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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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68 AIR & SPACE POWER JOURNALguerra aérea, Yeltsin nomeou Viktor Chernomyrdin,ex-premier, com fortes vínculos comos Estados Unidos a negociar um fim daguerra. Tampouco a ele Milosevic caía bem.Após negociar o plano de paz com o G-7,Chernomyrdin foi a Belgrado e comunicoufriamente a Milosevic que devia aceitar a propost<strong>ao</strong>u os ataques aéreos iriam aumentar. 99A potência cada vez maior da OTAN e suahabilidade de atacar a Sérvia com impunidadeforçou o único aliado de Milosevic a atuarcomo terceiro coercitivo em nome da OTAN.O abandono da Rússia e o isolamento da Sérviado restante da comunidade internacionalforam essenciais para que Milosevic aceitasseas demandas do G-7.Al-Bashir possui vínculos mais fortes com acomunidade internacional, principalmentedevido a extenso investimento estrangeiro nosetor petrolífero e o potencial de bilhões dedólares em outros. Apesar de grandes sançõeseconômicas pelos Estados Unidos, inúmerospaíses investem no Sudão, inclusive países árabese vários aliados norte-americanos. AFrança, Jordânia, os Países Baixos, a ArábiaSaudita, a África do Sul, a Suécia, os EmiradosÁrabes e o Reino Unido, todos possuem interesseem capital de contrapartida referente<strong>ao</strong>s blocos de petróleo no Sudão. 100 A Índia ea Malásia também investem abundantementeno país. Mas, seu parceiro político e diplomáticomais poderoso é a China. O Sudão foi aquarta nação africana a reconhecer a RepúblicaPopular da China em 1959. Levam-sebem desde então e, em 1994, al-Bashir convidoucompanhias chinesas a desenvolver o setorpetrolífero, à época latente. 101 A Chinaaceitou a oferta e fomentou a relação para obenefício mútuo de ambos os países. A Chinausou o Sudão como ponto de partida para investimentosem toda a África. O Sudão rapidamentedesenvolveu a indústria petrolífera eusou a renda para fortalecer a segurança danação e adquirir armas. O investimento de US$8 bilhões em oleoduto, refinarias e infraestruturabásica pela China é grande incentivopara apoiar um governo sudanês forte e estável.Aquele país usa sua posição no Conselhode Segurança da ONU para mitigar as iniciativasque poderiam enfraquecer o regime de al-Bashir, mantendo a filosofia de Beijing denão-interferência em assuntos domésticos denações soberanas. 102A falta de concatenação entre retórica eimposição de resoluções da ONU após as atrocidadesde Darfur colocam em relevo a dificuldadede uso de sanções econômicas e isolamentopolítico como instrumentos paracausar a erosão da base de poder de al-Bashir.A primeira resolução da ONU redigida especificamentepara Darfur é a de número1556 de 30 de julho de 2004, requerendo queo governo sudanês desarme a janjawiid dentrode 30 dias. O único mecanismo de imposiçãona resolução foi o estabelecimento de embargode armas para a região de Darfur. Nãocontra o Sudão em si. Pouco mudou emmarço de 2005, quando o Conselho de Segurançapassou a Resolução 1591, que impõeproibição de viagem a quatro antagonistas emambos os lados do conflito, mas não conden<strong>ao</strong>u expande as sanções <strong>ao</strong> governo sudanês ouà indústria petrolífera. 103 A China, Rússia e aLiga Árabe opuseram-se à proposta de claúsulasmais fortes, devido a auto-interesse econômicoe ceticismo para com os argumentoshumanitários de que os Estados Unidos e outrospodiam usar para ultrapassar os limitesda soberania nacional. 104 A menos que a situaçãohumanitária e de segurança mude drasticamente,os Estados Unidos irão perceberque será difícil aplicar medidas coercitivascontra o regime de al-Bashir, especialmentepor que a comunidade internacional não estevedisposta a condenar o governo sudanêsimediamente após as atrocidades em Darfuralcançarem o ponto máximo.As Inferências dasDiretrizes para DarfurAs operações Provide Comfort, Deny Flight, eAllied Force são analogias de grande apelo <strong>ao</strong>sproponentes de intervenção humanitária emDarfur, porque tais campanhas colocam emdestaque o sofrimento de refugiados e a coerçãobem sucedida de ditador malevolentecom potência aérea predominante. Contudo,é imprudente usar essas operações como fer-

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