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Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

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BIOMA MATA ATLÂNTICA5.1.2 OBJETOS DE CONSERVAÇÃOA biota <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> é extremamente diversa, e informação integral a seu respeito nãopo<strong>de</strong> ser incorpora<strong>da</strong> na visão, tanto pela falta <strong>de</strong> conhecimento atual, quanto pela complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>natural <strong>do</strong>s ecossistemas tropicais. Assim, a variabili<strong>da</strong><strong>de</strong> biológica a ser conserva<strong>da</strong> foi inferi<strong>da</strong>através <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res, cujas características ecológicas e respostas frente à antropização <strong>do</strong> ambientepermitissem uma avaliação aproxima<strong>da</strong> sobre o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> preservação <strong>de</strong> diferentes porções <strong>da</strong>ecorregião, a representativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong>s UCs e a <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> áreas <strong>de</strong> relevante importância para aconservação. Os indica<strong>do</strong>res escolhi<strong>do</strong>s se enquadraram em duas categorias básicas:1. Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ecológicas representa<strong>da</strong>s por combinações <strong>de</strong> fitofisionomias e uni<strong>da</strong><strong>de</strong>sgeomorfológicas <strong>de</strong>nomina<strong>da</strong>s Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Fitogeomorfológicas (UFGs). As UFGs foramusa<strong>da</strong>s pela capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> refletir a presença <strong>de</strong> associações florísticas relativamentehomogêneas, distinguíveis na escala consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> (<strong>de</strong>riva<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s uni<strong>da</strong><strong>de</strong>sfitofisionômicas), combina<strong>da</strong>s com feições físicas <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> efeito sobre a biota (relevoe pe<strong>do</strong>logia). Embora não se possam saber quais espécies estão em uma UFG, ca<strong>da</strong>uma <strong>de</strong>las que esta abriga é consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong> uma comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> biológica distinguível,principalmente <strong>da</strong> flora, mas não apenas restrita a esta, porque a vegetação exercegran<strong>de</strong> influência na distribuição <strong>do</strong>s animais. A componente geomorfógica possibilitoua inclusão tanto <strong>de</strong> variação associa<strong>da</strong> aos condicionantes físicos diretos – solos,relevo, temperatura e umi<strong>da</strong><strong>de</strong> -, como também <strong>de</strong> processos histórico-evolutivos, umavez que a dinâmica climática sabi<strong>da</strong>mente afetou as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s geomorfológicas <strong>de</strong>maneira <strong>de</strong>sigual, resultan<strong>do</strong> em especiação diferencia<strong>da</strong>;2. Espécies, seleciona<strong>da</strong>s por sua suceptibili<strong>da</strong><strong>de</strong> à alterações antrópicas, en<strong>de</strong>mismo ouameaça, ou ain<strong>da</strong> pela capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong> refletir processos ecológicos regionais (os quaissão complexos e ain<strong>da</strong> pouco conheci<strong>do</strong>s na ecorregião).5.1.2.1 Uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s fitogeomorfológicas (UFGs)As UFGs foram objetos <strong>de</strong> conservação cria<strong>do</strong>s para servir <strong>de</strong> indica<strong>do</strong>res <strong>da</strong>s comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>secológicas, ecossistemas e uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ambientais. O critério básico para a <strong>de</strong>finição <strong>da</strong>s UFGscomo objeto <strong>de</strong> conservação foi articular os <strong>da</strong><strong>do</strong>s ambientais disponíveis <strong>da</strong> melhor formapara traduzir ou <strong>de</strong>screver a distribuição <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e os processos que a mantêm, emum prazo compatível com o cronograma <strong>de</strong> execução <strong>do</strong> projeto, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> a criar um indica<strong>do</strong>r<strong>do</strong>s padrões <strong>de</strong> distribuição <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, especialmente a flora. BONN; GASTON,2005 sugerem que a utilização <strong>de</strong> substitutos <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, como é o caso <strong>da</strong>s UFGs,em conjugação com <strong>da</strong><strong>do</strong>s <strong>de</strong> espécies, melhora a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> sistemas <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>conservação em termos <strong>de</strong> representativi<strong>da</strong><strong>de</strong>.As UFGs foram gera<strong>da</strong>s a partir <strong>da</strong> intersecção <strong>do</strong> mapa <strong>de</strong> geomorfologia com o mapa<strong>de</strong> formações vegetais remanescentes e uso e cobertura <strong>da</strong> terra <strong>da</strong>s bases <strong>de</strong> formaçõesgeomorfológicas e formações vegetais 1:1.000.000 e 1:250.000 <strong>do</strong> RADAMBRASIL (MINISTERIODE MINAS E ENERGIA, 1983). A caracterização <strong>da</strong>s fitofisionomias usou as <strong>de</strong>finições emprega<strong>da</strong>spor VELOSO (1991), espacializa<strong>da</strong>s conforme sua distribuição original aproxima<strong>da</strong>, com base nomapeamento existente no RADAMBRASIL. As informações sobre formações antropiza<strong>da</strong>s on<strong>de</strong> acobertura vegetal foi converti<strong>da</strong> em área <strong>de</strong> ocupação ou <strong>de</strong>scaracteriza<strong>da</strong> foram reclassifica<strong>da</strong>spara uma potencial formação vegetal original, <strong>de</strong> acor<strong>do</strong> com faixas hipsométricas a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s porVELOSO (1991) para caracterizar as diferentes formações florestais (Tabela 1).

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