RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS IX - UFF
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Universidade Federal Fluminense Flávia Moll de S. Judice<br />
Mayra Soares P. L. Perlingeiro<br />
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IV – CISALHAMENTO PURO<br />
Vimos que as forças axiais provocam tensões normais nos elementos estruturais.<br />
No entanto, pode ocorrer que as forças atuantes no elemento estejam inclinadas com<br />
relação à sua seção transversal. Nesse caso, essas forças podem ser decompostas em<br />
componentes paralelas e perpendiculares ao plano de corte considerado. A componente<br />
normal N à seção transversal do elemento irá provocar tensão normal σ (sigma) e a<br />
componente vertical V irá provocar tensão de cisalhamento τ (tau).<br />
Conclusão: as tensões normais resultam de esforços perpendiculares ao plano de corte,<br />
enquanto as tensões de cisalhamento resultam de esforços paralelos a esse mesmo plano.<br />
Consideremos duas chapas A e B ligadas pelo rebite CD.<br />
F<br />
A<br />
onde a área da seção transversal do rebite é denominada por A.<br />
Sob a ação da força F, surgem esforços cortantes (tangenciais) à seção transversal<br />
F<br />
do rebite e, portanto, tensões de cisalhamento τ cuja intensidade média é τ med = .<br />
A<br />
A fim de visualizar as deformações produzidas por uma tensão de cisalhamento,<br />
consideremos o cubo elementar (elemento infinitesimal) submetido à tensão de<br />
cisalhamento τ na sua face superior.<br />
τ<br />
τ<br />
C<br />
D<br />
τ<br />
τ<br />
Como não há tensões normais agindo sobre o elemento, seu equilíbrio na direção<br />
horizontal só é possível se, na face inferior, existir tensão de cisalhamento igual e em<br />
sentido contrario à da face superior. Além disso, essas tensões de cisalhamento irão<br />
produzir momento que deve ser equilibrado por outro momento originado pelas tensões que<br />
atuam nas faces verticais. Portanto, essas tensões de cisalhamento devem ser também<br />
iguais a τ para que o elemento permaneça em equilíbrio.<br />
Um elemento sujeito apenas às tensões de cisalhamento mostradas na figura<br />
anterior é dito em cisalhamento puro.<br />
Conclusão:<br />
a) as tensões de cisalhamento que agem em um elemento ocorrem aos pares, iguais e<br />
opostos;<br />
b) as tensões de cisalhamento existem sempre em planos perpendiculares entre si.<br />
Tais tensões são iguais em intensidade e têm sentidos opostos que se “aproximam”<br />
ou se “afastam” da linha de interseção dos planos.<br />
Notas de Aula Resistência dos Materiais <strong>IX</strong><br />
B<br />
F<br />
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