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História - 7º ANO<br />

quase sempre de origem grega. Também era comum os filhos frequentarem uma<br />

escola pública, conhecida pelo nome de ludus.<br />

Se em casa havia um pedagogo, este acompanhava as crianças ao longo da sua<br />

educação como prece<strong>pt</strong>or e conselheiro, e mesmo quando os seus educandos<br />

frequentavam o ludus público, acompanhava-as à ida e no regresso a casa,<br />

orientando e auxiliando os seus estudos.<br />

Na maior parte das vezes, o ludus funcionava em pequenos recantos frios e<br />

ventosos, salas improvisadas com cortinas a fazerem de porta e uns assentos<br />

toscos quer para o professor (que se chamava litterator) quer para os alunos.<br />

Estes aprendiam as letras numa primeira fase – abcedarii – as sílabas depois –<br />

sylabarii – e finalmente as palavras – nominarii. O litterator mal pago, pouco<br />

prestigiado e pouco respeitado, tinha que ter mais do que um trabalho e acabava<br />

por não ter muita paciência, recorrendo frequentemente a castigos corporais.<br />

Mulheres Patrícias<br />

Terminado o ludus (normalmente aos onze anos de idade), a maioria das raparigas<br />

deixava de aprender fora de casa. Passavam a preparar-se para o casamento, o<br />

que não significava que, em casa, com o pedagogo ou com os professores<br />

contratados pela família, não aumentassem os seus conhecimentos. Era de bom<br />

tom que uma «menina de família» soubesse escrever em Latim elegante,<br />

conhecesse alguns poetas e dramaturgos, estivesse a par de um pouco de História<br />

e pintasse ou tocasse algum instrumento.<br />

Os rapazes prosseguiam os seus estudos. Passavam das mãos do litterator para as<br />

do grammaticus e aprendiam trechos literários, os quais serviam como ponto de<br />

partida não apenas para o domínio da língua, mas também como fonte de<br />

conhecimentos de História, Geografia e, às vezes, de Ciências Naturais. É<br />

igualmente nesta fase que adquiriam as primeiras bases da Retórica, isto é, a arte<br />

de saber falar bem em público: colocar correctamente a voz, ter a postura corporal<br />

certa, fazer a expressão e o gesto correctos.<br />

O menino que aspirasse a uma educação mais completa (a este nível já nem todos<br />

o faziam) passava, então, a aprender com o rethor. Fazia exercícios para se<br />

habituar a expor as suas ideias em público, aprendia a argumentar e a convencer o<br />

público, aprendia a analisar e a traçar conclusões. Aprendia ainda a arte do debate<br />

e da controvérsia: saber defender as suas opiniões. Este era uma espécie de ensino<br />

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