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RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IX - UFF

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Universidade Federal Fluminense Flávia Moll de S. Judice<br />

Mayra Soares P. L. Perlingeiro<br />

________________________________________________________________________________________________<br />

3 – Elasticidade<br />

Os diagramas tensão-deformação ilustram o comportamento dos materiais, quando<br />

carregados por tração (ou compressão).<br />

Quando um corpo-de-prova do material é descarregado, isto é, a carga é<br />

gradualmente reduzida até zero, a deformação sofrida durante o carregamento<br />

desaparecerá parcial ou completamente. Esta propriedade do material, pela qual ele tende a<br />

retornar à forma original, é denominada elasticidade.<br />

Quando o material volta completamente à forma original, diz-se que é perfeitamente<br />

elástico. Se o retorno não for total, diz-se que é parcialmente elástico. Nesse caso, a<br />

deformação que permanece depois da retirada da carga é denominada deformação<br />

permanente.<br />

O processo de carregamento e descarregamento do material pode ser repetido<br />

sucessivamente, para valores cada vez mais altos de tração. À tensão cujo<br />

descarregamento acarrete uma deformação residual permanente, chama-se limite elástico.<br />

Para os aços e alguns outros materiais, os limites elástico e de proporcionalidade<br />

são aproximadamente coincidentes. Materiais semelhantes à borracha possuem uma<br />

propriedade – a elasticidade – que pode continuar muito além do limite de<br />

proporcionalidade.<br />

3.1 – Lei de Hooke<br />

Os diagramas tensão-deformação da maioria dos materiais apresentam uma região<br />

inicial de comportamento elástico e linear.<br />

A relação linear entre a tensão e a deformação, no caso de uma barra em tração,<br />

pode ser expressa por:<br />

σ = E ⋅ε<br />

onde E é uma constante de proporcionalidade conhecida como módulo de elasticidade do<br />

material.<br />

Este é o coeficiente angular da parte linear do diagrama tensão-deformação e é<br />

diferente para cada material. O módulo de elasticidade é também conhecido como módulo<br />

de Young e a equação anterior é chamada de Lei de Hooke.<br />

P<br />

Quando uma barra é carregada por tração simples, a tensão axial é σ = e a<br />

δ<br />

deformação específica é ε = .<br />

L<br />

Combinando estas expressões com a lei de Hooke, tem-se que o alongamento da<br />

P ⋅ L<br />

barra é δ = .<br />

E ⋅ A<br />

Esta equação mostra que o alongamento de uma barra linearmente elástica é<br />

diretamente proporcional à carga e ao seu comprimento e inversamente proporcional ao<br />

módulo de elasticidade e à área da seção transversal.<br />

O produto E ⋅ A é conhecido como rigidez axial da barra.<br />

A flexibilidade da barra é definida como a deformação decorrente de uma carga<br />

unitária. Da equação anterior, vemos que a flexibilidade é L .<br />

E ⋅ A<br />

De modo análogo, a rijeza da barra é definida como a força necessária para produzir<br />

uma deformação unitária. Então, a rijeza é igual a E ⋅ A , que é o inverso da flexibilidade.<br />

L<br />

Notas de Aula Resistência dos Materiais <strong>IX</strong><br />

A<br />

20

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