por fazer o menor número possível de perguntas, de modo a que a comunicação<br />
fosse fruto de um pensar mais profundo.<br />
Apesar do não interromper constituir uma regra de ouro, de quando em vez,<br />
ou porque os "espaços", "pausas" na comunicação tendiam a prolongar-se em<br />
tempo, ou porque se tornava necessário facilitar e/ou entender a livre expressão<br />
da entrevistada, fomos levados a intervir, a dar aquilo que frequentemente se<br />
A entrevistada na segunda entrevista (que corresponde à primeira entrevista gravada) referiu que o<br />
gravador a inibia um pouco, mas aconteceu mais no início da conversação, porque depois demonstrou<br />
"ignorar a máquina.<br />
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