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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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<strong>Carta</strong> <strong>ao</strong> <strong>AFRICOM</strong> <strong>No</strong>. 2 15colaborativos, a fim de reduzir o conflito causadopor esse declínio resulta em violência einseguridade. Outros países, contudo, conseguiramadaptar-se, mitigando a situação, reduzindo,assim, o conflito e a falta de segurança.Apresentamos abaixo, dois casos que sãoum estudo em contrastes: o Sudão e o Niger.As reações desses países são dissimilares. Consequentemente,a estabilidade e a segurançatambém resultam extremamente diferentes.A análise desses dois casos oferece exemplo<strong>ao</strong>s líderes do Comando, impulsionando astentativas para o aumento de capacidade doshabitantes do continente em aperfeiçoar aprópria estabilidade e segurança futuras.Estudo de Caso:A Degradação e o ConflitoO conflito, exacerbado pela degradação émuitas vezes complexo e devido a causas múltiplas.Contudo, os estudos de degradaçãoambiental no Sudão e Niger analisados dentrodos parâmetros descritos acima, revelam certaspressões e dificuldades específicas. As pressõesindividuais e os problemas previamentediscutidos seriam os enfoques das tentativasdo Comando para facilitar o processo no qual apopulação aprende a defender-se sozinha.O SudãoO estudo de caso do Sudão feito pelo ProgramaAmbiental das Nações Unidas [UnitedNations Environment Programme-UNEP] identificaa degradação ambiental como o contribuinteprincipal a conflito violento. Alémdisso, os pesquisadores concluiram que anosde conflito étnico, deslocamento de população,governos medíocres, corruptos e plenosde preconceitos, exploração descontroladade recursos naturais, pouco ou nenhum investimentoem desenvolvimento sustentável,contribuiram muito à instabilidade e falta desegurança. 32 Em particular, na região de Darfur,no Sudão, anos de seca exacerbados peladesertificação e aumento de população levaramos pastores nômades a conduzir os rebanhosde gado e cabras a território ocupadoprimariamente por agricultores de subsistência.O que seguiu foi um conflito violento.Aproximadamente 450.000 pessoas morreram,devido a luta e enfermidades. Cerca de2.4 milhões de pessoas foram deslocadas. 33 AAvaliação do Sudão Pós-Conflito [Sudan Post-Conflict Assessment], declara:A análise da UNEP indica que existe forte conexãoentre a degradação do solo, desertificação eo conflito em Darfur. O Darfur do <strong>No</strong>rte – ondeo aumento geométrico da população e o estresseambiental relacionados criaram condições par<strong>ao</strong> início e manutenção de conflito, devido adiferenças políticas, tribais e étnicas, é exemplotrágico da devastação social que, por vezes,resulta em colapso ecológico. A paz estável naregião não é possível, a menos que essas questõesambientais e de sobrevivência, subjacentese intimamente conectadas, sejam solucionadas. 34Esse conflito esclarece, explicitamente, ascinco categorias de questões ambientais presentesem toda a África:Os problemas ambientais foram e continuam aser as causas que contribuem a conflito. A competiçãopelas reservas petrolíferas e de gás natural,as águas do Nilo e a madeira, bem como autilização de solo relacionada a terras agrícolassão fatores importantes que causam, instigam eperpetuam o conflito no território. Os confrontossobre terras de pastagem natural e solo agrícolairrigados pela chuva em partes mais secasdo país são a manifestação, em especial, dramáticada conexão entre a falta de recursos naturaise o conflito violento. Contudo, em todos oscasos, os fatores ambientais estão interconectadosa uma série de outras questões sociopolíticoeconômicas.35A degradação da terra, a competição peloabastecimento escasso de água, padrões deprecipitação em fase de mudança contribuindoà seca e desertificação, a destruiçãodifundida de ecossistemas florestais por refugiadose, grandes movimentos de populaçãofora de controle, todos contribuem à instabilidadee a falta de segurança nesta região emturbulência. Embora o Sudão seja claro exemplodo círculo vicioso da degradação ambientalinterconectada a violento conflito, o Nigeré um estudo de caso oposto, no qual a degradaçãoambiental deu início a processos proativosque melhoraram as condições ecológi-

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