13.07.2013 Views

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória Irmandade e Hospício (1530 ...

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória Irmandade e Hospício (1530 ...

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória Irmandade e Hospício (1530 ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

50<br />

91<br />

Ao serem abrangidos na nova planta <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong> , <strong>Igreja</strong> e <strong>Hospício</strong> vão ser reconstruídos<br />

mais a sul <strong>da</strong> sua localização primitiva, tendo o conjunto três frentes: rua do Crucifixo, cujos<br />

terrenos seriam doados por Isidoro <strong>de</strong> Mello, para a construção do <strong>Hospício</strong>; travessa <strong>da</strong> <strong>Vitória</strong>,<br />

com a entra<strong>da</strong> principal <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> e rua do Ouro, com casas <strong>de</strong> aluguer e lojas, em terreno<br />

pertencente à Irman<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme escritura <strong>de</strong> 6 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1768, realiza<strong>da</strong> no tabelião<br />

Agostinho <strong>de</strong> Sousa Pereira.<br />

92<br />

Lutando com imensas dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s económicas em 1784, o Provedor e Irmãos <strong>da</strong> Mesa,<br />

93<br />

solicitam à Rainha [D. Maria I] que confirme, como Juíza Perpétua , o pagamento <strong>da</strong>s 4 arrobas<br />

<strong>de</strong> cera que D. Afonso VI oferecera, anualmente, em seu nome e <strong>de</strong> seus sucessores, e que, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

1771, não era atribuí<strong>da</strong> (o anterior Alvará tinha <strong>de</strong>saparecido no incêndio <strong>da</strong> secretaria <strong>da</strong><br />

irman<strong>da</strong><strong>de</strong>). Pe<strong>de</strong>m, assim, à Rainha que renove esta doação, incluindo o pagamento dos anos<br />

em que os seus antecessores não o tinham feito. A soberana, <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> consultar o Conselho <strong>da</strong><br />

Fazen<strong>da</strong> e o seu Provedor, autoriza o dito pagamento, até or<strong>de</strong>m em contrário.<br />

Contraíram-se vários empréstimos, mas as obras <strong>de</strong> reconstrução foram muito lentas.<br />

Inicia<strong>da</strong>s em 1765, só são <strong>de</strong>finitivamente ajusta<strong>da</strong>s com o mestre-<strong>de</strong>-obras, em 1777, e<br />

termina<strong>da</strong>s em 1824. Assim, construiu-se um edifício provisório que ia sendo completado,<br />

conforme as disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s económicas <strong>da</strong> Irman<strong>da</strong><strong>de</strong>.<br />

Embora não tenhamos encontrado, no Arquivo <strong>da</strong> Irman<strong>da</strong><strong>de</strong>, documento algum que<br />

confirmasse a existência <strong>de</strong> uma <strong>Igreja</strong> provisória, no entanto, algumas evidências, aju<strong>da</strong>m a<br />

suportar esta hipótese. A Imagem <strong>da</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>da</strong> <strong>Vitória</strong> <strong>de</strong>ixa a <strong>Igreja</strong> <strong>de</strong> S. Roque para um altar<br />

construído, <strong>de</strong> propósito, na provisória <strong>Igreja</strong> <strong>da</strong> <strong>Vitória</strong> em 1769.<br />

91<br />

Em o Mappa <strong>de</strong> Portugal Antigo e Mo<strong>de</strong>rno tomo 3, Lisboa, Typographia do Panorama, 1852, 3ª edição revista e acrescenta<strong>da</strong>.<br />

Bautista <strong>de</strong> CASTRO diz que “…também pa<strong>de</strong>ceu bastante ruína com o terramoto, e o fogo, e <strong>de</strong>pois foi totalmente extinta do plano<br />

<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>.” Para este autor cuja segun<strong>da</strong> edição do Mappa… é <strong>de</strong> 1762-63 (não encontramos vestígios <strong>da</strong> 1ª edição) a referência que<br />

faz à extinção <strong>da</strong> <strong>Igreja</strong> com o novo plano <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, justifica-se pela morosi<strong>da</strong><strong>de</strong> que levou a ser reedifica<strong>da</strong>, no entanto aquando <strong>da</strong><br />

3ª edição revista e actualiza<strong>da</strong> com <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 1870, a ermi<strong>da</strong> termina<strong>da</strong>, em 1824, <strong>de</strong>veria ter sido referencia<strong>da</strong>.<br />

92 Cf. Origens e fun<strong>da</strong>ção do Hospital <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>da</strong> <strong>Vitória</strong>, Lisboa, Tipografia Universal, 1861, “…arruina<strong>da</strong> a primitiva<br />

igreja e agregados à casa do Espírito Santo, veio esta confraria a edificar uma nova ermi<strong>da</strong> no mesmo terreno <strong>da</strong> casa do Espirito<br />

Santo aon<strong>de</strong> hoje está a mo<strong>de</strong>rna <strong>Igreja</strong> <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong> <strong>Senhora</strong> <strong>da</strong> Victoria; edifica<strong>da</strong> em um prédio <strong>de</strong> três frentes: A <strong>da</strong> rua do<br />

Crucifixo, cujo terreno foi <strong>da</strong>do pelo proprietário <strong>de</strong>lle, João Pedro Isidoro <strong>de</strong> Mello, para ali se edificar o novo hospital <strong>de</strong> <strong>Nossa</strong><br />

<strong>Senhora</strong> <strong>da</strong> Victoria, com tribuna para a egreja; na travessa <strong>da</strong> Victoria, a frente <strong>da</strong> egreja; e para a rua do Oiro, parte <strong>da</strong> egreja e<br />

casas para inquelinos com nove janellas <strong>de</strong> frente: nesta frente nas sobre-lojas, ain<strong>da</strong> se percebem as letras N. S. <strong>da</strong> Victoria,<br />

aon<strong>de</strong> primeiramente estavam as azyla<strong>da</strong>s.Por muitos annos se conservou em obras esta ermi<strong>da</strong>; até que pelos annos <strong>de</strong> 1824 se<br />

concluiu a egreja com aquella <strong>de</strong>cência, quanto permittia o pequeno espaço.” p.7.<br />

93<br />

Cf. Apêndice Documental, Doc. 8, Alvará <strong>de</strong> D. Maria I, 1784, p.252.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!