Neusa Andrade.pdf - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde
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Estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental <strong>de</strong>stinadas a alunos hiperactivos (percepção dos professores do<br />
EBI).<br />
trabalhar, recebemos apenas conteúdos». Outros afirmaram ser importante a orientação <strong>de</strong><br />
um especialista na área, ter um acompanhamento personalizado e utilização <strong>de</strong> meios<br />
educativos especializados. Vejamos as palavras <strong>de</strong> uma professora: “quando planifico a aula<br />
penso sempre nesses alunos, porque são alunos que não concentram na aula, e pergunto será<br />
que essa é a forma a<strong>de</strong>quada para trabalhar com esses alunos”.<br />
De acordo com a fundamentação teórica Sosin (2006) consi<strong>de</strong>ra que o professor é<br />
principalmente um observador, um dinamizador e um comunicador. O conhecimento<br />
especializado e a responsabilida<strong>de</strong> do professor limitam se a área <strong>de</strong> concepção <strong>de</strong> um<br />
plano educativo vocacionado para as necessida<strong>de</strong>s da criança.<br />
Muitas vezes é o professor quem tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> implementar aspectos <strong>de</strong><br />
um programa <strong>de</strong> intervenção como por exemplo introduzir as modificações<br />
necessárias na sala <strong>de</strong> aulas, e fazer comentários necessários relativamente aos<br />
resultados da implementação <strong>de</strong>sse programa (i<strong>de</strong>m).<br />
3.3 Categoria 2 – “eficácia das estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental”<br />
As estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental são eficazes para lidar não só com<br />
alunos DDAH na sala <strong>de</strong> aulas, mas também são efectivamente benéficas para os<br />
outros alunos. Os relatos dos professores mostraram que reconhecem a eficácia das<br />
estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental mesmo sem terem um conhecimento<br />
aprofundado na matéria. Alguns dizem utilizar estratégias que <strong>de</strong>ram algum resultado.<br />
Alguns exemplos: «tive um aluno que achava que era Jorge Neto e todos os dias antes<br />
<strong>de</strong> iniciarmos a aula, ele pedia para dançar livity, e quando não o <strong>de</strong>ixava dançar, ele<br />
perturbava a aula e não <strong>de</strong>ixava os alunos concentrarem na sala. Acabei por adoptar<br />
uma estratégia que era levar o rádio para a escola e todos os dias antes da aula<br />
começar ele dançava e dai a aula <strong>de</strong>corria normalmente». Outra professora afirma<br />
usar uma estratégia que surtiu efeito num aluno que era muito irrequieto e traquina<br />
«converso muito com o aluno, negocio com ele, pego naquilo que ele gosta e tiro-lhe<br />
mostrando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comportar bem, dai quando isto acontecia dava-lhe uma<br />
recompensa». Mas quanto as estratégias <strong>de</strong> modificação comportamental <strong>de</strong> modo<br />
especifico, não costumam utilizar.<br />
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