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PROJETO RADAMBRASIL

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florestal, abrangendo problemas de geomorfologia litoranea<br />

e formas f luviais intrincadas da' hid rog raf ia amazónica.<br />

g — A representacäo da dinèmica de evolugäo geomorfológica<br />

atual.<br />

h'— A representagäo das formacöes superficiais, que säo<br />

dados comprovadores da geomorfogênese.<br />

Esses problemas de cartografia geomorfológica exigiram<br />

uma série de pesquisas para se encontrar solugöes mais<br />

adequadas que, configuradas em mapa, seriam irreversiveis,<br />

porque ele näo è uma amostragem regional ou um<br />

ensaio isolado, mas um mapeamento sistemätico.<br />

Os problemas de representacäo da base geológica superam-se<br />

pärcialmente, porque o Projeto <strong>RADAMBRASIL</strong><br />

publica carta geológica incluindo também a representacäo<br />

dos principals dados que o mapeamento geomorfológico<br />

requer. Resta uma pequena dificuldade para a leitura: a<br />

superposigäo das duas cartas, ainda que de mesma escala.<br />

O-registro das formas de relevo em si mesmas foi solucionadQ<br />

pela metodologia e pela interpretacäo da imagem<br />

de radar, cujos mosaicos ressaltam estas formas. A legenda<br />

completou a solugäo. A f ixagäo de altimetria relativa<br />

das diversas massas de relevo foi resolvida pelo emprego<br />

de cores diferentes, com os tons mais fortes hierarquizados<br />

das partes altas paraas mais baixas. A solugäo dada<br />

ao problema de representacäo da idèia de altimetria pelo<br />

emprego de cores, poderia ser entendida como sub-aproveitamento<br />

de elemento gräfico de,valor, se as cores näo<br />

solucionassem, simultaneamente, o problema da compartimentagäo<br />

e do grupamento de tipos de relevo. O emprego<br />

de cores da, ä media aproximagäo visual, a idèia de altimetria<br />

relativa e a de compartimentagäo do relevo mapeado e,<br />

ädistäncia normal, pode-se identificarasformas.de relevo.<br />

O problema da representagäo das unidades morfoestruturais<br />

e dominios morfoclimaticos foi solucionado em<br />

niveis diferentes. Graficamente, näo era possivel ou recomendävel<br />

a superposigäo destas unidades, seja em cores,<br />

seja em preto. A solugäo foi realizada em nivel de legenda,<br />

onde as linhas de limites dos dois tipos de unidades foram<br />

superpostas, em esquema ä parte, integradas e definidas.<br />

Na medida em que se publicarem os mapeamentos do<br />

Projeto <strong>RADAMBRASIL</strong>, esta superposigäo continuarä. O<br />

objetivo final é a divisäo de extensa area do Brasil, onde<br />

. seräo delimitadas as unidades morfoestruturals e os dominios<br />

morfoclimaticos.<br />

O ponto de partida para estas' divisöes.foram, as proposigöes<br />

feitas por Ab'Säber (1967a), que seräo mantidas<br />

como parämetros, atê que sejam possiveis modificagöes<br />

plenamente justificäveis. Aquele autor conceituou as<br />

unidades morfoestruturais como grandes areas, onde o<br />

controle da erosäo ê exercido primordialmente pelas condigöes<br />

geológicas. Como dominio morfoclimätico, definiu<br />

as regiöes onde as variagöes da erosäo estavam na dependência<br />

de um sistema morfoclimätico, no quäl a fisiologia<br />

da paisagem estava relacionada äs condigöes de'<br />

clima, vegetagäo e solos. Em trabalho posterior, Ab'Säber<br />

(1969) esquematizou, de modo genêrico, a distribüigäo do<br />

que chamou de areas nucleares* dos dominios morfoclimaticos,<br />

estabelecendo que entre estas areas nucleares<br />

de cada dominio existiam processos geomorfológicos de<br />

transigäo, atribuidos a influências bioclimaticas. O pro­<br />

130 GEOMORFOLOGIA<br />

blema de determinar os limites da preponderäncia de um<br />

ou outro processo foi assim colocado por Ab'Säber (1969)<br />

äs pesquisas que seriam feitas posteriormente. Ao admiti-r<br />

äreas de transigäo entre areas nucleares, Ab'Säber implicitamente<br />

näo atribuiu äs palavras provincias e dominios<br />

os sentidos especificos que têm em Geologia e Botanica.<br />

A definigäo foi de natureza geomorfológica. Os mapeamentos<br />

realizados pelo Pröjeto <strong>RADAMBRASIL</strong> ensejam a<br />

oportunidade de delimitagäo das äreas de transigäo geomorfológica<br />

entre as äreas nucleares porque-também säo<br />

mapeados solos e vegetagäo. A sensibilidade do mapa<br />

fitoecológico contribui para maior aproximagäo na divisäo<br />

dos dominios morfoclimaticos. Desde-o inicio do mapeamento,<br />

constatou-se a utilidade do mêtodo de superposigäo,<br />

porque ele comegou em äreas bem individualizadas<br />

do ponto de vista geológico, geomorfológico e<br />

fitoecológico. Os peqüenos ajustes realizados eram previsiveis,<br />

porque näo hä termos de comparagao entre a<br />

proposigäo de esquemas e mapeamentos sistemäticos. Na<br />

medida em que o mapeamento atinge äreas amazónicas,<br />

os desajustes säo acentuados, principalmente porque<br />

ocorrem sob florestas, feigöes geomorfológicas antigas,<br />

herdadas de geomorfogêneses diferentes, justäpostas ou<br />

até mesmo superpostas a feigöes geomorfológicas c'orrelacionadas<br />

è geomorfogênese atual. Por outró lado, no que<br />

se refere äs provincias morfoestruturais, os ëxtensos depósitos<br />

de cobertura e a morfogênese ümida oblitëraram<br />

pärcialmente influências litológicas e estruturais. A definigäo<br />

das regiöes de transigäo geomorfológica comegou a<br />

ser esbogada na medida em que o mapeamento progredia.<br />

Em decorrência, foram mantidas as proposigöes iniciais de<br />

Ab'Säber como parämetro para as modificagöes que estavam<br />

sendo encontradas. Sem perder de vista aquelas<br />

diretrizes, a denominagäo de provincias morfoestruturais<br />

passou a ser empregada em sentido mais adaptado ä<br />

realidade mapeada, adquirindo uma conotägäo de unidades<br />

de relevo. Os dominios morfoclimaticos estäo titulados<br />

pelas unidades morfoestruturais, contendp descrigöes<br />

de suas formas de relevo e das variagöes fitoecológicas<br />

mapeadas pelo Projeto <strong>RADAMBRASIL</strong>.<br />

2.3 — Chave da Legenda<br />

A fixagäo de legenda aberta, depois de superadas muitas<br />

experiências, foi resolvida por associagäo de let ras que<br />

detalham as categorias de formas tomadas lato sensu:<br />

S — estruturais, E —, erosiväs e A — -acumulagäo, que<br />

iniciam o grupamento de letras sempre notadas em maiüsculas.<br />

Esta categoria da a genese de. forma. As letras<br />

podem ser combinadas entre si em älguns casos (SE, EA<br />

ou ES). Äs letras maiüsculas seguem-se associagöes<br />

minüsculas correspondentes ao registro de forma em si<br />

mesma. A, associagäo das minüsculas pode conter também<br />

referenda è sua genese. Adotou-se preferencialmente<br />

a letra com que se inicia o nome da forma, mas hä também<br />

combinagöes de mais de uma letra, quando a primeira<br />

estiver esgotada. Assim, a qualificagäo da genese da<br />

forma é colocada no final da assodagäo. O^hsgistro de tipo<br />

de forma de relevo ê colocado no meio e a categoria, lato<br />

sensu, em letra maiüscula, abrindo a associagäo. Isto<br />

permite uma separagäo clarèx do que é registro dlreto,<br />

portantp imutäveVdo que é interpretagäo, portanto sujeitb<br />

a transformagäo. A interpretagäo é considerada como<br />

transitória, näo só dentrb de um contexto cientifico global,<br />

mas especificamente dentro do mapeamento do Projeto

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