PROJETO RADAMBRASIL

NB.21, sendo formado por uma serra que possul uma
extensäo de 10km e largura de 4km, contlnuando para N e
E ja em território da Repüblicada Guiana.
2.2.7.4 — Geocronologla
Determinacao radiométrica realizada pelo método K/Ar em
rochas do Sienito Mutum revelou idade minima de
1026 ± 28 MA que pode corresponder, na idade, ao
Episódio K'Mudku, evento tectonotermal.
2.2.7.5 — Petrografla
O Sienito Mutum é representado por uma série de
amostras coletadas no PT-14 da Folha NA.21-Y-B, com
cores variando de cinza a róseo claro, granulacäo media a
grosselra.
Microscopicamente, a textura é hipidiomórfica granular
onde os prismas de feldspato alcancam urn centimetro.
Ocupando faixas localizadas, pode-se ter textura granular,
em que a média dos tamanhos situa-se em torno de 1mm.
Ortoclasio pertitico é o principal constituinte da rocha.
Apresenta-se bastante alongado, macla segundo a lei de
Carlsbad, raramente Baveno. Nefelina segue em abundència
o ortoclasio, seus cristais säo medlanamente desenvolvidos,
raramente apresentando desenvolvimento de
face, em geral ocupam espaco entre os prismas de feldspato.
Os cristais maiores deste feldspatóide contêm inclusöes
de cancrinita, lepidomelênio, carbonato e albita. O
plagioclasio sódico é de pouca expressäo, ocorrendo na
forma de pequenos relictos em especial no ortoclasio e
eventualmente nos intersticios dos demais.
Cancrmita possui cores amarela e laranja de segunda
ordern sob luz analisada, normalmente envolve carbonato,
sendo a abundäncia do primeiro mineral inversamente
proporcional è abundäncia do segundo, o que, aliado aos
caracteres texturais, condiz perfeitamente com a suposicäo
de reacäo entre o magma rico em aluminio silicato de
sódio e o carbonato, sendo este portantó de origem
.magmatica. Estes minerals säo anédricos, registrando-se
na lämina PT-14 tres ou mals cristais de carbonato,
isolados entre si e com a mesma orientacäo ótica, ocorrendo
ainda como inclusäo em quase todos os minerals, o
que reforca a suposicäo de assimilacäo magmatica.
Os maficos quantitativamente säo pouco expressivos.
Aegirina ocorre em pequenos e esparsos aglomerados de
cristais aos quais se associam titanita e principalmente
opaco. Lepidomelanlo é ligeiramente mals frequente que o
piroxénio, observando-se relictos deste naquele mineral.
Pormas corroidas e esqueletiformes säo comuns nestes
minerals.
Apatita, fluorita e epidoto completam a mineralogia acessória
observada, havendo finalmente numa das lämInas
um mineral cuja identidade näo ficou perfeitamente esclarecida.
2.2.7.6 — Analises Qufmlcas
A anallse quimlca do Sienito Mutum pode ser vista na
TabelaXXIV.
66 GEOLOG I A_
OXIDOS
TABELA XXIV
Anallse Qui mica do Sienito Mutum
AMOSTRA
PT-14.1
NA.21-Y-B
sio2
52,42
AI2O3 21.74
FB203 3,24
FeO
MnO
1.28
0,12
T102
0,47
CaO 2.33
MgO 0.91
NajjO 7,62
K2O 7,68
P2O5
0,06
H2O 0,11
P.F. 2,24
TOTAL 100,22
A analise foi usada no calculo da razäo de alcal in idade de
Wright (1969), definido como log AI2O3 + CaO -1- total dos
alcalinos/Al203 + CaO — total dos alcalinos.
Quando SiO2S50% e2,5i»K20/Na20S1, entäo 2 (Na20)
é usado no local do total dos alcalinos. O resultado foi
plotado no diagrama da razäo de alcalinidade de Wright
(1969), Flgura 8, tratando-se de uma intrusiva sienltica
peralcalina.
90rSiO 2%
• PT-14
PERALCALINO
Razäo ds Alcalinidade
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 O.S 07 0 8 0.9 . 1.0
Flg. 8 — Olagrbma de Wright. Sienito Mutum
2.2.8 — Diabésio Casslporé
2.2.8.1 — Qeneralldades
Um paroxismo vulcänico de carèter toleitico atingiu o
Craton Guianês em toda sua extensäo, sendo o registro da
ultima reativacäo cratönica que se conhece atualmente
nesta area.
Esta manifestacäo tectonomagmätica foi mals atlva nas
Folhas NA/NB.22 Macapö, proximo ä regiäo costelra,