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História - 7º ANO<br />

Proibição de ter qualquer tipo de serviçal muçulmano;<br />

Proibição de um homem casar com uma muçulmana (O contrário era<br />

permitido porque se considerava que dependia do pai a religião em que<br />

seriam educados os filhos do casal.).<br />

Obrigação de habitar em bairrros separados dos muçulmanos.<br />

Toda esta população, que no século X chegou aos dez milhões, vivia em relativa<br />

harmonia numa região que possuía o conforto, o bem estar e a cultura mais<br />

avançados em toda a Europa e dos mais avançados em todo o Mundo.<br />

As casas eram confortáveis e, as mais abastadas, possuíam jardins, pátios, paredes<br />

cobertas de tapeçarias luxuosas, objectos de luxo em cerâmica e vidro.<br />

Nas zonas rurais ou nas cidades, para todos os habitantes abastados ou não, havia<br />

banhos públicos, os hammam, herdeiros das termas romanas, com várias salas de<br />

piscinas a diferentes temperaturas e com espaços para exercício físico, para leitura,<br />

etc. Tinham funções higiénicas e também de convívio. As manhãs estavam<br />

reservadas para os homens e as tardes para as mulheres. Após a Reconquista<br />

cristã, a maior parte destes banhos foi mandada encerrar por serem considerados<br />

imorais ou lugares de conspiração política.<br />

Hammam do século X utilizados<br />

ainda hoje<br />

Ao contrário da maioria das cidades cristãs da época, as ruas das cidades de Al<br />

Andalus eram iluminadas por lamparinas a azeite que eram mantidas por<br />

funcionários que também tinham a seu cargo a patrulha e a higiene das mesmas<br />

ruas. Isso tornava as cidades mais seguras e apelativas, até para a organização de<br />

festas nocturnas. Nas casas mais ricas e nos palácios essas festas eram realizadas<br />

nas próprias residências e jardins mas os menos favorecidos também as<br />

organizavam: em praças e em pátios, tal como ainda hoje se faz nos pátios de<br />

Andaluzia.<br />

O alimento base de toda a população, rica ou pobre, era o pão de que se conheciam<br />

muitas variedades. Também havia carne e peixe, legumes e, principalmente, frutas<br />

de inúmeros tipos. Os alimentos eram cozinhados em azeite (al zait) e com ervas<br />

aromáticas e especiarias. Muitos dos pratos que hoje consideramos portugueses ou<br />

espanhóis vêm desse tempo e da cozinha árabe como o arroz doce com canela ou<br />

as queijadas (qayyata).<br />

A agricultura conheceu um enorme avanço porque, além de introduzirem<br />

legumes, especiarias e árvores de fruto até aí não conhecidos na Península os<br />

Árabes também introduziram técnicas de irrigação inovadoras, ao criarem um<br />

sistema que aproveitava o melhor das técnicas romanas, orientais e visigóticas:<br />

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