PROJETO RADAMBRASIL

1.* e 2. f fases
Fig. 14 — Fases de Dissecacäo no Aplainamento de Topo
oeste e em seguida retorna a sua diregäö inicial. Essa
mudanga brusca na diregäo de seu curso é explicada por
fenömeno de captura. Antes, o rio Paru de Oeste seguia a
diregäo geral .N - S. O rio que o capturou tinha curso
paralelo ao rio Paru, com a nascente ao norte da captura.
Esse ultimo rio tinha maior poder erosivo e por erosäo
remontènte capturou o rio Paru de Oeste. O igarapè
Urucuriana acompanhou esse rio em seu novo curso. O
vale morto ao sul do igarapè Urucuriana, é uma comprovagäo
dessa captura (Fig. 15). O rio Anamu, urn dos
formadores do rio Trombetas, capturou o alto curso de urn
dos afluentes da margem direita do rio Marapi. Assim, o
rio Anamu passou a ter suas nascentes mais para noroes^
Fig. 15 — Captura do Rio Paru de Oeste
148 GEOMORFOLOGIA
3." e 4." fases
te. As inflexöes do seu curso atual e o vale morto deixado
pelo afluente do Marapi säo indicativos da captura
(Fig. 16). Tanto no rio Paru de Oeste como no rio Anamu, o
cotovelo de captura é marcado por cachoeiras. O fenömeno
de captura é resultante de uma agäo tardia da
tectönica naérea. Essaagäo provocou a mudanga do perfil
longitudinal dealguns rios, que puderam, assim, capturar
trechos do curso de outros rios.
O rio Citaré, afluente do Paru de Este, após cortar uma area
aplainada, se superimpöe a um relevo colinoso, onde
apresenta terragós ao longo de seu curso. Esses terragos
säo indicativos de que o movimento tectónico positivo que
SituacSo Atual
Vale Morto