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Baixe o PDF do Livro! - Mensagens com Amor

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—Onde está o ora<strong>do</strong>r<br />

—Esperam o ora<strong>do</strong>r.<br />

—Que ora<strong>do</strong>r que meeting Ouça cala<strong>do</strong>. O senhor parece ter o mau<br />

costume de vir apanhar as palavras dentro da boca <strong>do</strong>s outros. Sossegue e escute.<br />

—Sou to<strong>do</strong> ouvi<strong>do</strong>s.<br />

—Este é o célebre encilhamento.<br />

—Ah!<br />

—Vê Há mais tempo teria ti<strong>do</strong> o gosto dessa admiração, se me ouvisse<br />

cala<strong>do</strong>. Este é o encilhamento.<br />

—Não sabia que era assim.<br />

— Assim <strong>com</strong>o<br />

—Na rua. Cuidei que era uma vasta sala ou um terreno fecha<strong>do</strong>, particular ou<br />

público, não este pedaço de rua estreita e aborrecida. E olhe que nem há meio de<br />

passar; eu quis romper, pedi licença... Entretanto, creio que temos a liberdade de<br />

circulação.<br />

— Não.<br />

— Como não<br />

— Leia a Constituição, meu senhor, leia a Constituição. O art. 70 é o que<br />

<strong>com</strong>pendia os direitos <strong>do</strong>s nacionais e estrangeiros; são trinta e um parágrafos:<br />

nenhum deles assegura o direito de circulação... O direito de reunião, porcm7 é<br />

positivo. Está no § 8.°: "A to<strong>do</strong>s é lícito reunirem-se livremente e sem armas, não<br />

poden<strong>do</strong> intervir a polícia, senão para manter a ordem pública". Estes homens que<br />

aqui estão trazem armas<br />

— Não as vejo.<br />

— Estão desarma<strong>do</strong>s. não perturbam a ordem pública, exercem um direito, e,<br />

enquanto não infringirem as duas cláusulas constitucionais só a violência os poderá<br />

tirar daqui. Houve já uma tentativa disso. Eu, se fosse <strong>com</strong>igo, recorria aos tribunais,<br />

onde há justiça. Se eles ma negassem, pedia o júri, onde ela é indefectível, <strong>com</strong>o na<br />

velha Inglaterra. Note que a violência da polícia já deu algum lucro. Como as<br />

moléculas <strong>do</strong> encilhamento, por uma lei natural, tendiam a unir-se logo depois de<br />

dispersa<strong>do</strong>s, a polícia, para impedir a re<strong>com</strong>posição fazia disparar de quan<strong>do</strong> em<br />

quan<strong>do</strong> duas praças de cavalaria. Mal sabiam elas que eram simples animais de<br />

corrida. As pessoas que as viam correr, apostavam sobre qual chegaria primeiro a<br />

certo ponto. — É da esquerda. — É a da direita. — Quinhentos mil-réis. — Aceito. —<br />

Pronto.<br />

— Chegou a da esquerda: dê cá o dinheiro.<br />

— De maneira que a própria autoridade...<br />

— Exatamente. Ah! meu caro, dinheiro é mais forte que amor. Veja o negócio<br />

<strong>do</strong> chocolate. Chocolate parece que não convida a falsificação: tem menos uso que<br />

o café. Pois o chocolate é hoje tão duvi<strong>do</strong>so <strong>com</strong>o O café. Entretanto, ninguém dirá<br />

que os falsifica<strong>do</strong>res sejam homens desonestos nem inimigos públicos. O que os<br />

leva a Falsificar a bebida não é o ódio ao homem. Como odiar o homem, se no<br />

homem está o freguês É o amor da pecúnia.<br />

— Pecúnia chocolate<br />

— Sim, senhor. um negócio que se descobriu há dias. O senhor, ao que<br />

parece, não sabe o que se passa em torno de nós. Aposto que não teve notícia da<br />

revolução de Niterói<br />

— Tive.<br />

— Eu tive mais que notícia, tive saudades. Quan<strong>do</strong> me falaram em revolução<br />

de Niterói, lembrei-me <strong>do</strong>s tempos da minha mocidade, quan<strong>do</strong> Niterói era Praia<br />

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