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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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SERÁ QUE O OBJETIVO NA ÁFRICA É “MATAR E QUEBRAR”? 51pessoais com outros funcionários. Tendem apermanecer mais tempo na região, mantendolaços pessoais, facilitando o trabalho entre asnações, sob o ponto de vista civil. Os militaresreceberiam o benefício de perspectiva, a longoprazo, de outras agências americanas, a fim deganhar e manter a confiança dos parceirosafricanos, ampliando os contatos além de apenasmilitar-militar (Princípio 2). Em muitospaíses, as forças armadas nem sempre são populares,devido a histórico de golpes de estado,regime militar ou guerras civis (e.g., Congo,Uganda e Libéria). Assim, as operações EUA-África, muitas vezes, serão recebidas com ceticismo,sem a confiança gerada pelos funcionárioscivis americanos que trabalham lado alado com os africanos.4. Operações. Tipicamente, poucas operaçõesnorte-americanas na África são estritamentede combate força-força. São operaçõesmistas: assistência humanitária; evacuação denão-combatentes; ou treinamento (acima).Tais operações possuem componente políticoe grande desenvolvimento. Consequentemente,as forças armadas devem trabalharcom outros setores do governo e diversos setoresdos governos de nossos parceiros (Princípio2). Um <strong>AFRICOM</strong> elaborado para integraros três componentes americanos manterácoerência em operações e servirá os interessesdos parceiros africanos, sem onerar muito anossa contribuição. Além disso, os militarespodem desempenhar as funções de facilitadoresentre os outros dois elementos da potêncianorte-americana - política e desenvolvimento(especialmente em transporte aéreo). Em últimaanálise, devemos desenvolver a estruturadas forças armadas, a fim de apoiar a políticaexterna norte-americana e não apenas operarde forma autônoma.A Somália de 1993/94, é bom exemplo. Aoperação Restaurar a Esperança iniciou comomissão de assistência humanitária pelos militares.Transformou-se em missão militar decaça <strong>ao</strong>s líderes da clã. A missão militar nãofoi bem sucedida e o Presidente Clinton acaboucancelando-a por completo. As duas tarefasdiplomáticas, i.e., compreender melhor asituação e estarmos dispostos a conversar comos líderes da clã, podiam haver evitado a escaladada violência militar. O resultado dessafalha foi o fracasso da missão.5. Outro Exemplo. Em um continente famosopor golpes militares, não queremos provar queestrutura pura e predominantemente militarna África vai funcionar por si só. (Princípio 2).Uma organização militar americana, regionalmentesubordinada a chefe civil, trabalhandocom organizações civis, daria o exemplo americanodo lugar que os militares ocupam na sociedade,contribuindo para desencorajar intervençõesmilitares. Na prática, se as operaçõesmilitares norte-americanas forem intimamentecoordenadas pelas agências políticas e de desenvolvimento,o alcance de contatos com osparceiros do governo africano será mais amplo,solidificando os outros governos contra o poderdas próprias forças armadas.Durante os anos 60 e 70, muitos na África eno exterior percebiam os militares como forçamodernizadora na sociedade africana. Emconsequência, certos segmentos da populaçãoafricana apoiaram os golpes militares e os EstadosUnidos muitas vezes olharam para ooutro lado, quando isso ocorria. Mais tarde,os militares comprovaram que não eram capazesde governar como se acreditava. Atualmente,as forças armadas dos EUA são competentes,até mesmo, em desempenhar tarefascivis (e.g., policiamento, distribuição de assistênciaalimentar, prestação de serviço médico,assessoramento governamental). Apesar disso,não queremos fazer com que os militares africanosacreditem que podem fazer tudo deforma independente, possivelmente incentivandointervenções políticas. A liderança civildo <strong>AFRICOM</strong> indicará o lugar que os militaresamericanos ocuparão na sociedade.6. História. Ao contrário da Europa após aSegunda Guerra Mundial, onde os EstadosUnidos estabeleceram um comando (EUCOM)na Alemanha derrotada, tentarão trabalharcom muitos governos africanos altaneiros e independentes.A fim de colocar forças americanasna África, com sucesso, os Estados Unidosdevem tratar os africanos com igualdade, fazendocom que a relação seja mutuamente benéfica(Princípio 1). Os Estados Unidos nãopodem ser vistos como força de ocupação,como ocorria na era colonial, memória ainda

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