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Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

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Visão <strong>de</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>21© WWF-Brasil / Adriano GambariniA região serrana <strong>do</strong> Espírito Santo é separa<strong>da</strong> <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais serras <strong>do</strong> su<strong>de</strong>ste pela largaplanície fluvio-litorânea terminal <strong>do</strong> Rio Paraíba, inseri<strong>da</strong> na chama<strong>da</strong> Ecorregião<strong>da</strong>s Florestas Interioranas Baianas. Essa ecorregião engloba florestas estacionaissemi<strong>de</strong>ciduais com afini<strong>da</strong><strong>de</strong>s com o Cerra<strong>do</strong> e a Caatinga e niti<strong>da</strong>mente distintas<strong>da</strong>s formações florestais <strong>da</strong>s serras capixabas. O vale <strong>do</strong> Paraíba está intensamente<strong>de</strong>vasta<strong>do</strong>, a ponto <strong>de</strong> tornar muito difícil <strong>de</strong>terminar suas afini<strong>da</strong><strong>de</strong>s biogeográficasem relação às três ecorregiões que o circun<strong>da</strong>m. Contu<strong>do</strong>, é interessante notar que, emsua porção litorânea, o vale <strong>do</strong> rio Paraíba era coberto pre<strong>do</strong>minantemente por campos,mesmo antes <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> <strong>do</strong>s portugueses. Se os chama<strong>do</strong>s campos <strong>do</strong>s Goitacazeseram feições naturais, ou resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> antrópica 1 permanece ain<strong>da</strong> como umaquestão em aberto, mas o fato é que as formações florestais serranas <strong>do</strong> Espírito Santoformam um bloco disjunto <strong>da</strong>s <strong>de</strong>mais florestas <strong>de</strong> encosta <strong>do</strong> su<strong>de</strong>ste. Tal disjunçãopo<strong>de</strong> não ter ocorri<strong>do</strong> em outras épocas, especialmente durante o último perío<strong>do</strong> glacial,quan<strong>do</strong> a circulação <strong>de</strong> elementos <strong>da</strong> flora e fauna teria se <strong>da</strong><strong>do</strong> provavelmente através<strong>da</strong> zona <strong>da</strong> mata mineira, conforme atestam os encraves <strong>de</strong> floresta ombrófila mistapresentes nas serras capixabas. Uma possível linha <strong>de</strong> pontos <strong>de</strong> ligação po<strong>de</strong> servislumbra<strong>da</strong> através <strong>de</strong> serranias menores e disjuntas, que incluem as serras <strong>da</strong>s Torres,<strong>do</strong> Seio <strong>de</strong> Abraão, <strong>do</strong> Bom Retiro, <strong>do</strong> Palmital, <strong>da</strong>s Cangalhas e o Caparaó.Embora possua muitas similari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> biota com a Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>, a zonaserrana <strong>do</strong> Espírito Santo também possui componentes <strong>de</strong> fauna e flora únicos e <strong>de</strong>distribuição restrita. Particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>ssa natureza também ocorrem em outras porções<strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> – ex. serra <strong>do</strong>s Órgãos e as planícies costeiras paranaenses e<strong>do</strong> sul <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo. A diferenciação <strong>da</strong>s serras capixabas em relação às <strong>de</strong>maisformações serranas <strong>do</strong> sul e su<strong>de</strong>ste é compatível com o grau <strong>de</strong> heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> inclusono conceito <strong>de</strong> ecorregião. Porém, a presença <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mismos e outras singulari<strong>da</strong><strong>de</strong>spressupõem a a<strong>do</strong>ção <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s diferencia<strong>da</strong>s em uma estratégia conservacionista.UNIR PARA CONSERVAR A VIDA1 Certos autores <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>m que esses campos eram propositalmente manti<strong>do</strong>s pelos índios Tupis, a fim <strong>de</strong> que pu<strong>de</strong>ssem<strong>de</strong>tectar mais facilmente a presença <strong>de</strong> seus inimigos Goitacazes (ver Dean, 1996).

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