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PROJETO RADAMBRASIL

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porém, a random izagäo (casual izagäo) poderia acarretar<br />

concentragöes de amostras em locais de dificil acesso, de<br />

determinado ambiente, passivel de ser amostrado com<br />

facilidade noutras areas.<br />

Diante disso, achou-se conveniente adotar o seguinte<br />

critério:<br />

Em cada folha foi inventariado urn numero de pontos que<br />

variou em f uncäo das possibilidades de acesso. Em virtude<br />

da näo existência de vias terrestres na érea, todos os<br />

pontos foram feitos com auxilio de helicópteros, usandose<br />

o apoio logistico para abertura de clareiras ou utilizando-se<br />

das naturais existentes nos afloramentos rcchosos.<br />

2.4.3 — 'Processo de Medigäo<br />

I) Organizagäo de Equipes e Atividades de Cam po.<br />

As equipes de campo foram organizadas de acordo com as<br />

conveniências de logistica e o meio de acesso. Compöemse<br />

normalmente de um engenheiro florestal, um auxiliar de<br />

Botanica e dois, raramente tres, mateiros (picadeiros)<br />

contratados no local de trabalho.<br />

O engenheiro florestal orienta a locagäo da amostra, dirige<br />

os trabalhos, efetua as medigöes de altura (1) das érvores e<br />

todas as anotacöes necessérias, além de auxiliar na medicäo<br />

das dimensöes da amostra (2) e identificagäo botanica.<br />

Ao auxiliar de Botanica cabem a identificagäo das espécies<br />

pelos caracteres morfológicos e do exsudato, dando-lhes<br />

nomes vulgares; coleta de material botänico de espécies<br />

näo identificóveis no campo (3) e medigäo das CAP das<br />

érvores, além de ajudar na determinacèo da largura exata<br />

da amostra.<br />

Os mateiros efetuam a abertura da picada e ajudam a<br />

esticar a trena na medicäo do comprimento da faixa de<br />

levantamento.<br />

II) Relacèo Usada para Célculo de Volume<br />

O estudo a nivel regional a que se propöe o Projeto<br />

<strong>RADAMBRASIL</strong> condicionou a escolha de formulas simples<br />

e praticas para o célculo dos volumes das florestas.<br />

A formula utilizada foi:<br />

v = ( H' . C2) 0.7<br />

4/7<br />

onde:<br />

V = Volume<br />

H = Altura comercial<br />

(t) Feita com hlpsömetro da HAGA<br />

(2) Feita com fita mètrica graduada em centimetres.<br />

(3) O material é remetldo para o IPEAN-EMBRAPA, onde è anallsado e<br />

determinado o nome cientifico da espécie. Este trabalho è coordenado<br />

pelo Dr. JOAO MURCA PIRES.<br />

262VEGETAQAO<br />

C = Circunferência é altura do peito (CAP) ou logo acima<br />

das sapopemas<br />

0,7 = Fator de forma — conicidade (HEINSDIJK, 1960)<br />

III) Processo de Campo<br />

a) Localizacäo das Amostras — Após a interpretacäo da<br />

imagem de radar säo selecionados os ambientes e nestes<br />

escolhidas as areas de mais fäcil acesso (cortadas por<br />

estradas, rios navegéveis, ou próximas a campo de pouso<br />

que possa servir de sub-base para aviöes e helicópteros).<br />

Muitas vezes, paraatenderaosobjetivos de outras equipes<br />

(Geologia e Pedologia), por facilidade de logistica, muitas<br />

amostras foram locadas junto as clareiras abertas para<br />

aquelas equipes.<br />

Nos offset, onde foram delimitados os ambientes, säo<br />

marcados os pontos a inventariar. Estes pontos säo identificados<br />

no campo, pela observagèo dos acidentes geogréficos,<br />

clareiras naturais e rogados, paralelamente ao<br />

controle da velocidade do transporte, tempo de viagem e<br />

distäncia percorrida.<br />

Näo hé uma preocupagäo em definir um ponto exato para<br />

a amostra. Importa muito mais ter-se a certeza de se estar<br />

amostrando dentro do ambiente desejado.<br />

b) Estabelecimento e Medigäo das Amostras — Uma vez<br />

chegado ao local, inicia-se, a partir de qualquer posigäo<br />

dentro da floresta, a abertura da picada e medigäo dos 500<br />

metros (comprimento da amostra). Ao longo da picada é<br />

efetuada a medigäo das érvores, até 10 metros para cada<br />

lado.<br />

Säo medidas as circunferências a altura do peito (CAP) ou<br />

logo acima das sapopemas e as alturas comerciais (até o<br />

primeiro galho) de todas as érvores de CAP maior ou igual<br />

a um metro, dentro da faixa.<br />

3 — CONCEITUACÄO DOS ECOSSISTEMAS<br />

DA FOLHA NA.21 TUMUCUMAQUE E<br />

PARTE DA FOLHA NB.21<br />

A anélise fitogeogréfica das Folhas NA/NB.20 Boa Vista/<br />

Roraima (Veloso et alii, 1975) e NA/NB.22 Macapé (Leite<br />

et alii, 1974)ofereceu subsidios essenciais para o presente<br />

trabalho, em vista do numero reduzido de estudos efetuados<br />

na area de Tumucumaque.<br />

Na érea pode-se destacar os Sistemas de Savana, Savana-<br />

Estépica, Formagóes Pioneiras, Florestas Densa, Aberta e<br />

Semidecidual, além das Areas de Tensäo Ecológica, guardando<br />

cada urn as suas caracteristicas particulares.<br />

3.1 — Sistema da Savana<br />

A Savana de Tiriós — fisionomias de Parque, arbóreas<br />

aberta e densa — é a que caracteriza a area, embora se<br />

tenha observado, a NW, um prolongamento da Savana da<br />

bacia do alto rio Branco (fisionomias de Parque e Campo).<br />

O relevo apresenta-se ondulado, com freqüentes inselbergs<br />

e rochas graniticas, fornecendo a paisagem regional<br />

urn aspecto caracteristico — planuras intercaladas por

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