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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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70 AIR & SPACE POWER JOURNALcoercitiva em Darfur seria enorme. Os Sudanesescolocarão em execução contraestratégias,a fim de neutralizar as ameaças e criarproblemas para os Estados Unidos e forçasopostas. 110 A presença de milhares de trabalhadoreshumanitários, dois milhões de pessoasdeslocadas, paz precária com o Sudão do Sul evínculos econômicos extensos com a Chin<strong>ao</strong>ferecem <strong>ao</strong> Sudão excelente dissuasão. Casovenha a falhar a dissuasão, o regime possuiinúmeros meios de criar pandemônio e ameaçara eficácia e o apoio domésticos para a intervenção.A recém expulsão de organizações deassistência que proporcionam 40 por cento doauxílio humanitário em Darfur e a falta de reaçãodas Nações Unidas são exemplos. 111A disposição para reciclar as estratégias depotência aérea em Darfur e a implementaçãode contraestratégias pelo regime de al-Bashirpodem fazer com que o Sudão saia fora decontrole, colocando a administração deObama em posição de não causar inveja,tendo que explicar <strong>ao</strong> público americanocomo um punhado de boas intenções levou àcatástrofe tão grande. 112Em vez de arriscar a escalagem e o desastrepara reconciliar injustiças passadas, a estratégiaamericana no Sudão deve manter o enfoqueno futuro. De acordo com o Acordo dePaz Compreensivo [Comprehensive Peace Agreement]de 2005, o Sudão realizará eleições coma participação de partidos múltiplos em 2009e um referendo em 2011 para determinar sehaverá a secessão do Sudão do Sul. Se ocorrera separação do Sudão do resto do país, o resultadoprovável será que o Sudão Setentrionalperderá 80 por cento das reservas de petróleojá confirmadas, ameaça muito maiscrível a al-Bashir do que ataques aéreos. 113 Obloqueio do voto pela independência do SudãoMeridional, contestando os resultados daeleição ou suspendendo as rendas de petróleoequivale à declaração de guerra. A subsequentecarnificina irá superar a do conflitoem Darfur. Os Estados Unidos devem proporcionarincentivos positivos e garantias de queas eleições de 2011 serão para o benefício dogoverno sudanês. Um passo na direção certaseria permitir que a China passasse uma resoluçãodo Conselho de Segurança para deferiro indiciamento de al-Bashir. É contraproducentee seu efeito é mínimo em dissuadir ambosos lados do conflito em colocar em execuçãooperações que pensam necessárias àsobrevivência. 114Os Estados Unidos também podem compensara perda em rendas antecipadas pelasecessão do Sudão do Sul, rescindindo sanções,permitindo que o Sudão tenha acesso àtecnologia para o refinamento de petróleo efacilitando sua própria exploração de recursospetrolíficos no Mar Vermelho. 115 O impactoserá muito maior se incrementarmosincentivos positivos para implementar o CPA,removendo o Sudão da lista de nações queapoiam o terrorismo. Isso amenizará as atrocidadesem Darfur, o que zona de voo interditadoalguma poderá fazer.ConclusãoA comunidade internacional nunca deveesquecer os eventos trágicos de Darfur. Contudo,a administração de Obama não podedeixar que atrocidades passadas e analogiashistóricas persuasivas ofusquem o discernimentoacerca da eficácia da potência aérea noSudão. As operações Provide Comfort, DeliberateForce e Allied Force foram muito bem sucedidaspara forçar Saddam e Milosevic a sucumbir àpressão da potência aérea norte-americana,mas as condições internas e externas <strong>ao</strong>s conflitosforam vitais <strong>ao</strong> sucesso. Com a Rússia emdeclínio e a OTAN em expansão, as condiçõeseram favoráveis <strong>ao</strong>s Estados Unidos e Aliadospara exercer pressão em Saddam, Milosevic eAliados. Atualmente, o aliado político sudanês,a China, está em ascenção, enquanto as forçasmilitares norte americanas estão em atividade,levando a cabo duas ocupações em grande escala,no Iraque e Afeganistão. Apesar das proclamaçõesde campanha do Presidente Obamae a nomeação do General J. Scott Grationcomo emissário especial <strong>ao</strong> Sudão, a administraçãovai notar que gerar o impulso político econsenso necessários à intervenção militar legítimaserá enorme empreendimento. 116Mesmo sem o consenso internacional,duvída-se que uma zona de voo interditadoou ataques aéreos poderiam repetir os suces-

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