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PROJETO RADAMBRASIL

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<strong>RADAMBRASIL</strong>, porque as dificuldades de comprovagäo<br />

säo muitas para uma area florestada e de dificil acesso.<br />

Urn destaque pelo valor pragmatico, operacional e cientifico<br />

foi dado aos tipos de dissecagäo, objetivando superar<br />

designagöes inapreciäveis como forte, fraco e moderadamente<br />

dissecado. Desse modo, uma associacäo de<br />

letras-simbolo qualifica seu tipo.<br />

Na tabela de convengöes, as letras-simbolo estäo hierarquizadas<br />

em ordern alfabètica apenas para facilidade de<br />

consulta. Esta hierarquia näo implica, pois, em'predominência<br />

de uma forma sobre outra, nem em indicacöes de<br />

ordern genetica. A legenda se esclarece com uma complementagäo<br />

sintètica do significado de cada associagäo de<br />

letras na area mapeada. E, sendo uma legenda aberta, a<br />

associacäo de letras pode modificar-se de mapa para<br />

mapa, sem perder homogeneidade em relagäo é carta<br />

precedehte e sem perder a qualificagäo de fatos que<br />

poderäo aparecer em outras folhas a serem mapeadas.<br />

A limitagäo do uso de termos geomorfológicos na descrigäo<br />

da legenda visa facilitar a leitura do mapa. Esses<br />

termos nem sempre säo acessiveis a todos os .usuärios e<br />

algumas vezes nem mesmo normalizados pelos especialistas,<br />

sobretudo em se tratando da geomorfologia da<br />

regiäo amazönica. Em vista, disso, estabeleceu-se uma<br />

conceituagäo bäsica para a tradugäo das letras-simbolo,<br />

fundamentada em tres principios: o da declivi'dade das<br />

vertentes (definidas comp formas com vertentes de declive<br />

fraco e formas com vertentes de declive forte), do grau de<br />

incisäo da drenagem (pouco aprofundado, aprofundado e<br />

muito aprofundado) e da densidade de drenagem (baixa e<br />

alta). Essa definigäo, de cunho quantitative, näo estä<br />

baseada em dados numèricos, mas decorre de uma padronizagäo<br />

definida por modelos de imagem de radar, prèselecionados<br />

e constatados em campo.<br />

Os simbolos geomorfológicos e geológicos necessärios<br />

säo impressos em preto, bem como os limites de formas<br />

de relevo.<br />

Oeste modo, o mapa atingiu, quanto ä representagäo grafica,<br />

a quase totalidade dos objetivos propostos por<br />

Äb'Säber (1969) e Moreira (1969), ficando ainda sem solugäo<br />

grafica a representagäo das formagöes superficiais e<br />

a dinämica da geomorfogênese. As dificuldades de indicaeäo<br />

deste dois tipos de fenömenos têm sido sentidas atè<br />

em mapeamentos feitos sobre aerofotos em escala em<br />

torno de 1:50.000. No caso do mapeamento do Projeto<br />

<strong>RADAMBRASIL</strong>, espeeificamente para os trabalhos geomorfológicos,<br />

o problema cresce pelo nivel da escala e<br />

pela impossibilidade de realizagäo de trabalhos de campo<br />

que permitissem acompanhamentos sistemäticos dos<br />

fatos referidos! Alguns dados destes dois fenömenos<br />

podem ser deduzidos corretamente, de modo indireto, da<br />

legenda e oütros seräo referidos em nivel de relatório, com<br />

base em bibliografia e outras fontes.<br />

2.4 — Classificagäo do Mapa<br />

O mapeamento conseguido com essa metodologia resulta<br />

em um mapa que contém praticamente todas as formas de<br />

relevo, determinadas até o nivel atual de aproveitamento da*imagem.<br />

Para os usuärios do mapa geomórfológico, tornam-se<br />

necessärios alguns esclarecimentos preliminares. O<br />

primeiro se refere ä separagäo das formas de relevo.<br />

Usualmente, aos estudos geomorfológicos aplica-se o critèrio<br />

de concordäneia de topos de elevagöes para deteetar<br />

os niveis de aplainamento. Nesse caso adotou-se o critèrio<br />

de so se mapear as areas aplainadas quando a<br />

imagem permitisse esta identificagäo e as outras areas<br />

dissecadas foram qualificadas conforme seu tipo de dissecagäo,<br />

identificadas por uma chave de letras-simbolo<br />

descritas na legenda. Deste modo, as areas planas, que<br />

podem ser tomadas preferencialmente ao uso da terra,<br />

foram distintamente separadas das areas em processo<br />

ativo de erosäo. Apesar de näo quantificadas, as taxas de<br />

erosäo podem ser deduzidas a partir desta distingäo. As<br />

rotas de sobrevöo e itinerärios de campo permitiram concluir<br />

que a imagem de radar ao nivel da escala è um<br />

instrumento adequado para a separagäo das formas planas<br />

e dissecadas, as quais o planejador pode usar com maior<br />

objetividade. A falta de base cartogräfica com curvas de<br />

nivel precisas e a dificuldade de se mapear niveis aplainados<br />

por levantamentos altimétricos expeditos säo problemas<br />

inerentes a quase todos os mapeamentos de<br />

superficies aplainadas. A imagem de radar cobre com êxito<br />

essas deficiências e justifica o critério adotado. Sem<br />

mudar o concèito do fato, muda o método de identif icä-lo e<br />

mapea-lo em decorrência de recurso téenico utilizado.<br />

Dentro dos critérios usuais em que säo elaborados os<br />

mapas geomorfológicos, o presente mapeamento apresenta<br />

limitagöes. A primeira delas refere-se ä interpretagäo. O<br />

mapa identified formas de relevo e as traduz em letrassimbolo.<br />

Isto visa tornä-lo um elemento de consulta aberto<br />

a um numero maior de teenicos näo especializados em<br />

geomorfologia, mas que necessitam de dados sobre o<br />

relevo no contexto de mapeamento integrado para fins de<br />

planejamento. Outra limitagäo refere-se ä ausència de<br />

representagäo das formagöes superficiais, nem sempre<br />

acessiveis e nem sempre mapeäveis e que só se completaräo<br />

com trabalhos de campo posteriores em outra escala. O<br />

mapa também apresenta uma deficiência dada pela dupla<br />

necessidade de apresentagäo de tipos de formas simultaneamente<br />

com os processos morfogeneticos. Ao nivel da<br />

escala 1:1.000.000, esta limitagäo näo pode ainda ser<br />

superada sem prejuizos da densidade de informes, que<br />

deveriam ser mapeados para que o mapa pudesse registrar<br />

as formas e indicar seus processos simultaneamente.<br />

Dentro das caracteristicas da metodologia, da natureza<br />

sistemätica do mapeamento e da oportunidade de publicagäo<br />

em cores, o mapa geomórfológico resultante näo<br />

podia perder a informagäo dada pelas imagens de radar<br />

para aumentar o conhecimento geomórfológico da area<br />

mapeada. Assim, o mapeamento procurou associar, de<br />

acordo com a escala, as informagöes para uso em planer.jamento<br />

regional, como a compartimentagäo do relevo, äs<br />

de natureza essencialmente geomorfológica.<br />

Por utilizar um instrumento diferente, por ter de solucionar<br />

problemas de cartografia geomorfológica para a escala a<br />

1:1.000.000 e por ter objetivos especificos, o presente<br />

mapeamento näo pode ser comparével a outros%m escalas<br />

maiores fundamentados em aerofotogrametria e controle<br />

sistemético de campo.<br />

Os mapeamentos geomorfológicos com base em sensores<br />

remotos, como o radar, fazem por merecer, pela extensividade<br />

e pela escala, uma classificagäo a parte. Por isto näo<br />

GEOMORFOLOGIA 131

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