PROJETO RADAMBRASIL

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Sobrepostos ä associagäo polimetamórfica do Complexo Guianense, repousam numa inconformidade os Grupos Vila Nova e Cauarane, homólogos e isócronos. O primeiro è constituido de quartzitos, anfibolitos, muscovita xisto, biotita xisto, biotita-granada xisto, silimanita xisto, marmore a rodocrosita, actinolita xisto, actinolita-tremolita xisto, talco xisto, talco-antofilita xisto e itabirito, enquanto que o segundo è composto por muscovita-quartzo xisto, granada-plagiocläsio-muscovita-biotita-quartzo xisto, corindon-andaluzita-biotita xisto, hematita quartzito, granada quartzito, anfibólio xisto, quartzitos e anfibolitos. Esses metassedimentos parecem representor uma seqOència vulcänica-sedimentar eugeossinclinal, submetida ao diastrofismo, que assistiu è evolucäo do Geossinclinio Guiano Eburneano. Os metamorfitos dos Grupos Vila Nova e Cauarane apresentam-se dobrados com direcäo NW-SE e mergulhos variaveis, formando estruturas anticlinais e sinclinais de pequenas amplitudes. O facies metamórfico é xisto verde a anfibolito. Cessada a tectonizacäo, o protocraton Guianês evoluiu para o regime geológico semicratönico, desencadeando o paroxismo vulcänico intermediario a acido do Grupo Uatumä, representado por uma seqOència vulcanogènica, constituida de riodacitos, dacitos, andesitos, riolitos e tufos, vestigios do intenso magmatismo que afetou o Craton Guianês, compondo a Formacäo Iricoumé, e intrusivas subvulcänicas, anorogênicas, tais como o Sienito Erepecuru e Granito Mapuera. Seguiu-se a deposicäo do Grupó Roraima, cobertura de plataforma de facies fluvial, deltaica ou molassa marinha rasa, constituido de arenitos ortoquartziticos, arcósios, siltitos, folhelhos, jaspes, cherts, conglomerados e finas camadas de ignimbritos. Sob condicöes cratönicas, o megabloco Guianês foi sede do Episódio "Parguazense" ou "El Manteco", representado pela série de eventos igneos de intrusöes de sienitos, nefelina-sienitos, granitos rapakivi e sódicos (peralcalinos) — o Sienito Cachorro — pertence a esse episódio. O evento tectonotermal denominado de Episódio "K'Mudku" ou "Nickeriano" inclui, além do metamorfismo dinämico, intrusöes alcalinas feldspatóidicas — Sienito Mutum. O estêgio de reativagäo que afetou o Craton Guianês, produzindo falhamentos em blocos e atividade tectonomagmätica toleitica associada, é urn marcante episódio na cronoestratigrafia ao norte da Sinéclise do Amazonas, tänto assim^que o-D.iabäsio Cassiporè pertence a esse estägio. ~~ Após o estagio de reativacäo, o Craton Guianês foi submetido a um longo periodo de ascensäo epirogênica com o desenvolvimento de extensas e evoluidas superficies de erosäo, formacäo de lateritos e sedimentacäo aluvionar, esses Ultimos assoreando canais e lagos. NOTA: Por conveniència de encarte, as unidades: Formacäo Boa Vista (Qbv), Formacäo Takutu (JKt), Formacäo Apoteri (Ja), Diabäsio Pedra Preta (PCpn), Granodiorito Serra do Mel (TS um) e Formacäo Surumu (PCsm) acham-se descritas no Volume 8 do Projeto RADAMBRÄSIL (1975). 2.1 — Craton Guianês A Folha NA.21 Tumucumaque e parte da Folha NB.21 abrangem a porcäo central situada ao horte do rio Amazonas, dentro dos limites territorials brasileiros do Craton Guianês, entidade geotectönica correspondendo ao que nas referências bibliogräficas recebeu as seguintes denominacöes: Escudo Orenocoano ou das Guianas (Oliveira & Leonardos, 1943);"Bouclier Guianais" (Choubert, 1957); Escudo Guianense (Barbosa & Ramos, 1959); Nücleo Cratönico Guianês (Susczynski, 1970); Craton das Guianas (Neves, 1971) e Escudo de Guayana (Bellizzia, 1972). Isslere/a/// (1974), adotando os parämetros geotectönicos de Salop e Scheinmann (1969) e a terminologia do léxico tectönico de Delany (1972), propuseram uniformizar a descricäo do megabloco cratönico ao norte do rio Amazonas, denominando-o de Craton Guianês (Craton = bloco pré-paleozóico que näo sofreu ulterior dobramento orogenético; Guianês = relativo äs Guianas). O Craton Guianês estä separado do Craton do Guaporé ao sul pela Sinéclise do Amazonas; a oeste, tem limites pelo rio Orenoco ou atê os contrafortes andinos e ao norte e leste pelo Oceano Ätläntico. Essa vasta regiäo compre^ ende diversos territórios, tais como: Colombia, Venezuela, Repüblica da Guiana, Suriname, Guiana Francesa, territórios do Amapä e Roraima e partes dos estados do Amazonas e Parä. O Craton Guianês representa uma parcela muito antiga da crosta terrestre cuja cratonizagäo deve ter sido realizada em torno de 1800 MA. Os dados cronoestratigräficos evidenciam que ele é produto de sucessäo geossinclinal, profundamente erodido e recoberto em toda a orla atläntica por depósitos terciärios e quaternärios, e na parte sul pelos sedimentos marinhos paleozóicos da Sinéclise do Amazonas. Vastas porcöes desse craton säo formadas de terrenos précambrianos, cujos tectonitos estäo orientados segundo as direcöes NW-SE a WNW-ESE. Granitizacäo, vulcanismo, plutonismo e uma extensa cobertura de plataforma — Grupo Roraima e Formagäo Sete Quedas, säo os eventos mais significantes da evolucäo geotectönica desse craton. No que se refere äs porcöes oriental e ocidental do Craton Guianês abrangidas pelo mapeamento de reconhecimento das Folhas NA/NB.22 Macapä e NA/NB.20* Boa Vista/ Roraima, foram identificados nücleos de rochas muito antigas, com idades superiores a 2600 MA, correspondendo ao Ciclo Orogênico Guriense, idades estas determinadas nos metamorfitos mesozonais e catazonais do Complexo Guianense. i Na Folha NA.21 Tumucumaque e parte da Folha NB.21, onde äreas restritas foram identificadas como nücleos de rochas antigas, acreditamos, todavia, numa distribuicäo maior e julgamos serem as mesmas remanescentes do Geossinclineo Transguiano-Amazoniano, pré-Transamazönico, profundamente erodido e arrasado, cujos limites, dificeis de precisar, abrangiam muito provavelmente megaporcöes das Guianas e Amazönia. Por ocasiäo do desenvolvimento e da evolucäo do Geossinclineo Guiano-Ebumeano — Choubert (1969), muitas das associacöes petrotectönicas do substrato anterior — Obs.: * Parte da Folha GEOLOGIA31
CO IM O m O i - O > ERA C E N 0 Z «5 I C A . M E S 0 z o c A P R O T E R 0 z ó c A' PERIODO QUATERNARIO PERMO-TRIASSICO PRÉ-CAMBRIANO SUPERIOR § o z < cc o 5 < PRÉ-CAMBRIANO MEDIO A INFERIOR C R O N O L O G I A IDADE ABSOLUTA UNIDADE LITOES- 160-250 > 1030 1500 1607 ± 70 DISCORDANCIA • DISCOROANCIA • DISCOROANCIA TRATIGRAFICA Diabasic Casslporé Sienlto Mutum Slenlto Cachorro 1805 I Grupo Roralma 1806 ± 69 DISCORDANCIA Granlto Mapuera GRUPO Slenlto. Erepecuru UATUMÄ 1836 35 FormacSo Iricoumé DISCORDANCIA ANGULAR ' 1800-2200 Grupo Vila Nova e Grupo Cauarane DISCORDANCIA ANGULAR 1800 a > 2600 Complexo Gulanense Fig. 2 — Coluna Estratigrafica da Folha NA.21 Tumucumaque e Parte da Folha NB.21 SIMBOLO Oa PTRc X mt X ch X P 6 ' y m X e p€ic p6vn - p6ca p6gu LITOESTRATIGRAFIA LITOLOGIA Sedimenlos arenosos, siltosos e argilosos; ambiente fluvial. Diques e Stocks de diabasio e gabro; basalto associado. Nefelina sienito ' Quartzo-sienito. Facies sódico do Granlto Mapuera: granltos peralcallnos; jazlmentos subvulcänicos. Arenltos ortoquartzltlcos e conglomerados com selxos de quartzo e de vulc&nlcas. Intercalates de folhelhos, slltltos e pirocléstlcas. Homfeli no contato, com 03 «Uli de dlabéslo. Biotita granitp com varledades pörflro e micro. Batólltos, stocks e estruturas circulares. Hastingsita Sienlto. Ignimbritos, tufos de cristal riodacltlcos, tufos, rlolitos, rlodacltos, andesitos, dacltos. Grupo Vila Nova (p6vn) — actinolita-tremolita xlstos, serpentinlto, talco xlstos, quartzltos, itabirltos e lentes de ferro, mangano xistos, gonditos e lentes de manganês, muscovita-biotita xisto, quartzlto e antibolitos; metabasitos, vnfl; facies xisto verde a anfibolito; Grupo Cauarane (p6ca) — muscovlta-quartzo xlsto, granadaplagiocläsio-muscovita-biotita-quartzo xisto, corindon-andaluzita-biotita xisto, hematita quartzito, granada quartzito, anfibólio xlstos, quartzltos e antibolitos; facies xisto verde a anfibolito. Granltos a quartzo dloritos porfiröides (anatexla, metassömatismo e mobllizacäo) Migmatitos estruturas: bandeada, oltalmica, boudlnage ptigmética, agmética, dobra- da e nebulltica. Paleossoma constitufdo de anfibolitos e gnaisses. Anfibolltos. Gnaisses: biotita-plagioclésio gnalsse, hornblenda-biotita-plaglocléslo gnaisse,: hornblenda-plagioclésio gnalsse, silimanita gnaisse e kinziglto; Gnalsse Tumucumaque (gut) — biotita gnaisse, hornblenda-biotita-plagioclésio gnaisse, quartzitos, anfibolitos, encraves de xistos; Granodiorito Rio Novo (gun) — granltos, ada- melitos, granodioritos, anatéticos e metassométicos, slntectonlcos.
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EST. IX Anfibólio-Biotita Granodlo
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Geomorfologia
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Esse relatório e o mapeamento geom
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1. INTRODUgÄO O mapeamento geomorf
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climäticas secas deixaram registro
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Fig. 3 — Unldades Morfoestrutural
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nas Folhas NA.21-Y-B, NA.21-Y-C e N
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Densa. Na parte oriental da area, e
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se encontram posicionados em meio
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egiöes florestais em extensäo mui
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A area do presente trabalho estä s
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Segundo Oliveira er alii (1975), a
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Com base nas descricöes dos perfis
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Sè o horizonte eluvial possuir con
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Material orlginério — Provenient
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O horizonte B, com espessura varié
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la; fraca pequena granular e blocos
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4.2.9 — Areias Quartzosas Hidrom
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PERFIL N.° 3 (Vol. 8 - Roraima) Ho
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Lv 22 — LATOSSOLO VERMELHO AMAREL
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Estas estradas permitem o acesso e
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Kr PH % C/N COMPLEXO SORT IVO mE/10
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PH % COMPLEXO SORT IVO mE/lOOg Kl K
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FOLHA SOLO PVA arg. NA.21-Y-B LVAd.
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TJ m o O r~ O O > ro ro ui FOLHA SO
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TABELA IV — ConctusSo UNIDADE DE
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.1) Forte ondulado — com cobertur
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dissecado, envolve tambèm relevos
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margem do rio Amazonas que fica a c
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I — MADEIRAS PARA EXPORTAgÄO ACA
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emergentes e volume regular de made
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57-00' 2*00' NA.21-Z-B Legenda SAVA
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SSV )ir rw SSW NA.21-X-D Legenda FL
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A érea possui um relëvo caracteri
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EST. IV 1 — Vista aërea da Savan
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Composto e impresso na Companhia Br
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