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PROJETO RADAMBRASIL

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nas Folhas NA.21-Y-B, NA.21-Y-C e NA.21-Y-D e por<br />

rebordos näo mapeéveis na escala a 1:1.000.000. A sul<br />

estende-se sem solugäo de continuidade para a Folha<br />

SA.21 Santarém.<br />

Trata-se de uma superficie rebaixada por processos erosivos<br />

do tipo pediplanägäo, cortada pelos rios Anauè e seu<br />

afluente rio Novo e pelos rios Jatapu e Mapuera. Os dois<br />

primeiros fazem parte da bacia do rio Branco e os Ultimos<br />

pertencem a bacia Amazönica. A denominacäo de Pediplano<br />

Rio Branco - Rio Negro deve-se ao'fato do mesmo ter<br />

sido identificado inicialmente na ärea de Roraima.<br />

La essa unidade è drenada pelas bacias do rio Branco e do<br />

rio Negro. .Aqui, a deno'minagäo se mantèm por continuidade<br />

geografica. As altitudes nessa ärea estäo entre<br />

100 a 150m, em média.<br />

Esta unidade apresenta duas feicöes perfeitamente distintas<br />

na imagem de radar, a partir do paralelo de 02°00' N.<br />

O trecho acima desse paralelo é cortado pelo rio Tacutu,<br />

que funciona como fronteira entre o Brasil e a Repüblica da<br />

Guiana, e marca o limite norte-nordeste desse pediplano,<br />

em terras brasileiras. O rio Tacutu nasce em areas dos<br />

Planaltos Residuais de Roraima, seguindo inicialmente a<br />

diregäo S - N. Nas imediacöes do paralelo de 03°30'N,<br />

muda bruscamente a direcäo para NE - SW, após sua<br />

confluência com o rio Maü, passando a correr dentro do<br />

Graben do Takutu, penetrando em seguida na Folha NA.20<br />

Boa Vista. Alguns afluentes da margem esquerda do rio<br />

Tacutu, como o rio Tiquirre, apresentam seus cursos<br />

controlados pelo Graben do Takutu, proximo ä confluência<br />

desse rio com o rio Maü. Esse trecho norte da superficie de<br />

aplainamento coincide com os chamados "Campos do Rio<br />

Branco" (Myers 1936) e encontra-se talhado sobre litologias<br />

pré-cambrianas, onde se verifica urn capeamento<br />

sedimentär de espessura variével (Formacäo Boa Vista).<br />

Em certos locais, a cobertura é täo rasa que deixa af lorar o<br />

embasamento. A densidade de drenagem è baixa, o padräo<br />

è dendritico e os rios apresentam talvegues pouco aprofundados,<br />

näo chegando a originär dissecagäo.<br />

O relevo nessa area é formado pelo pediplano conservado<br />

(Espp), que apresenta tesos e lagoas. Essas lagoas tèm<br />

formas arredondadas, quando isoladas e alongadas,<br />

quando incorporadas a drenagem, que apresenta veredas<br />

ao longo de seus cursos (Fig. 10).<br />

Aosul do paralelo de02°30'N, a densidade de drenagem è<br />

maior do que a norte, os talvegues säo mais numerosos e a<br />

area se encontra sob dominio de floresta (Floresta<br />

Aberta). A grande densidade da drenagem de 2." ordern<br />

possibilitou uma dissecagäo mais intensa, embora incipiente,<br />

em praticamente toda a area. Os rios de 3. a ordern<br />

säo: o Jatapu, o Mapuera, o Anaué.<br />

O rio Anaué nasce no bordo norte de serra Acarai ou Acari,<br />

recebendoalgunsafluentes pela margem direita. Contorna<br />

a serra e desce rumo sul atê a confluência com o rio Novo,<br />

mudando a diregäo para sudoeste e indo desaguar no rio<br />

Branco, ja fora dos limites da ärea mapeada.<br />

O rio Jatapu tem sua cabeceira no bordo sul dos Planaltos<br />

Residuais de Roraima, seguindo o rumo NE - SW por entre<br />

relevos residuais e trechos de areas dissecadas, isoladas<br />

dentro do pediplano conservado. Após cryzar essa érea, o<br />

rio muda o rumo para uma diregäo geral N - S, cortando a<br />

Fig. 10 — Lagoas em Processo de Exorrelsmo<br />

porgäo ocidental do Planalto Dissecado Norte da Amazonia,<br />

indo desaguar no rio Uatumä.<br />

Na Folha NA.21-Y-C, o pediplano encontra-se retrabalhado<br />

por morfogênese ümida, que originou densa dissecagäo<br />

onde predominam colinas (c). Vistas de sobrevöo, as<br />

colinas configuram uma linha continua no horizonte.<br />

Nessa folha, o rio Jatapu apresenta trechos de areas muito<br />

planas, constituindo largas faixas de ambas as margens do<br />

rio, geralmente comportando äreas de planicie e terragos<br />

(Aptf). O reconhecimento aêreo sobre essa regiäo, mostrou<br />

que o fenömeno de alagamento è generalizado nesse<br />

tipo de relevo aplainado, ao longo dos rios. No entanto,<br />

mesmo em areas distantes da influência direta do rio, o<br />

encharcamento do terreno è fato comum. A falta de<br />

inclinagäo na superficie impede a ägua de se escoar. O rio<br />

Mapuera, que nasce no Planalto Dissecado Norte da<br />

Amazonia, corre na diregäo geral N - S, cortando longitudinalmente<br />

o pediplano, tornando a seccionar o planalto,<br />

ao quäl se superimpöe, antes de penètrar na Folha SA.21<br />

Santarém. Tambèm ao longo desse rio, säo observadas as<br />

mesmas äreas aplainadas (Aptf) ja descritas.<br />

4.8 — Depressäo Periférica do Norte do Pare<br />

Identificada em mapeamentos anteriores por Barbosa,<br />

Rennó e Franco (1974) e por Boaventura & Narita (1974),<br />

essa unidade de relevo penetra na Folha NA.21 Tumucumaque<br />

e parte da Folha NB.21, prolongando-se ao sul<br />

pela Folha SA.21 Santarém.<br />

GEOMORFOLOGIA 139

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