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SOCIEDADE PORTUGUESA NOS SÉCULOS X A XIII<br />

História - 7º ANO<br />

Embora o Feudalismo, como já vimos, não tenha tido uma estrutura rígida em<br />

Portugal, as bases dessa estrutura eram feudais em certos aspectos como as<br />

relações suserano-vassalo, senhor-servo (com as diferenças já mencionadas),<br />

existência de senhorios, entre outras.<br />

Os senhorios podiam ser entregues a Nobres - Reguengos e Honras ou pertencer<br />

à Igreja - Coutos. Honra podia ser o nome do tipo de senhoriio mas também o<br />

nome das rendas que eram pagas ao seu senhor.<br />

Os trabalhadores, por sua vez, podiam ser livres ou não-livres.<br />

Os livres eram compostos por criados domésticos, caseiros (nos campos),<br />

trabalhadores rurais que, geralmente, eram contratados temporariamente em<br />

ocasiões em que era necessária mão de obra extra, mercadores, artesãos, etc...<br />

Na categoria dos não-livres encontravam-se os Escravos, geralmente<br />

descendentes de Mouros, e os Servos. Estes últimos não eram escravos mas<br />

estavam ligados à terra que trabalhavam e ao senhor da mesma. Não podiam<br />

deixar a terra sem autoirização do senhor mas também não podiam ser expulsos<br />

nem eles nem as suas famílias. Pagavam tributos em géneros e prestavam serviços<br />

ao senhor quando este deles necessitava. Contudo, esta forma de servidão nunca<br />

foi tão rígida como noutras paragens da Europa. Logo na altura da Reconquista<br />

muitos servos se libertaram e procuraram outros tipos de vida, principalmente<br />

emigrando para as cidades.<br />

Trabalho num senhorio<br />

Outros foram, ao longo dos tempos, conseguindo que os seus filhos seguissem<br />

outros caminhos.<br />

A manutenção do estatuto de servidão foi, entre nós, muito mais uma questão<br />

económica do que estatuto jurídico. De facto, os trabalhadores livres, ligados aos<br />

senhores por contratos de arrendamento ou por prestação de trabalho assalariado,<br />

podiam deslocar-se livremente e adquirir bens imóveis. Mas, na realidade, a sua<br />

condição económica era pouco melhor ou igual à dos Servos e, ao contrário destes,<br />

podiam ser despedidos do seu trabalho ou expulsos das terras. Assim, vários<br />

preferiam manter o estatuto de servidão Os que se libertavam, geralmente era para<br />

emigrar para a cidade, principalmente quando esta cidade era um concelho<br />

(governada por membros do Povo com protecção régia). Aí podiam ascender (ainda<br />

que com muito trabalho e dificuldades) de condição social, o que era quase<br />

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