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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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50 AIR & SPACE POWER JOURNALa cooperação de governos locais. Provavelmente,o sucesso teria sido em relações préestabelecidasa longo prazo com parceirosafricanos e franceses alí radicados muito antesdos Estados Unidos demonstrarem interessena região. É também provável que a boa participaçãode civis no comando facilitaria acessoà organizações civis, especialmente não-governamentais.3. Confiança. Contatos frequentes durantelongo período de tempo não só aumentam aconfiança interpessoal, mas também, por extensão,a confiança para com os motivos dosEUA na África. Uma organização não puramentemilitar inspira confiança, levando àmesa diferentes pontos de vista e capacidades.As forças armadas norte-americanas são famosasem entrar, solucionar o problema e sair.Inúmeras operações militares americanas naÁfrica foram a curto prazo e só solucionaramos problemas em parte. Por exemplo, os militaresamericanos rapidamente abandonaram aSomália, após a morte de pequeno númerode Rangers do Exército em outubro de 1993.Em 1994, os militares ajudaram a evacuar cidadãosna Ruanda. Retiraram-se sem intervirno genocídio. Em 2003, os Fuzileiros Navaisamericanos brevemente desembarcaram naLibéria para garantir a segurança, mas deixaramo local após somente dois meses. As forçasarmadas americanas, embora eficazes namissão designada, apenas oferecem assistênciacontínua limitada à população local.Ao analisarmos o período de 2001 a 2007,o Comando Europeu dos EUA (EUCOM) realizou14 exercícios e sete operações distintas,a fim de apoiar as nações africanas. 5 Seis delesforam missões de assistência médica a curtoprazo (e.g., MEDFLAG) com assistência necessária,terminando após curto período detempo, dificilmente formando a base para estabelecerrelações de cooperação a longoprazo. Da mesma forma, duas operações doEUCOM de assistência a terremotos (Argélia eMarrocos) certamente auxiliaram as pessoasmas, não estabeleceram contato a longoprazo. Por outro lado, o número de operaçõesmilitares de treinamento (duas) e exercícios(seis) permitiram contato limitado. As relaçõesnão tiveram a oportunidade de se desenvolverplenamente ou continuar <strong>ao</strong> longo dotempo, a não ser em circunstâncias bastantelimitadas. O EUCOM também desenvolveuuma série de tentativas em andamento, comas nações africanas (tais como projetos de assistênciahumanitária e desminagem, Iniciativade Contraterrorismo Trans-Sahara e apoiobásico a outras organizações regionais). Contudo,o contato adicional foi limitado. Pode-seargumentar que um <strong>AFRICOM</strong> com administraçãomilitar ampliaria tais empreendimentos.Entretanto é improvável, devido a restriçõesorçamentárias. Não é de causar surpres<strong>ao</strong> fato de que autoridades oficiais, em muitospaíses, suspeitam a capacidade militar americana.Possuimos capacidade militar que oscilamde grandes operações de superfície, durantea primeira parte da Guerra do Golfo eOperação Liberdade do Iraque, ataques deprecisão lançados de B-2s voando em meiomundo, a pequenas operações secretas. Talvez,intervir dessa maneira não seja o objetivo.Contudo, uma organização puramente militarprovoca imagens de operações passadas.Por exemplo, muitos africanos conhecemnossa história de ostensivas intervenções militaresna América Latina, bem como coupsd’états menos evidentes, como o golpe de1953, que colocou o Xá do Irã no poder. Damesma forma, a capacidade militar de vigilância(i.e., espionagem) é bem divulgada e causasuspeita de que possa ser direcionada <strong>ao</strong>s parceirosafricanos. Em comentário para a revistamilitar Strategic Studies Quarterly, o sul-africanoAbel Esterhuyse ecoou, dentro de alguns círculosna África, o temor, bastante real, de quea criação do <strong>AFRICOM</strong> sinalizaria a militarizaçãoda política americana na África, colocandoem ênfase a acusação de que os EstadosUnidos usam a guerra contra o terrorismopara obter acesso a recursos africanos. 6 Duasapreensões que organizações militares nãopodem dissipar facilmente.Por outro lado, o Departamento de Estadoe a USAID possuem a reputação de enfoque alongo prazo, treinando o pessoal para trabalharcom parceiros estrangeiros, desenvolvendo,inclusive, melhor habilidade linguística.Ambas agências sentem-se à vontade emlevar tempo para fomentar relacionamentos

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