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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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SERÁ QUE O OBJETIVO NA ÁFRICA É “MATAR E QUEBRAR”? 49ocorre, especialmente, com recursos disponíveisde vários fornecedores. Assim, consideramoso acesso <strong>ao</strong> petróleo e a outros recursosnaturais simplesmente outros benefícios colaterais.Por outro lado, em geral, os países africanosestão interessados em garantir o mercadopara os produtos agrícolas. Possivelmenteseria algo em que podemos contribuir mas,fora da esfera militar.Obviamente, seis fatores requerem essa propostade macro-organização do <strong>AFRICOM</strong>, <strong>ao</strong>expandirmos os dois princípios básicos acima:orçamento, acesso, confiança, operações, exemploe história. Cada um deles é argumento claropara verdadeiro comando interinstitucional,combinando, sinergeticamente, os pontos fortesde cada um dos três principais elementos – militar,político e desenvolvimento.1. Orçamento. Será limitado. Assim, todas astentativas devem ser feitas para que as operaçõessejam mais sinérgicas (Princípio 1). Devemosestar prontos para trabalhar com os aliados,não apenas ‘com muita conversa e poucaação’ mas em operações reais, traçando bases eplanos. Por um lado, devemos coordenar asatividades com os aliados da OTAN tipicamenteativos na África, como os franceses e osbritânicos, juntamente com outras nações europeiasaliadas que dedicam cada vez maioresrecursos materiais e humanos <strong>ao</strong> continente.Em geral, muitos interesses americanos, i.e.,promoção de estabilidade e democracia, bemcomo assistência humanitária de emergência,são os mesmos das nações europeias. Entretanto,devemos trabalhar em íntima colaboraçãocom os parceiros africanos, aceitando suaajuda e orientação, quando apropriado. Promovea preservação de nossos recursos, mas otrabalho com os parceiros africanos serve deguia para que possamos auxiliá-los a promoveros próprios interesses.Aqui, um exemplo aplicável seria a cooperaçãonorte-americana, facilitando operaçõesde paz [Peace Keeping Operations-PKO]. Comoem muitas PKOs da ONU e de outras organizaçõesanteriores, as nações africanas tendem aestar dispostas a contribuir com tropas, masprecisam de ajuda logística – equipamento,suprimento e transporte. É possível que os EstadosUnidos economizem dinheiro, se as naçõesafricanas contribuem pessoal às PKOs poreles selecionadas, sob condição de reciprocidade,i.e., prestaríamos assistência em PKOsselecionadas pelas nações africanas, nem sempretão importantes para a política externanorte-americana. Ao pesquisarmos o oesteafricano, veremos que em operações de manutençãode paz na Libéria, iniciadas em 1990,os militares norte-americanos prestaram auxíliodireto somente em transporte aéreo detropas em preparativos eleitorais em 1997. 4Indiscutivelmente, as forças de paz no oesteafricano teriam sido mais eficazes com maioracesso direto a apoio logístico confiável. Umcomando interinstitucional auxiliaria em empreendimentosorçamentários, combinando oempenho militar, a curto prazo, <strong>ao</strong> de longoprazo de outras organizações governamentaisamericanas. Em manutenção de paz, a USAIDmuitas vezes envolveu-se em situações de desmobilizaçãoe reintegração pós-conflito, algoque, naturalmente, decorre das PKOs. A utilizaçãode fundos seria mais eficiente se todas asfases, desde a implantação inicial de tropas atéa reintegração final dos combatentes, fossemplanejadas <strong>ao</strong> mesmo tempo.2. Acesso. Para quaisquer operações, devemoster acesso à pessoas, instalações e boavontade dos parceiros. Os franceses estabelecerambases aéreas na África Central e Ocidentalusadas anteriormente. Se cooperarmoscom os Franceses, provavelmente poderíamosutilizá-las. Além disso, o acesso a portos, outrosaeroportos e infraestruturas seria facilitado setrabalhássemos em conjunto com os parceirosafricanos, auxiliando na resolução de seusproblemas. Uma América vista como potêncianeo-imperialista não será tão benvinda comoaquela que auxiliará na solução de problemasque eles mesmos veem como pertinentes - anão ser que estejamos prontos a desembolsargrandes quantias (ver Orçamento acima).Além disso, estreita colaboração com osfranceses e outros permitiria entrada à redesnormalmente difíceis de acessar. Os franceses,<strong>ao</strong> longo dos anos, desenvolveram redes pessoaisna África francófona, úteis <strong>ao</strong> alcance deobjetivos da política externa americana. Porexemplo, as várias operações americanas antiterrorismono Sahel foram bem eficazes com

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