12.07.2015 Views

Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

BIOMA MATA ATLÂNTICAGomes ex DC., conheci<strong>da</strong> como caxeta. Além <strong>de</strong>ssa espécie, são freqüentes o ipê-<strong>da</strong>-várzea(Tabebuia umbellata (Sond.) Sandwith), os ingás (Inga spp), o olandi (Calophyllum brasilienseCambess.) e a figueira-<strong>de</strong>-folha-miú<strong>da</strong> (Ficus organensis Cambess.).Por se localizarem em áreas planas litorâneas, essas formações florestais foram fragmenta<strong>da</strong>s,converti<strong>da</strong>s e ocupa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> colonização e ain<strong>da</strong> hoje, os poucos remanescentessofrem intensa pressão antrópica, pela expansão <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s costeiras, caça e exploraçãoexcessiva <strong>de</strong> recursos florestais (caxeta, palmito, plantas ornamentais, etc).As florestas ombrófilas <strong>de</strong>nsas submontanas se esten<strong>de</strong>m pelas encostas <strong>da</strong>s serras entre asaltitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> 50 a 500 metros, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> ocorrer em vales e grotões protegi<strong>do</strong>s nas cotas superiores.Trata-se <strong>da</strong> formação florestal característica <strong>da</strong>s representações <strong>da</strong> Mata Atlântica. Em seu estágioclimáxico, é composta por árvores <strong>de</strong> alturas aproxima<strong>da</strong>mente uniformes, raramente ultrapassan<strong>do</strong>30 metros, mas nos vales menos <strong>de</strong>clivosos, on<strong>de</strong> existe um espesso manto <strong>de</strong> <strong>de</strong>tritos vegetais,as maiores árvores po<strong>de</strong>m atingir até 40 metros <strong>de</strong> altura. Devi<strong>do</strong> à <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> terreno noqual se <strong>de</strong>senvolve, apresenta estratificação vertical pouco aparente, com intensa sobreposiçãoentre estratos florestais. Ain<strong>da</strong> <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à <strong>de</strong>clivi<strong>da</strong><strong>de</strong> e instabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s encostas, que produzem<strong>de</strong>slizamentos constantes, mostra-se como um mosaico <strong>de</strong> diferentes estágios sucessionais(ecouni<strong>da</strong><strong>de</strong>s florestais), com gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong> clareiras em diversos estágios <strong>de</strong> regeneração.O <strong>do</strong>ssel é mais diverso que aquele <strong>da</strong> formação anterior, composto por espécies varia<strong>da</strong>s, emsua maioria seletivas higrófilas. Entre as mais comuns cita-se o pau-sangue (Pterocarpus violaceusVogel), guatambu (Aspi<strong>do</strong>sperma olivaceum Müll. Arg.), laranjeira-<strong>do</strong>-mato (Sloanea guianensis(Aubl.) Benth.), figueiras (Ficus spp), tapiá-guaçu (Alchornea Triplinervia (Spreng.) Müll. Arg.),jequitibá (Cariniana uaupensis (Spruce ex O. Berg) Miers), canelas (Ocotea spp, Nectandra spp),araribá (Centrolobium robustum (Vell.) <strong>Mar</strong>t. ex Benth.), bicuíba (Virola oleifera (Schott) A.C. Sm.),cedros (Cedrella spp), canjerana (Cabralea canjerana (Vell.) <strong>Mar</strong>t.), maçaranduba (Manilkarasubsericea (<strong>Mar</strong>t.) Dubard), jatobá (Hymenaea courbaril L.), caovi (Pseu<strong>do</strong>pipta<strong>de</strong>nia warmingii(Benth.) G.P. Lewis & M.P. Lima), baguaçu (Talauma ovata A. St.-Hil.). Nos trechos sucessionaissão comuns as embaúbas (Cecropia spp), guapuruvu (Schizolobium parahyba (Vell.) S.F. Blake),manacás-<strong>da</strong>-serra (Tibouchina spp) e pau-<strong>de</strong>-tucano (Vochysia tucanorum <strong>Mar</strong>t.).No estrato intermediário, além <strong>de</strong> exemplares jovens <strong>de</strong> espécies que ocupam o <strong>do</strong>ssel, sãocomuns espécies tipicamente tropicais, como seca-ligeiro (Pera glabrata (Schott) Poepp. exBaill.), ingás (Inga spp), bagas-<strong>de</strong>-morcego (Guarea sp), guamirins (Gomi<strong>de</strong>sia spp, <strong>Mar</strong>liereaspp, Calyptranthes spp e Myrceugenia spp), almécega-vermelha (Pausandra morisiana (Casar.)Radlk.), canela-pimenta (Ocotea teleiandra (Meisn.) Mez), bacupari (Garcinia gardneriana (Planch.& Triana) Zappi). Destacam-se ain<strong>da</strong> os fetos arborescentes ou samambaiaçus (gêneros Alsophilaspp, Nephelea spp e Cyathea spp), e as palmeiras. O palmito-juçara (Euterpe edulis <strong>Mar</strong>t.)<strong>de</strong>veria ser a palmeira mais freqüente no estrato arbóreo intermediário, mas <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à exploraçãopre<strong>da</strong>tória, foi quase extermina<strong>do</strong> <strong>de</strong> muitas áreas. Além <strong>de</strong>ste, existem diversas outras espécies<strong>de</strong> palmeiras características <strong>de</strong>ssa floresta, como o jerivá (Syagrus romanzoffianum (Cham.)Glassman) e o in<strong>da</strong>iá (Attalea dubia (<strong>Mar</strong>t.) Burret), capazes <strong>de</strong> atingir os estratos superiores, oua guaricana (Geonoma elegans <strong>Mar</strong>t.), brejaúva (Astrocaryum aculeatissimum (Schott) Burret) etucuns (Bactris spp) restritos ao interior <strong>da</strong> floresta.No sub-bosque úmi<strong>do</strong> e mal ventila<strong>do</strong> ocorrem arbustos como baga-<strong>de</strong>-morcego (Guarea macrophyllaVahl), erva-d’anta (Psychotria sp), véu-<strong>de</strong>-noiva (Rudgea jasminoi<strong>de</strong>s (Cham.) Müll. Arg.), pimenteira

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!