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Visão de Biodiversidade da Ecorregião Serra do Mar

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Visão <strong>de</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>194.1 Revisão <strong>do</strong>s limitesA indicação para uma revisão e eventual alteração <strong>de</strong> limites <strong>da</strong> ecorregião surgiu durantea realização <strong>do</strong> I Seminário sobre a Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>, realiza<strong>do</strong> em novembro <strong>de</strong>2003. Na ocasião foram sugeri<strong>do</strong>s diversos pontos <strong>de</strong> revisão nos limites <strong>da</strong> ecorregião,associa<strong>do</strong>s a problemas <strong>de</strong> escala e georreferenciamento. Uma vez formata<strong>da</strong> uma proposta<strong>de</strong> alteração, <strong>de</strong>cidiu-se por submetê-la a um grupo <strong>de</strong> especialistas. Foram contacta<strong>do</strong>s29 especialistas em diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento, a saber: vertebra<strong>do</strong>s (mamíferosprimatas, aves e répteis), insetos (borboletas e libélulas), aracní<strong>de</strong>os (aranhas), botânica(bromeliaceas, orqui<strong>da</strong>ceas e pteri<strong>do</strong>fitas), ecologia <strong>da</strong> paisagem, ecologia <strong>de</strong> vegetação,biologia <strong>da</strong> conservação e geologia. A to<strong>do</strong>s foi envia<strong>da</strong> a proposta <strong>de</strong> alteração e solicita<strong>do</strong>um parecer. O novo limite <strong>da</strong> ecoregião (Figura 3 limite revisa<strong>do</strong>) incorporou a contribuição<strong>de</strong> 14 <strong>de</strong>sses especialistas (Anexo I – lista <strong>do</strong>s especialistas).A proposta <strong>de</strong> alteração consi<strong>de</strong>rava a porção sul, on<strong>de</strong> a <strong>de</strong>limitação <strong>de</strong>veria coincidir comas vertentes orientais <strong>da</strong>s escarpas litorâneas nos esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Rio Gran<strong>de</strong> <strong>do</strong> Sul e SantaCatarina. Discutiu-se também a manutenção ou exclusão <strong>da</strong> mancha disjunta <strong>do</strong> interior<strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> São Paulo, uma vez que, a princípio, essa área estaria melhor inseri<strong>da</strong> naEcorregião Florestas <strong>do</strong> Alto Paraná. A região encontra-se em uma faixa transicional entreos biomas <strong>da</strong> floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa e floresta estacional semi<strong>de</strong>cidual, e, em função <strong>da</strong>scondições climáticas e topográficas vigentes, sua classificação como área homogênea <strong>de</strong>floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa, constante na carta <strong>de</strong> vegetação <strong>do</strong> IBGE <strong>de</strong> 1988, parece umasimplificação equivoca<strong>da</strong>. No entanto, a vegetação natural <strong>da</strong> região encontra-se reduzi<strong>da</strong>a fragmentos pequenos e muito altera<strong>da</strong>, sen<strong>do</strong> difícil traçar afini<strong>da</strong><strong>de</strong>s biogeográficas.Diante <strong>do</strong> impasse gera<strong>do</strong> e <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> <strong>da</strong><strong>do</strong>s apropria<strong>do</strong>s para aprofun<strong>da</strong>r a discussão,optou-se por manter a mancha nos limites <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>. No entanto, avisão <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rou essa área na estratégia <strong>de</strong> conservação, porque sua integração trariaproblemas na elaboração <strong>do</strong> planejamento, sem benefício palpável para a manutenção <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> ecorregional.Critérios biogeográficos e <strong>de</strong> escala foram a justificativa para ampliação <strong>do</strong>s limites<strong>da</strong> ecorregião a fim <strong>de</strong> abrigar to<strong>do</strong> o maciço florestal <strong>da</strong> região <strong>do</strong>s Parques Estaduais(PE) turístico <strong>do</strong> alto Ribeira (PETAR), Carlos Botelho e Intervales, vertentes orientais <strong>da</strong><strong>Serra</strong> <strong>da</strong> Mantiqueira e Itatiaia. Esses mesmos critérios estão por <strong>de</strong>trás <strong>da</strong> inclusão <strong>de</strong>encraves <strong>de</strong> floresta ombrófila mista e estacional semi<strong>de</strong>cidual <strong>do</strong> nor<strong>de</strong>ste paulista e Rio<strong>de</strong> Janeiro <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>, constituin<strong>do</strong> parte <strong>de</strong> sua heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong>interna. Do mesmo mo<strong>do</strong>, <strong>de</strong>cidiu-se que, apesar <strong>de</strong> apresentarem algumas característicasbióticas e abióticas similares àquelas vigentes na <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>, as serras interioranasmineiras e baianas <strong>de</strong>veriam permanecer fora <strong>da</strong> Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> porque são áreasgeograficamente reduzi<strong>da</strong>s e consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong>s encraves <strong>de</strong> floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa em outrasformações <strong>de</strong> maior amplitu<strong>de</strong>. Assim como a Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong> possui pequenosencraves <strong>de</strong> outros biomas, as ecorregiões vizinhas somariam à sua heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong>algumas formações <strong>de</strong> floresta ombrófila <strong>de</strong>nsa, cujas faunas e floras também contêmmuitos elementos não compartilha<strong>do</strong>s com a Ecorregião <strong>Serra</strong> <strong>do</strong> <strong>Mar</strong>.UNIR PARA CONSERVAR A VIDA

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