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PROJETO RADAMBRASIL

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1 — INTRODUQÄO<br />

A Folha NA.21 Tumucumaque e parte da Folha NB.21<br />

ocupam uma érea de 148.550 km2, estando localizadas<br />

entre os segmentos dos paralelos 00°00' e 04°00' de<br />

latitude norte e entre os segmentos dos meridianos de<br />

54°00' e 60°00' oeste de Greenwich.<br />

Envolvem parcelas de areas pertencentes aos estados do<br />

Para, ao centra; Amazonas e território federal de Roraima,<br />

a oeste; e território federal do Amapè, a leste.<br />

Atravès dos estudos fitogeograficos desenvolvidos na ärea<br />

determinou-se a presenca de seis Regiöes Ecológicas:<br />

Savana, Savana-Estépica, Formacöes Pioneiras, Floresta<br />

Densa, Aberta e Estacional (Semidecidual) delimitadas<br />

com base nos gradientes ecológicos fundamentals (climéticos,<br />

litológicos e morfológicos).<br />

A confeccäo do mapa-fitoecológico e o levantamento com<br />

bases económicas dos principals recursos florestais constituem<br />

o objetivo principal deste trabalho.<br />

O nivel de abstracäo deste levantamento é de caréter<br />

regional, apresentado em mapas na escala 1:1.000.000.<br />

As interpretagöes, preliminar e final, foram feitas na<br />

imagem de radar, utilizando-se mosaicos semicontrolados<br />

ha escala de 1:250.000 e as faixas das imagens na<br />

mesma escala. Como sensores auxiliares, foram utilizados<br />

as fotografias infravermelho (falsa cor), na escala de<br />

1:130.000, sobrevöos a baixa altura e levantamentos de<br />

campo (floristica o volumetria).<br />

O estudo aqui apresentado esta inteiramente baseado na<br />

organizagäo ecológica de Ellenberg (Ellenberg & Mueller-<br />

Dombois 1965/66).<br />

Asatividadès dos autores ficaram assim distribuidas: Ooi,<br />

na interpretagäo e elaboragäo do mapa-fitoecológico e na<br />

redagäo da maior parte do relatório; Barros-Silva, no<br />

estudo bioclimatico; Ferreira, na analise estatistica de<br />

dados; Floralim de Jesus Fonseca Coelho e Evaristo<br />

Francisco de Moura Terezo, no sobrevöo e interpretagäo<br />

preliminar; e Goes-Filho, na coordenagäo e orientagèo<br />

geral de todas as fases.<br />

A assessoria dos trabalnos desenvolvidos pela Divisäo de<br />

Vegetacäo é do professor Henrique Pimenta Veloso.<br />

2 — METODOLOGIA<br />

A utilizagäo do sensor RADAR, no mapeamento de vegetacäo,<br />

possibilitou a aplicacäo de uma metodologia prätica<br />

orientada que compreende:<br />

2.1 — Interpretacäo Preliminar.<br />

A interpretacäo é desenvolvida com base em padroes de<br />

drenagem, torn e textura, onde a delineacäo segue, de<br />

inicio, ambientes gepmorfológicos de acordo com os<br />

padroes citados e com auxilio de outros sensores.<br />

2.2 — Sobrevöo e Percurso Terrestre.<br />

Após o tragado preliminar procede-se ä integragäo das<br />

folhas, na escala de 1:250.000, em um bloco de area, para a<br />

determinacäo das linhas de vöo que se fizerem necessärias<br />

ao auxilio da reinterpretagäo.<br />

Durante o sobrevöo säo tiradas fotografias colpridas dos<br />

ambientes que foram delimitados e observadas as correlagöes<br />

entre öS padroes da imägem de radar e a vegetacäo,<br />

constatando-se a necessidade ou näo de percursos terrestres<br />

para a descrigäo das fisionomias vegetais. Nos percursos<br />

terrestres, entäo, säo analisadas as novas fisionomias<br />

que säo extrapoladäs para a descrigäo dos ecossistemas,<br />

com a identificagäo das espécies mais caracteristicas<br />

de cada süb-regiäo.<br />

2.3 — Reinterpretagäo<br />

A reinterpretagäo de cada folha de 1:250.000 consiste no<br />

reexame das delineacöes feitas preliminarmente, tendo<br />

como base todas as observagöes verificadas nas operagöes<br />

de sobrevöo, terrestres e na revisäo bibliografica<br />

relacionada com o bloco de ärea em estudo. Cada uma<br />

destas folhas é acompanhada de sintese temätica e de<br />

fotografias devidamente locadas e classificadas.<br />

Em prosseguimento a esta sistemätica de trabalho, säo<br />

feitas as reducöes das folhas de 1:250.000 para 1:1.000.000<br />

e, após cuidadosa revisäo, o delineamento è lancado numa<br />

base cartografica em blue line para impressäo em cores.<br />

2.4 — Inventärio Florestal<br />

A mensuracäo e identificacäo das espécies florestais<br />

foram executadas por urha equipe de engenheiros florestais<br />

e auxiliares botänicos (mateiros).<br />

Este trabalho obedeceu ä seguinte sistemätica:<br />

2.4.1 — Mapa Bäsico<br />

Nos mosaicos das .imagens de radar säo delimitados os<br />

ambientes geomorfológicos e identificados os tipos fitofisionömicos.<br />

A seguir säo marcados os pontos de levantamento<br />

florestal, sendo posteriormente transferidos para<br />

as cópias "off-set" dos mosaicos de radar.<br />

2.4.2 — Amostragem<br />

I) Unidade de Amostra (ärea e forma)<br />

Baseado no objetivo de levantamento florestal do Projeto<br />

<strong>RADAMBRASIL</strong>, que é de inventariar areas de dimensöes<br />

regionais com dificeis prpblemas de acesso, em curto<br />

tempo, com reduzido custo, definiu-se como unidade de<br />

amostra-padräo um retängulo de 500 x 20 metros (= 1 ha).<br />

Esta unidade de amostra deve ser sabiamènte locada para<br />

atingir pelo menos a maioria das feicöes töpograficas do<br />

ambiente.<br />

II) Distribuicäo das Amostras<br />

A ideal distribuicäo das amostras seria ao acaso, dando a<br />

todas as areas idênticas possibilidädes de escolha;<br />

VEGETAQÄ0 261

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