03.06.2013 Views

PROJETO RADAMBRASIL

PROJETO RADAMBRASIL

PROJETO RADAMBRASIL

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

A amostra PT-25, NA.21-Y-B tem macroscopicamente<br />

granulacäo fina, cor rosa, em que se destacam mäficos<br />

orientados que I he conferem ligeiro aspecto anisotrópico;<br />

outra amostra deste ponto tern uma granulacäo bastante<br />

grosseira. Do estudd microscópico obteve-se a seguinte<br />

mineralogia: microclinio (57%), albita-oligoclasio (17%),<br />

biotita (13%), muscovita (5%), quartzo (5%), seguindo-se<br />

os acessórios zircäo, apatita, epidoto e opaco. As micas,<br />

apesar de pronunciadamente orientadas, näo estäo segregadas<br />

em leitos de forma que possam conferir ä rocha urn<br />

bandeamento, texturalmente contudo podem ser classificadas<br />

como granolepidoblastica fina. Dois fatos säo<br />

significativos: a intensa feldspatizacäo, havendo excesso<br />

de aluminio e baixo teor em silica na forma de quartzo.<br />

Nos pontos 534 e 532B da Folha NA.21-Z-C, localizados no<br />

leito do rio Paru de Oeste, onde este toma o sentido<br />

leste-oeste, cortando as rochas migmatiticas em uma série<br />

de saltos, para em seguida retomar o rumo norte-sul<br />

primitivo, foram definidos corpos de anfibolitos rompidos<br />

em pecas ("boudins"), em tipicas estruturas de "boudinage".<br />

Macroscopicamente, säo caracterizados urn anfibolito<br />

e um granodiorito gnäissico. A anälise microscópica<br />

revela para o paleossoma textura nematoblästica a granoblastica.<br />

podendo provavelmente existir tipos intermediaries.<br />

A mineralogia destes tipos texturais extremos säo:<br />

andesina (41%-47%), hornblenda (12%-48%), microclinio<br />

(1%-18%), biotita (15%-18%), quartzo (0%-8%) e antipertita<br />

(0%-5%). É evidente a metassomatose silicopotéssica<br />

com desenvolvimento do microclinio, biotita e<br />

quartzo.<br />

Na bacia do rio Anaua, as amostras X (A), X (B), da Folha<br />

NA.21-Y-A, analisadas na lupa binocular, apresentam,<br />

respectivamente: cores cinza e preto, granulacäo média e<br />

fina. Macroscopicamente apresentam textura granolepidoblastica<br />

e lepidonematbgranoblästica. A rocha identificada<br />

por X (A) é essencialmente constituida por: quartzo<br />

(25%), microclinio (34%), oligoclasio (34%) e biotita (7%);<br />

ao passo que a X (B), caracterizada'como melanossorrval,e<br />

constituida em ordern de abundència por andesinaoligoclasio<br />

(52%), hornblenda (23%), biotita (19%) e<br />

quartzo (5%).<br />

Em sintese, ao microseópio a migmatizaeäo se expressa<br />

pela neoformacao de feldspatos alcalinos, em substituicäo<br />

a feldspatos preexistentes — envolvimento de minerais da<br />

massa fundamental por porfiroblastos de feldspato alca?<br />

lino, desenvolvimento de antipertita, mais de uma geraeäo<br />

de quartzo e, finalmente, acentuada tendència de substituicäo<br />

do anfibólio pela biotita. É lógico, que tais caracteres<br />

näo säo exclusivos de migmatitos, sendo indispensävel,<br />

em geral, a relacäo de campo.<br />

2.2.1.5.5 — Rochas Cataclästicas<br />

Num embasamento täo intensamente recortado e sulcado<br />

por falhas e intrusöes, é de se esperar que a amostragem<br />

envolva significativo numero de rochas cataclästicas.<br />

Neste grupo estäo incluidas as rochas cujas texturas e<br />

estruturas originais foram totalmente destruldas pelo<br />

dinamometamorfismo.<br />

38 GEOLOGIA<br />

Muito comumente, o "stress" opera a ruptura das rochas<br />

em superficies lenticulares subparalelas, cada lente sendo<br />

subdividida em lentes menores, numa escala que varia<br />

provavelmente de dezenas de metros até alguns milimetros.<br />

Cada uma dessas rochas admite vérias modi.ficacöes<br />

texturais, quer relativas a forma, relacöes de<br />

posicäo e tamanho dos minerais, quer relativas ao grau de<br />

preservaeäo das estruturas pré-metamórficas. Säo rochas<br />

predominantemente quartzo-feldspäticas, tendo a biotita<br />

como principal mafico e a composicäo, quando a granulacäo<br />

o permite, é a das rochas granitóides. As texturas mais<br />

represeritativas seriam mortar, "augen", "flaser" ë milonitica.<br />

Recristalizacäo sem obliteracäo completa das<br />

superficies de ruptura, assim como graisenizaeäo podem<br />

ser constatadas. Em geral, a aeäo de rupturas das Irochas<br />

libera energia que se degrada em calor, seguindo-se a<br />

percolaeäo de f luidos com o consequente desenvolvimento<br />

de mineralogia secundaria e de alteracao dos'preexistentes,<br />

constatando-se em alguns minerals, tais como<br />

fluorita e turmalina.<br />

2.2.1.5.6 — Outras Variedades<br />

Enquadram-se neste grupo as rochas cuja amostragem e<br />

representatividade nesta unidade säo pouco significativas<br />

ou cujo posicionamento em outros itens näo se justifica<br />

plenamente.<br />

Classificada como leptito, a rocha PT-01 da Folha<br />

NA.21-X-C macroscopicamente é leucocratica, de cor<br />

branca a róseo pälido, pobre em mäficos, que ocorrem<br />

levemente orientados. Em lämina delgada, a textura è<br />

granoblastica fina, submilimëtrica. Ê constituida por<br />

albita-oligoclésio(35%), microclinio (30%), quartzo (34%),<br />

alèm de biotita, opaco, epidoto e muscovita.<br />

Encravados no embasamento, os metabasitos säo representados<br />

pelas amostras PT-481A (SB-2), NA.21-Y-B e<br />

PT-450A, NA.21-Y-C. A primeira tem textura fibroblästica<br />

sendo constituida, essencialmente, por urn emaranhado<br />

de cristais de actinolita sem qualquer orientaeäo preferencial,<br />

distinguindo-se ainda relictos de fenocristais de<br />

hornblenda. Dispersos, hè grande numero de granulös de<br />

epidoto e opaco, algumas palhetas de sericita e rara<br />

biotita. A PT-450A apresenta textura subofitica seme-<br />

Ihante ä dos diabasios e tem por constituicäo mineralogies:<br />

plagioclasio-sericita-epidoto (55%), hornblenda<br />

(30%), clorita(10%), opacos (4%), além de esfeno, apatita<br />

e tremolita-actinolita.<br />

Envolvidos e com indicio de terem sofrido aeäo das rochas<br />

vuleänicas e subvulcänicas foram amostrados quartzitos<br />

no PT-07 da Folha NA.21-Z-C. Macroscopicamente, podem<br />

ter cor rosea esbranquicada até cinza esverdeada, o aspecto<br />

è macico e granulacäo fina. Em lämina delgada, a<br />

textura è granoblastica, tendo os cristais dimensöes inferiores<br />

a milimétrica. A mineralogia è fundamentalmente<br />

quartzo e raros feldspatos totalmente alterados, além de<br />

epidoto, clorita, titanita, opaco e zircäo, sericita e fluorita,<br />

todos acessórios ocasionais. Numa das amostras hé urn<br />

veio que contém fluorita, sendo o epidoto varietal.<br />

A amostra PT-07A.2 da Folha NA.21-Y-A foi classificada<br />

como hornfelsl, duvidosamente.<br />

A sümula das observacöes petrogräficas realizadas nas<br />

rochas do Complexo Guianensel pode ser | vista ' nas<br />

Tabelas I e II.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!