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Manual de procedimentos e gestão do voluntariado - Sesc

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36<br />

SESC - Serviço Social <strong>do</strong> Comércio<br />

Estar atento antes que o conflito aconteça é sempre o melhor remédio. O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r experiente percebe<br />

os embriões <strong>de</strong> algum tipo <strong>de</strong> atrito e evita que a situação se instaure, colocan<strong>do</strong>-se sempre pronto<br />

para aconselhar os integrantes da sua equipe.<br />

Mas a preocupação e o esforço em obter um ambiente <strong>de</strong> harmonia não significa que não haverá conflitos.<br />

E a existência <strong>de</strong> conflitos não traz, <strong>de</strong> forma alguma, uma conotação negativa à equipe. Pessoas<br />

têm opiniões diversas, e é esta diversida<strong>de</strong> que gera o conflito, mas é esta diversida<strong>de</strong>, também, que traz<br />

riqueza à equipe, pois significa que as pessoas têm diversas formas <strong>de</strong> ver, conduzir e solucionar uma<br />

situação.<br />

Assim, um ambiente salutar tem discordância e conflito; o que às vezes torna a diferença <strong>de</strong> opiniões<br />

perniciosa para a equipe é a forma <strong>de</strong> resolvê-la.<br />

O Coor<strong>de</strong>na<strong>do</strong>r <strong>de</strong> Voluntários <strong>de</strong>ve ter habilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> resolver conflitos e isto significa conhecer técnicas<br />

<strong>de</strong> aconselhamento, mediação e negociação. Vejamos alguns exemplos:<br />

• O aconselhamento é uma técnica on<strong>de</strong> o conselheiro procura enten<strong>de</strong>r o outro e oferecer oportunida<strong>de</strong>s<br />

para que este reflita e veja a situação por outros ângulos.<br />

O primeiro passo para se fazer aconselhamento é aceitar e valorizar a diversida<strong>de</strong>. A equipe <strong>de</strong> serviço<br />

é um mosaico <strong>de</strong> peças diferentes que integradas formam um conjunto harmonioso. A diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

uma parte completa o outro e enriquece o to<strong>do</strong>!<br />

O aconselhamento geralmente é indica<strong>do</strong> antes <strong>de</strong> instaurar-se o conflito. Normalmente nem existem<br />

<strong>do</strong>is la<strong>do</strong>s envolvi<strong>do</strong>s – é a pessoa que começa a se sentir incomodada, <strong>de</strong>scontente, não mais à vonta<strong>de</strong><br />

na instituição. O lí<strong>de</strong>r da equipe que tem a capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong> perceber isso, e é hábil na solução, presta<br />

um gran<strong>de</strong> serviço ao seu grupo, evitan<strong>do</strong> a geração <strong>de</strong> um conflito que sempre é <strong>de</strong>sgastante.<br />

Mesmo existin<strong>do</strong> duas partes envolvidas, quan<strong>do</strong> estiver no início duas sessões <strong>de</strong> aconselhamento<br />

separadas po<strong>de</strong>rão resolver a questão, sem que uma parte venha a saber o que foi feito com a outra.<br />

• A mediação e a negociação ocorrem geralmente quan<strong>do</strong> o conflito está instala<strong>do</strong>. Ela prevê uma<br />

série <strong>de</strong> etapas, on<strong>de</strong> o media<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá ter paciência em ouvir as duas partes, ora separadas e ora<br />

conjuntamente. Procuran<strong>do</strong> enten<strong>de</strong>r a questão e oferecer oportunida<strong>de</strong> para que cada qual reflita<br />

sobre outros pontos <strong>de</strong> vista, o media<strong>do</strong>r <strong>de</strong>verá se empenhar em encontrar soluções conciliatórias<br />

que satisfaçam ambas as partes.<br />

6.6<br />

6.6.1<br />

MANUTENÇÃO DO VOLUNTÁRIO<br />

Reforço à Motivação <strong>do</strong>s Voluntários<br />

Voluntários motiva<strong>do</strong>s e inspira<strong>do</strong>s energizam uma organização. Os voluntários ficam<br />

motiva<strong>do</strong>s a mudar o mun<strong>do</strong> quan<strong>do</strong> são trata<strong>do</strong>s com flexibilida<strong>de</strong> e respeito. 3<br />

No voluntaria<strong>do</strong> a motivação é tu<strong>do</strong>, pois estamos diante <strong>de</strong> um i<strong>de</strong>alista, alguém que para si não quer<br />

nada <strong>de</strong> concreto ou material. São aspirações muito abstratas que merecem toda atenção, durante to<strong>do</strong> o<br />

tempo que o voluntário permanecer na organização, principalmente no início <strong>de</strong>ssa relação.<br />

As satisfações pessoais <strong>de</strong> um voluntário são sempre abstratas:<br />

• a satisfação <strong>de</strong> contribuir com a diminuição <strong>do</strong> sofrimento ou das injustiças;<br />

3 Burke, Mary An. Recuiting Volunteers

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