17.06.2015 Views

Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental <strong>de</strong>stinadas a alunos hiperactivos (percepção dos professores do<br />

EBI).<br />

e <strong>de</strong> estômago, insónia ocasional e a diminuição do ritmo <strong>de</strong> crescimento. Contudo, não existe<br />

ainda suporte <strong>de</strong> investigação suficiente, uma vez que os resultados <strong>de</strong>stas tomas a longo<br />

prazo não são ainda conhecidos.<br />

Garcia (2001,p.63) consi<strong>de</strong>ra que o tratamento com estimulantes não está aconselhado na<br />

adolescência, <strong>de</strong>vido a possíveis riscos <strong>de</strong> habituação. O período crítico mais a<strong>de</strong>quado para a<br />

administração situa-se entre os 6 e os 12 anos. Em ida<strong>de</strong>s inferiores, os resultados não são tão<br />

claros, pela própria composição dos fármacos e porque, inclusivamente, o diagnostico <strong>de</strong><br />

hiperactivida<strong>de</strong> é menos preciso. Os efeitos secundários que po<strong>de</strong>m verificar são os seguintes:<br />

insónia, dor <strong>de</strong> cabeça, disforia, embora o mais preocupante seja a perda <strong>de</strong> apetite, porque<br />

po<strong>de</strong> originar a diminuição do peso.<br />

Garcia (2001) afirma também que o tratamento com fármacos po<strong>de</strong> trazer consequências<br />

psicológicas não específicas. O tratamento po<strong>de</strong> justificar e dar lugar a sobreprotecção e uma<br />

i<strong>de</strong>ia <strong>de</strong> a família atribuir a responsabilida<strong>de</strong> da melhoria comportamental e da evolução<br />

positiva da criança exclusivamente aos fármacos, evitando, qualquer controlo ou mudança no<br />

ambiente familiar e social. Também po<strong>de</strong>m surgir efeitos negativos nos professores, po<strong>de</strong>m<br />

muito bem sentirem-se incomodados pelo facto <strong>de</strong> terem na sua sala um aluno que toma<br />

medicação, em alguns casos até po<strong>de</strong>m evitar as suas responsabilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> aten<strong>de</strong>rem a<br />

evolução académica do aluno, justificando qualquer atraso escolar com efeitos do tratamento<br />

farmacológico que eles não controlam nem <strong>de</strong>ci<strong>de</strong>m. Também são mencionados os possíveis<br />

efeitos negativos sobre a auto-estima e a competência da própria criança. Aquelas que tomam<br />

fármacos po<strong>de</strong>m sentir-se diferentes das <strong>de</strong>mais e consi<strong>de</strong>rar que os seus êxitos na escola se<br />

<strong>de</strong>vem a acção dos fármacos, mais do que o seu próprio esforço e a sua capacida<strong>de</strong>.<br />

Segundo Parker (2003) ainda são administrados no tratamento da DDAH os anti<strong>de</strong>pressivos<br />

tricíclicos como a imipramina (Tofranil) e a disipramina (Norpramin). A maior parte da<br />

literatura sugere que, no geral, os psicoestimulantes são superiores aos tricíclicos no<br />

tratamento dos sintomas da DDAH.<br />

36/78

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!