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PROJETO RADAMBRASIL

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climäticas secas deixaram registro de aplainamento do<br />

tipo pediplano e o clima ümido atüal criou grande variedade<br />

de dissecagäo retocando relevos estruturais.<br />

Os detalhes sobre a constituigäo geológica, as caracteristicas<br />

dos solos e a composicäo das associagöes vegetais<br />

estäo referidas nas partes próprias dentro deste<br />

volume. QUando houver necessidade de remissäo a detalhes<br />

de geologia, solos e vegetagäo ela serä feita pela<br />

numeragäo, em algarismos romanos, seguida do titulo de<br />

segöes. Em todos os casos foi mantida a terminologia<br />

contida nos mapeamentos correspondentes a esta area,<br />

realizados pelo Projeto <strong>RADAMBRASIL</strong>.<br />

2. METODOLOGIA<br />

2.1 — Material e Métodos<br />

A interpretagäo e o mapeamento geomorfológico a<br />

1:1.000.000 seguem a metodologia basica estabelecida<br />

para o Projeto <strong>RADAMBRASIL</strong>. Depois da fase convencional<br />

de pesquisas cartogrêficas e bibliograficas, seguese<br />

a de Interpretacäo preliminar da imagem. Utiliza o<br />

material fornecido pelo radar na seguinte ordern de precedència<br />

tècnica: fotoindice na escala de 1:1.000.0*00, mosaicos<br />

semicontrolados a 1:250.000, faixas estereoscópicas<br />

na mesma escala dos mosaicos e perfis de radaraltimetro.<br />

Alèm destes recursos, säo empregadas também<br />

fotografias infravermelho em cópias coloridas e preto-ebranco,<br />

na escala a 1:130.000, e fotos multiespectrais, na<br />

escala a 1:73.000. A utilizagäo mültipla de todos esses<br />

elementos permite boa capacidade de resolugäo ao nivel<br />

de interpretacäo, tornando o mètodo muito adequado para<br />

o mapeamento da ärea.<br />

A interpretacäo preliminar da imagem consta do tracado da<br />

drenagem, em acetatos, até o nivel de visibilidade dado<br />

pela escala. Em operacäo simultänea, seguem-se a delimitagäo<br />

dos tipos de formas de relevo e sua definigäo.<br />

Esta è feita com uma tabela de convencöes, representada<br />

essencialmente por uma legenda em combinagäo de letrassimbolo,<br />

que däo a descricäo e classificagäo do tipo de<br />

forma. O tragado de drenagem e as delimitagöes dos tipos<br />

de formas de relevo, quando näo claramente definiveis,<br />

säo isoladas como areas de düvida e näo mapeadas nesta<br />

fase. Estas säo resolvidas por sobrevöo e/ou trabal ho de<br />

campo, por consulta a outras Divisöes do Projeto<br />

<strong>RADAMBRASIL</strong> e por auxilio bibliografico.<br />

Os sobrevöos representam a parte essencial da segunda<br />

fase da metodologia. Säo planejados e realizados em<br />

quantidade e duragäo suficientes para a solugäo das<br />

düvidas existentes. Dentro da metodologia do Projeto<br />

<strong>RADAMBRASIL</strong>, representam etapa importante, porque<br />

possibilitam comparagäo de padroes de imagem de radar<br />

com o terreno, buscando a eliminagäo de düvida e homogeneizagäo<br />

da interpretagäo preliminar da imagem. As<br />

fotos, tiradas ém ängulos diferentes, permitem uma correlagäo<br />

visivel com as imagens fornecidas pelo radar, que<br />

atua na faixa invisivel do espectro. Q sobrevöo, aliado aos<br />

demais recursos è disposigäo, permite näo só a eliminagäo<br />

das düvidas como a definigäo de formas de relevo, que<br />

homogeneizam a interpretagäo preliminar da imagem pelo<br />

acümulo de padröes de referências. Na medida em que se<br />

amplia a colegäo de padröes, a produtividade cresce e o<br />

nivel da interpretagäo melhora, a ponto de se pcder<br />

considerä-la como homogênea. A qualidade melhora,<br />

entäo, a cada novo mapeamento. O sobrevöo e a imagem<br />

de radar, quer ao nivel de mosaico a 1:250.000, quer ao<br />

nivel de fotoindice a 1:1.000.000, permitem, no mapeamento,<br />

a distribuigäo de um tipo de forma de relevo, de<br />

modo continuo. Em trabalhos de campo, a integragäo de<br />

formas extensamente distribuidas, como uma superficie<br />

de aplainamento, por exemplo, exigiria segöes em värias<br />

diregöes diferentes, nem sempre possiyeis nas areas<br />

mapeadas.<br />

Dirimidas as düvidas pelo sobrevöo, inicia-se a etapa de<br />

integragäo das interpretagöes a 1:250.000. Os problemas<br />

de fechamento de uma interpretagäo para a contigua säo<br />

muito diminuidos pela fixagäo da legenda previa e pela<br />

definigäo dos modelos. A integragäo è operada sucessivamente<br />

a 1:500.000 e a 1:1.000.000, sendo esta a escala<br />

final do mapeamento. As redugöes progressivas, feitas por<br />

processos de xerocöpia, fixam a dimensäo do fato mapeävel.<br />

Isto evita as discriminagöes subjetivas, determinal,<br />

ou i näo a Inecessidade de grupä-los e assegura ä<br />

fidedignidade do mapeamento final.<br />

Apös a redugäo das interpretagöes em xerocöpia para a<br />

escala a 1:1.000.000, o mapa é montado e transposto para<br />

a base cartogräfica (em blue line), tambèm efetuada a<br />

partir de imagens de radar.<br />

2.2 — Problemas da Cartografia Geomorfológica<br />

Os preceitos normativos da cartografia geomorfológica no<br />

Brasil foram sumarizados por Ab'Saber (1969) e Moreira<br />

(1969). Segundo esses autores, urn mapa geomorfológico<br />

deve conter uma série de elementos fundamentals.<br />

Baseado nisso e visando atingir os objetivos do Projeto<br />

<strong>RADAMBRASIL</strong>, deveriam ser solucionados os seguintes<br />

problemas:<br />

a — A necessidade de figurar a base geológica como<br />

elemento essencial do mapa geomorfológico.<br />

b — A fixagäo, delimitagäo e descrigäo precisas das<br />

formas de relevo em si mesmas, como registro de even to,<br />

posicionado em nivel de coordenadas e de planimetria, ja<br />

que a interpretagäo destas formas è, por natureza, discutivël<br />

e superävel.<br />

c — A fixagäo de altimetria e relacionamento entre diferentes<br />

massas de relevo, ja que o mapeamento abränge<br />

ärea onde o levantamento planimêtrico e altimétrico preciso<br />

ainda estä se 'processando.<br />

d — A representagäo dos dominios morfoclimäticos e<br />

morfoestruturais.<br />

e — A necessidade de grupar e de compartimentar as<br />

formas de relevo, para atender äs solicitagöes operacionais<br />

internas do Projeto <strong>RADAMBRASIL</strong> e ä utilizagäo do<br />

mapeamento pelo publico.<br />

f — A fixagäo de legenda aberta, devido ä natureza sistemätica<br />

do mapeamento e a possibilidade de se encontrar<br />

fatos insuspeitados ou de dificil previsäo. Isto porque a<br />

ärea em mapeamento se estende desde os dominios<br />

morfoclimäticos mais secos até os mais ümidos do Brasil<br />

GEOMORFOLOGIA129

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