13.07.2013 Views

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória Irmandade e Hospício (1530 ...

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória Irmandade e Hospício (1530 ...

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória Irmandade e Hospício (1530 ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

108<br />

Tomando como referência os números apresentados pela resposta do pároco no ano <strong>de</strong><br />

1758, verificamos após comparação com <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> outras fontes que a discrepância não é muito<br />

significativa. Algumas conclusões po<strong>de</strong>m ain<strong>da</strong> ser tira<strong>da</strong>s se aten<strong>de</strong>rmos ao facto <strong>de</strong> que a<br />

recolha <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos compreen<strong>de</strong> o período <strong>de</strong> 1756 a 1758.<br />

Em relação aos fogos, para o período anterior ao terramoto, dos 2308 apresentados pelo<br />

pároco, o mapa que antece<strong>de</strong> as memórias paroquiais aponta 2333 e o mapa códice nº 1229<br />

(também <strong>de</strong> 1758) 2325. A diferença <strong>de</strong> valores, po<strong>de</strong> ser explica<strong>da</strong> pela própria resposta do<br />

pároco ao não contabilizar a totali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> população <strong>da</strong> freguesia, excluindo os “hereges”. Para<br />

<strong>de</strong>pois do terramoto, a resposta do pároco não indica nenhum fogo intacto, contrariando a<br />

informação do códice, on<strong>de</strong> aparecem 575 fogos, presumimos que, pelo menos habitáveis.<br />

Sabemos que esta última referência será talvez a mais fi<strong>de</strong>digna, pois <strong>da</strong> consulta às<br />

Décimas <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, que se iniciaram no ano <strong>de</strong> 1762, ao verificamos o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>struição <strong>da</strong><br />

freguesia, arruamentos e imóveis, (para a cobrança do imposto são <strong>de</strong>scritos os prédios, com<br />

todos os seus an<strong>da</strong>res e assoalha<strong>da</strong>s, as barracas que se foram construindo como habitação<br />

provisória) constatamos que não foi total, que nos permite concluir que alguma coisa ficou <strong>de</strong><br />

pé.<br />

228<br />

Em relação às almas, a mobili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> população entre freguesias e a falta <strong>de</strong> rigor do<br />

pároco po<strong>de</strong>m explicar as diferenças. Para <strong>de</strong>pois do terramoto este contabiliza somente 1534<br />

paroquianos contra os 1525 do códice, correspon<strong>de</strong>ndo a uma per<strong>da</strong> <strong>de</strong> população na or<strong>de</strong>m dos<br />

oitenta e quatro e meio por cento, sobrevivendo quinze e meio por cento que se encontravam<br />

dispersos por to<strong>da</strong> a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> e arredores, po<strong>de</strong>ndo no entanto ser contabilizados porque se<br />

encontravam registados na respectiva freguesia. O Padre Luís Monteiro, <strong>de</strong>salentado com grau<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>vastação <strong>da</strong> sua paróquia, “…incitando mais a pena para sentir, que para <strong>de</strong>screver.”<br />

que, era uma <strong>da</strong>s mais populosas <strong>da</strong> Baixa, “Esta he a parochia <strong>de</strong> São Nicolao <strong>de</strong>sta ci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Lisboa, <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong> por alguns a do coração <strong>da</strong> mesma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> por cauza do sittio. Em que se<br />

230<br />

achava no plano <strong>da</strong> mesma entre as praças do Terreiro do Paço (sic), e o Rucio.” tal com0<br />

228 São <strong>de</strong>scritas as principais artérias <strong>da</strong> freguesia como as ruas Nova do Alma<strong>da</strong>, <strong>da</strong> Bela Rainha, dos Ourives do Ouro, do<br />

Crucifixo, entre outras, <strong>de</strong>stacando-se nelas os imóveis do Duque <strong>de</strong> Ca<strong>da</strong>val, <strong>de</strong>screvendo também as barracas e seus proprietários.<br />

229 Cf. Fernando PORTUGAL Op. Cit., p. 209.<br />

230 I<strong>de</strong>m, Ibi<strong>de</strong>m.<br />

229

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!