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Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

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Visão <strong>de</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>25montanhosas, este fator é um <strong>do</strong>s principais gera<strong>do</strong>res <strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e en<strong>de</strong>mismos,uma vez que as condições abióticas <strong>da</strong>s ca<strong>de</strong>ias <strong>de</strong> morros e <strong>do</strong>s vales adjacentes sãosempre muito distintas, se acentuam com os padrões climáticos (locais ou regionais), edificultam a colonização e dispersão <strong>do</strong>s indivíduos. Na Ecorregião <strong>da</strong> <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>, essefenômeno é exemplifica<strong>do</strong> pelos anfíbios associa<strong>do</strong>s aos riachos <strong>de</strong> corre<strong>de</strong>ira, on<strong>de</strong>espécies <strong>de</strong> um mesmo grupo liga<strong>da</strong>s a um maciço serrano ou bacia hidrográfica sãodiferentes. Outros exemplos são as inúmeras plantas rupícolas <strong>do</strong>s campos <strong>de</strong> altitu<strong>de</strong> eo gênero Brachycephalus spp <strong>de</strong> sapos <strong>de</strong> serrapilheira, que costumam ter espécies irmãsisola<strong>da</strong>s em morros vizinhos. Já as condições ambientais especiais comportam espéciescom requerimentos auto-ecológicos tão específicos que limitam a sua distribuição. Osartrópo<strong>de</strong>s cavernícolas e as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s vegetais associa<strong>da</strong>s aos solos calcários <strong>do</strong>vale <strong>do</strong> Ribeira são exemplos típicos na ecorregião.Por outro la<strong>do</strong>, o gradiente altitudinal <strong>da</strong> floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa é resulta<strong>do</strong> <strong>de</strong> umfenômeno macrorregional, que produz variação gradual na biota <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> semelhante,ao longo <strong>de</strong> to<strong>da</strong> a ecorregião. A combinação <strong>de</strong> relevo e clima resulta na estratificaçãofitofisionômica com transições suaves, e ligeiras diferenças associa<strong>da</strong>s a particulari<strong>da</strong><strong>de</strong>sem uma escala geográfica menor. Assim, é praticamente impossível <strong>de</strong>terminar limites <strong>de</strong>ocorrência bem <strong>de</strong>fini<strong>do</strong>s para as espécies distribuí<strong>da</strong>s nesse gradiente.Outro fenômeno <strong>de</strong> variação macrorregional verifica<strong>do</strong> na biota <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong><strong>Mar</strong> é o gradiente resultante <strong>da</strong>s mu<strong>da</strong>nças <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong>. Como a ecorregião é orienta<strong>da</strong>na direção norte-sul, e está dividi<strong>da</strong> entre as zonas tropical e subtropical (tempera<strong>da</strong>)(NIMER, 1979), forma-se mais um gradiente <strong>de</strong> distribuição <strong>de</strong> espécies. O aumento<strong>da</strong> latitu<strong>de</strong> faz baixar as temperaturas médias e crescer a incidência <strong>de</strong> gea<strong>da</strong>s. Comoresulta<strong>do</strong>, há a substituição gradual <strong>de</strong> espécies e diminuição <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>scomuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s à medi<strong>da</strong> que se avança em direção ao sul. Ao to<strong>do</strong>, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> apresença <strong>de</strong> en<strong>de</strong>mismos e a diminuição <strong>de</strong> abundância ou substituição <strong>de</strong> espécies <strong>da</strong>biota (por exemplo com variações coinci<strong>de</strong>ntes em <strong>de</strong> aves, borboletas, árvores, lagartose anfíbios), quatro gran<strong>de</strong>s macrorregiões aparentemente distintas ocorrem na região emfunção <strong>do</strong> gradiente <strong>de</strong> latitu<strong>de</strong> (Figura 4), mas as transições são sutis <strong>de</strong>mais para que sepossa limitá-las com confiança. Os limites entre as quatro macrorregiões foram vali<strong>da</strong><strong>do</strong>spor especialistas em biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> (Anexo I) e apresenta<strong>do</strong>s no II Seminário.Também há uma interação acentua<strong>da</strong> entre latitu<strong>de</strong> e altitu<strong>de</strong>, o que torna ain<strong>da</strong> maiscomplexo o quadro <strong>de</strong> variações. Conforme se avança em direção ao sul, as formações<strong>de</strong> floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa montana e altomontana passam a ocorrer em altitu<strong>de</strong>sca<strong>da</strong> vez mais baixas (VELOSO; et al., 1991). A partir <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>do</strong> Paraná, a florestaombrófila mista (Ecorregião <strong>da</strong>s Florestas <strong>de</strong> Araucária) substitui as formações montana ealtomontana no alto <strong>do</strong> planalto cristalino.UNIR PARA CONSERVAR A VIDA

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