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Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

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BIOMA MATA ATLÂNTICANota-se uma gran<strong>de</strong> sobreposição na distribuição <strong>da</strong>s áreas com alta <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong>d e (Figura 24) e as áreascom alta porcentagem <strong>de</strong> cobertura florest al (Figura 23). Tal padrão ocorre <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à maior facili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>uso e ocupação antrópica nas áreas <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, especialmente pela agropecuária. Um efeitodireto <strong>de</strong>sse comportamento é a disposição <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação nas áreas <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,já que nessas áreas há menor pressão <strong>de</strong> ocupação seguin<strong>do</strong> o padrão oportunistico muito comum<strong>de</strong> alocação espacial <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservação em regiões <strong>de</strong>nsamente povoa<strong>da</strong>s como o Su<strong>de</strong>stenas terras que ningúem quer. Por outro la<strong>do</strong>, a seqüência <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong>clivosas <strong>do</strong> litoral e adjacenteao litoral nessa região <strong>do</strong> Brasil, garantiu a preservação <strong>da</strong> maior extensão <strong>de</strong> florestas atlânticasremanescentes, situa<strong>da</strong>s principalmente nos esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> São Paulo, Paraná e Santa Catarina.Outro fator que aumenta o custo <strong>de</strong> proteção <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> é a presença <strong>do</strong>s centros urbanos.A Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> concentra vários <strong>do</strong>s maiores centros urbanos brasileiros, e isso temenormes implicações nos esforços para a conservação <strong>da</strong> região. A superfície <strong>de</strong> custo final (Figura26) mostra claramente esses gran<strong>de</strong>s centros urbanos com custo bastante alto, já que a variável“áreas urbanas” teve o maior peso na equação <strong>de</strong> integração. Na medi<strong>da</strong> em que se distanciam<strong>do</strong>s gran<strong>de</strong>s centros, em direção ao interior, o custo <strong>de</strong>cresce. Muitas <strong>da</strong>s áreas <strong>de</strong> menor custoestão nas bor<strong>da</strong>s <strong>da</strong> ecorregião.De mo<strong>do</strong> geral ain<strong>da</strong> há necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> aperfeiçoar as análises socioeconômicas que <strong>de</strong>vem estaratrela<strong>da</strong>s a processo <strong>de</strong> planejamento sistemático <strong>da</strong> conservação <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>squestões sociais e econômicas e a escassez <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s confiáveis e homogêneos no espaço.6.3 Seleção e <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong> propostas <strong>de</strong>uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conservaçãoA comparação <strong>do</strong> mapa <strong>de</strong> freqüência <strong>de</strong> seleção gera<strong>do</strong> pelo <strong>Mar</strong>xan (Figura 28) com asáreas prioritárias potenciais para conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Figura 27) indica que asáreas prioritárias foram conFigura<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong>s UPs com freqüência máxima <strong>de</strong> seleçãoe a maioria <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais UPs, não seleciona<strong>da</strong>s, aparecem no intervalo <strong>de</strong> menor seleção,existin<strong>do</strong> um número muito reduzi<strong>do</strong> <strong>de</strong> UPs com freqüência média. Em outras palavras, nãohá muitas opções <strong>de</strong> conFiguração espacial para a escolha <strong>de</strong> áreas na ecorregião, pois <strong>de</strong>vi<strong>do</strong>à gran<strong>de</strong> fragmentação, muitos <strong>do</strong>s objetos consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s, principalmente pequenas UFGsremanescentes, se tornaram altamente insubstituíveis. O resulta<strong>do</strong> foi a seleção <strong>de</strong> blocosagrega<strong>do</strong>s, principalmente em torno <strong>da</strong>s UCs <strong>de</strong> proteção integral, e <strong>de</strong> outras poucas uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> planejamento isola<strong>da</strong>s e dispersas na ecorregião, to<strong>da</strong>s com alta insubstituibili<strong>da</strong><strong>de</strong>.Embora haja gran<strong>de</strong>s áreas <strong>de</strong> remanescentes <strong>de</strong> vegetação na região <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Ribeira e <strong>da</strong> <strong>Serra</strong><strong>de</strong> Paranapiacaba, que cobrem mais <strong>de</strong> 80% <strong>do</strong> uso <strong>da</strong> terra <strong>de</strong>ssas áreas (Figura 6), a freqüência<strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> UPs não i<strong>de</strong>ntificou uma forte conexão entre as regiões, separan<strong>do</strong>-as em <strong>do</strong>isblocos distintos. A separação ocorreu <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à baixa insubstituibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> área que divi<strong>de</strong>os <strong>do</strong>is blocos (Figura 12). O mesmo tipo <strong>de</strong> isolamento ocorre entre as florestas paranaensese catarinenses, on<strong>de</strong> também há remanescentes <strong>de</strong> vegetação, nesse caso, pequenos efragmenta<strong>do</strong>s. Desse mo<strong>do</strong>, a freqüência <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> UPs indica a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> criação <strong>de</strong>um corre<strong>do</strong>r ecológico forma<strong>do</strong> pelas florestas <strong>do</strong> Vale <strong>do</strong> Ribeira em São Paulo e as florestas <strong>do</strong>Paraná, além <strong>do</strong> corre<strong>do</strong>r <strong>de</strong> floresta atlântica que vai <strong>da</strong> <strong>Serra</strong> <strong>de</strong> Paranapiacaba até a divisa <strong>do</strong>sesta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro, na <strong>Serra</strong> <strong>da</strong> Bocaina.

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