Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde
Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde
Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental <strong>de</strong>stinadas a alunos hiperactivos (percepção dos professores do<br />
EBI).<br />
hiperactivas manifestou condutas hiperactivas durante a sua infância; há mais coincidência<br />
relativamente aos distúrbios <strong>de</strong> conduta e á hiperactivida<strong>de</strong> entre irmãos <strong>de</strong> ambos os pais do<br />
que entre os que são filhos <strong>de</strong> apenas um dos pais; comparativamente com os meninos<br />
normais, os rapazes hiperactivos costumam ter irmãos do mesmo sexo que também mostram<br />
sinais <strong>de</strong> hiperactivida<strong>de</strong>. Deste modo, os autores referidos consi<strong>de</strong>ram que, <strong>de</strong> forma<br />
alargada, a predisposição genética é geralmente aceite como uma das causas para a DDAH.<br />
De acordo com Brandau e Pretis (2004) são também consi<strong>de</strong>rados responsáveis por mudanças<br />
estruturais e funcionais dos neurotransmissores do cérebro os factores pré-natais. Assim,<br />
po<strong>de</strong>mos apontar como exemplos que ilustram estes factores o consumo <strong>de</strong> drogas e <strong>de</strong> álcool<br />
durante a gravi<strong>de</strong>z, o stresse psicológico da mãe grávida ou <strong>de</strong>terminadas complicações intrauterinas.<br />
Os factores péri-natais, tais como traumatismos crânio-encefálicos e anóxia <strong>de</strong>vem<br />
também ser levados em muita consi<strong>de</strong>ração. Nesta sequência, segundo os mesmos autores,<br />
existem muitos estudos que sugerem que os cérebros <strong>de</strong> crianças com DDAH funcionam <strong>de</strong><br />
uma forma ‘diferente’, o que, acreditamos, não <strong>de</strong>verá ser confundido com ‘<strong>de</strong>ficiente’.<br />
Brandau e Pretis (2004) referem estudos <strong>de</strong>senvolvidos por Faraone & Bierman (1998) que<br />
indicam disfunções no lobo frontal, que controla a atenção e o comportamento motor.<br />
Também Das e Papadopoulos (2003) referem que Barkley no livro ADHD and the nature of<br />
Self-control (1997) aponta que algumas disfunções no lobo frontal po<strong>de</strong>m afectar seriamente<br />
as quatro funções seguintes: (a) memória; (b) auto-controlo dos afectos e das motivações; (c)<br />
discurso e (d) análise e síntese do comportamento. Assim, este autor consi<strong>de</strong>ra que a<br />
memória, o discurso, a análise e a síntese do comportamento e, finalmente, o auto-controlo<br />
dos afectos e das motivações são aspectos que estão sub<strong>de</strong>senvolvidos e diminuídos nas<br />
crianças com DDAH.<br />
25/78