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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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64 AIR & SPACE POWER JOURNALA história de intervenção militar e coerçãoem Darfur não inclui capacidade e resoluçãoem utilização de força, especialmente contrauma miríade de participantes não-estatais. AONU autorizou o uso de forças de paz duasvezes durante a crise de Darfur. Uma resoluçãodo Conselho de Segurança de junho de2004 deu origem à Missão AU no Sudão(AMIS), uma força de 7.500 soldados e políciadas nações africanas, cuja função era monitorarum acordo verbal de cessar-fogo, a fim de“providenciar ambiente seguro e protegido<strong>ao</strong> regresso de pessoas deslocadas dentro dopaís e refugiados”. 63 Infelizmente, o mandatoda missão, regras de engajamento e número[de tropas] foram completamente inadequadospara completar a tarefa. A missão, subfinanciadae com poucos recursos nem podiaconfrontar os rebeldes que bloqueavam as estradas,para tentar proteger os 34 campos derefugiados, alguns deles com mais de 120.000ocupantes, em área do tamanho da França. AONU aprovou uma segunda força de paz “híbrida”composta de 20.600 forças da AU eONU em agosto de 2006, a fim de incrementaro número de tropas na AMIS, dotando-acom mandato mais potente. Contudo, o destacamentonotou que era até mesmo difícilgarantir sua própria proteção. 64 As forças daAU ficaram sem munição em setembro de2007, quando centenas de rebeldes invadiramsua base <strong>ao</strong> leste de Darfur, apoderando-se detoneladas de suprimentos e armamento pesado.65 Para que soluções militares futurascontem com êxito na região, devem superar opessimismo gerado por anos de má vontadepela comunidade internacional de ir além demanter a paz de forma neutra, providenciandoa mediação no Sudão.A OperaçãoVoo InterditadoAs operações de paz em Bósnia tambémenfrentaram problemas de falta de credibilidade.Contudo, os Estados Unidos e a OTANsuperaram a falta de potência da operaçãoDeny Flight com a Deliberate Force.A agressão sérvia e o apoio à campanha desaneamento étnico pelos Sérvios da Bósniacom início no Verão de 1992, inspiraram aOTAN a impor sanções compreensivas contraa Sérvia, a destacar pessoal para manter a paze a fazer com que a OTAN fizesse cumpriruma zona de voo interditado dentro do espaçoaéreo da Bósnia. 66 O uso de força, contudo,mesmo para defender as tropas de manutençãode paz da ONU foi “altamente circunscrito”durante a operação Deny Flight e, osSérvios da Bósnia, aproveitaram a indecisão daONU para ganhar território e aterrorizar apopulação civil. 67 A queda de Sbrenica, a áreasegura muçulmana, o uso de reféns da ONUpara dissuadir represálias pela OTAN e a possibilidadeda ONU bater em retirada da Bósnia,levou os Estados Unidos a liderar e escalara campanha aérea contra os Sérvios, de agostoa dezembro de 1995. 68 O suprimento secretodos Muçulmanos da Bósnia e os ataques aéreosestrategicamente cronometrados com as ofensivasde superfície croatas alteraram o equilíbrio[de posse] de território na região. Asperdas de território e o prospecto de remoçãode sanções forçaram Milosevic a negociar termospara por fim <strong>ao</strong> conflito. 69 O indiciamentode Radovan Karadzic e Ratko Mladic por delitosde guerra também possibilitaram <strong>ao</strong> emissáriodiplomático americano isolar os obstrucionistassérvios das negociações de cessar-fogo.Isso possibilitou <strong>ao</strong>s americanos a negociar eempregar os acordos de paz de Dayton. 70Uma suposição essencial que emerge dasoperações Deny Flight e Deliberate Force é queataques aéreos oportunos e o indiciamento decriminosos de guerra facilitam negociações e aformulação de acordos de cessar-fogo viáveis.Se os Estados Unidos usarem estratégia similarcontra o governo sudanês, duas diferençasno conflito de Darfur tornam tal generalizaçãoimprovável. Os habitantes de Darfurbuscam garantias de segurança e maior quinhãoda riqueza nacional e não a independênciado Grande Sudão. Por outro lado,aquele que exerce a coerção deve adicionar àequação, estratégia de paz em Darfur, o conflitoentre o <strong>No</strong>rte e o Sul, possivelmenteainda mais desestabilizador.

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