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PROJETO RADAMBRASIL

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Flg. 5 — Pertll D — D 1<br />

cristas (ck). Localmente o rio Paru de Este formou äreas de<br />

deposigäoaluvial, resultandoem planicie inundavel.(Apfi).<br />

Na Folha NA.21-Z.B, a sul do rio Jari, o relevo se apresenta<br />

mais dissecado. A drenagem è mais aprofundada, as<br />

vertentes mais ingremes, dando origem a cristas com<br />

ravinas (kr). Nessa ärea, o planalto se acha contornado por<br />

uma superficie rebaixada, muito dissecada, que o separa<br />

da serra de Tumucumaque (Fig. 5).<br />

Na Folha NA.21-X.D, a serra de Tumucumaque apresentase<br />

bastante desgastada pela erosäo. A dissecacäo fluvial<br />

originou äreas de colinas (c), que äs vezes apresentam os<br />

flancos ravinados e a drenagem mais aprofundada (crv), ou<br />

se encontram associadas a cristas (ck). Em diregäo a<br />

oeste, nota-se um desnivel topogräfico, onde se observam<br />

colinas mais rebaixadas, constituindo um väo deprimido<br />

que se abre para sul. Continuando para oeste, voltam as<br />

äreas mais elevadas com colinas associadas a cristas<br />

ravinadas (ckr), que penetram na Folha NA.21-X-C, mantendo<br />

a denominacäo de serra de Tumucumaque. Nessa<br />

folha, o contato entre essa unidadé e a Depressäo Interplanéltica<br />

do Sul das Guianas è feito por uma ruptura de<br />

declive evidente, mas que näo chega a formar rebordos<br />

mapeäveis na escala a 1:1.000.000. O rio Paru de Oeste ou<br />

Cuminä tern sua nascente nessa ärea. Em seu alto curso,<br />

esse rio apresenta äreas de deposigäo aluvial do tipo<br />

planicie inundavel (Apfi). '•'• ^<br />

4.4 Planalto Dissecado Norte da Amazönia<br />

Situada na parte meridional da ärea mapeada, essa unidade<br />

acha-se interpenetrada a oeste pelo Pediplano Rio<br />

Branco - Rio Negro e a sudeste pela Depressäo Perifêrica<br />

do Norte do Parä. Seu contato com a Depressäo Interplanältica<br />

do Sul das Guianas, em alguns trechos ocorre<br />

de forma gradual. Em outros, como na Folha NA.21-Z-C, ê<br />

marcado por desnivel bem observado na i magern de radar e<br />

comprovado em sobrevöo, mas que näo chega a formar<br />

escarpamento mapeävel. A sul, essa unidade penetra ha<br />

Folha SA.21 Santarèm e a oeste prolonga-se pelas Folhas<br />

NA.20 Boa Vista e SA.20 Manaus, apresentando caräter<br />

descontinuo.<br />

Seu posicionamento e seu caräter de relevo topograficamente<br />

elevado, bastante dissecado, justificam sua<br />

denominacäo. As altitudes dessa unidade estäo estimadas.<br />

entre 400 a 600 m.<br />

3-Planaltos Residuais do Amapé 6-Depressäo Interplanéltica do Sul das Guianas<br />

Os processos erosivos que atuaram sobre esse planalto<br />

originaram uma dissecacäo generalizada, que resultou em<br />

interflüvios tabulares (it), cristas com vertentes ravinadas<br />

(kr) e colinas (c), talhados sobrè o Granito Mapuera e/ou<br />

Granodiorito Rio Novo. Entre o rio Paru de Oeste e o<br />

igarapé Urucuriana o planalto acha-se interpenetrado por<br />

superficie mais baixa que constitui o aplainamento conservado<br />

(Espp), talhado predominantemente em rochas<br />

vulcänicas do Grupo Uatumä.<br />

Os relevos de topo aplainado (Estb — superficie tabular<br />

erosiva e it — interflüvios tabulares) que geralmente<br />

configuram blocos macicos e a superimposigäo da drenagem<br />

verificada na parte sul da ärea, caracterizam essa<br />

unidade. Esses relevos de topo aplainado säo meihor<br />

identificados na porgäo nordeste da Folha NA.21-Y-C e na<br />

parte sudoeste da Folha NA.21-Z-D. Os rios mais importantes,<br />

como o rio Paru de Este, rio Paru de Oeste ou<br />

Cuminä, rio Trom betas e o rio Mapuera cortam estruturas<br />

elevadas, elaborando gargantas de superimposigäo<br />

(Fig. 6).<br />

Na Folha NA.21-Z-D, esse conjunto de relevo se configura<br />

como urn bloco compacto dissecado em interflüvios tabulares<br />

(it). Observam-se vales de fundq chato, como o do<br />

rio Curuapanema e alguns de seus tributérios. O rio Paru<br />

de Este secciona transversalmente o bordo norte desse<br />

conjunto, formando uma garganta de superimposigäo, do<br />

tipo water-gap e descrevendo meandros mal calibrados ao<br />

longo de seu curso. Em diregäo noroeste, rumo ao rio Paru<br />

de Oeste ou Cuminä, o relevo se desmonta gradativamente<br />

com rebaixamento erosivo do topo, dando origem a um<br />

relevo colinoso com pontöes emergentes (cp).<br />

A noroeste da Folha NA.21-Z-C observa-se urn trecho em<br />

'que a superficie de aplainamento isolou inümeros residuais<br />

do tipo inselberg (Egi), com topos nivelados e<br />

cobertura vegetal de Savana. Talhados sobre rochas vulcänicas<br />

äcidas a intermediärias, mostram eventualmente<br />

afloramentos rochosos. Esses relevos residuais apresentam<br />

formas varfadas. Alguns têm topo piano originando<br />

mesas limitadas por rebordos erosivos, outros se dispöem<br />

em anfiteatro ou configuram cristas alongadas com encostas<br />

ravinadas, onde se instalou uma vegetagäo arbustiva.<br />

Por vezes observam-se sinais de vogorocamento nas<br />

encostas.<br />

Esse grupamento de inselbergs é contornado a oeste pelo<br />

rio Paru de Oeste ou Cuminä, que segue a diregäo NE - SW,<br />

GEOMORFOLOGIA135

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