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Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

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Visão <strong>de</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>5A visão <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> ecorregional, conforme concebi<strong>da</strong> pelo WWF-Brasil, éuma ferramenta para o planejamento que visa orientar as ações <strong>de</strong> conservação <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> em uma ecorregião. Seu objetivo é i<strong>de</strong>ntificar áreas <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong> paramanter uma amostra representativa <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> em to<strong>da</strong> uma ecorregião.A visão <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> serve como um ponto <strong>de</strong> referência para assegurar que ascaracterísticas ecológicas importantes se tornem os objetivos <strong>da</strong> conservação duranteto<strong>do</strong> o processo <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong> ecorregiões. Ela estabelece metas <strong>de</strong> conservação <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> basea<strong>da</strong>s em princípios amplamente aceitos na biologia <strong>da</strong> conservação,e i<strong>de</strong>ntifica áreas críticas a serem conserva<strong>da</strong>s, administra<strong>da</strong>s ou recupera<strong>da</strong>s para quetais metas sejam alcança<strong>da</strong>s. Essas áreas são i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong> procedimentoscientíficos que se fun<strong>da</strong>mentam nos melhores <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> disponíveis,assim como em informações socioeconômicas.A visão <strong>de</strong>ve cumprir os seguintes princípios básicos <strong>da</strong> biologia <strong>da</strong> conservação:• representação <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s naturais distintas <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong>s paisagens<strong>de</strong> conservação e na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> áreas protegi<strong>da</strong>s;• manutenção <strong>do</strong>s processos ecológicos e evolucionários que criam e sustentam abiodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>;• manutenção <strong>de</strong> populações viáveis <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as espécies nativas; e• conservação <strong>de</strong> blocos <strong>do</strong> habitat natural gran<strong>de</strong>s o bastante para seremresilientes aos distúrbios estocásticos e <strong>de</strong>terminísticos em gran<strong>de</strong> escala e àsmu<strong>da</strong>nças ambientais no longo prazo.A visão permite traçar estratégias <strong>de</strong> curto, médio e longo prazo para a conservaçãoecorregional, espacializar ações e priorizar sítios conforme a complexi<strong>da</strong><strong>de</strong> e urgência <strong>do</strong>sproblemas <strong>de</strong>tecta<strong>do</strong>s. Também permite revisão continua<strong>da</strong>, capaz <strong>de</strong> avaliar as estratégiasa<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s em função <strong>do</strong> grau <strong>de</strong> sucesso <strong>da</strong>s metas estipula<strong>da</strong>s, disponibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> novos<strong>da</strong><strong>do</strong>s ou surgimento <strong>de</strong> novas ameaças e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s para conservação. Assim, épossível, através <strong>de</strong> ações dinâmicas e flexíveis, distinguir ameaças e oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s,elaborar estratégias diferencia<strong>da</strong>s <strong>de</strong> manejo que conciliem as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s humanas e <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> em diversas porções <strong>da</strong> ecorregião, i<strong>de</strong>ntificar parceiros e atores, intervir eapoiar iniciativas <strong>de</strong> maior escala <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com uma perspectiva regional <strong>de</strong> ação.UNIR PARA CONSERVAR A VIDANeste <strong>do</strong>cumento é apresenta<strong>da</strong> a visão <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> para a Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong><strong>Mar</strong> (Figura 1). A partir <strong>da</strong> <strong>de</strong>limitação <strong>da</strong> ecorregião como uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> biogeográfica foirealiza<strong>do</strong> um processo <strong>de</strong> seleção <strong>de</strong> áreas prioritárias para conservação, contan<strong>do</strong> com autilização <strong>de</strong> uma abor<strong>da</strong>gem <strong>do</strong> Planejamento Sistemático <strong>da</strong> Conservação (MARGULES;SARKAR, 2007; MOILANEN et al., 2009), integran<strong>do</strong> quantitativamente o conhecimento <strong>de</strong>especialistas a sistemas <strong>de</strong> suporte à toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão. Ao longo <strong>do</strong> texto, são <strong>de</strong>scritosem <strong>de</strong>talhe os passos <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>da</strong>s áreas prioritárias, a saber: <strong>de</strong>terminação <strong>da</strong>insubstituibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s áreas (uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> sua importância biológica) a partir <strong>de</strong>objetos <strong>de</strong> conservação seleciona<strong>do</strong>s; construção <strong>de</strong> uma análise <strong>de</strong> custos (ameaças eoportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s) para a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, para subsidiar a i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>um conjunto <strong>de</strong> áreas com o menor custo <strong>de</strong> conservação possível; a seleção <strong>da</strong>s áreasprioritárias para conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> propriamente dita; e finalmente, a pósseleção,que dá subsídios para um esquema <strong>de</strong> priorização <strong>da</strong>s áreas e recomen<strong>da</strong>ção <strong>de</strong>ações para a conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>.

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