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Carta ao AFRICOM No. 1 - Air & Space Power Chronicle

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16 AIR & SPACE POWER JOURNAL(Da UNEP, Africa: Atlas of Our Changing Environment[Nairobi, Kenya: Division of Early Warning and Assessment,UNEP, 2008], 306, http://www.unep.org/dewa/africa/AfricaAtlas/PDF/en/Africa_Atlas_Full_en.pdf.)cas. Veio a ser contribuinte principal à elevadasegurança e estabilidade.NigerDurante os anos 70, o Niger passou porenorme período de seca. O Sahel, região jácaracteristicamente árida, de chuva variável esolo de baixa fertilidade, abriga a maior parteda população do país. As ameaças de desertificaçãoe degradação do solo forçaram os agricultoresdessa enorme faixa de terra a alterarseu relacionamento para com o solo e tambémentre si. Os processos de gerenciamentode ecossistemas metódicos, tais como o plantiode espécies de árvores específicas, projetadasa fim de restaurar as condições ambientaise a produtividade agrícola, foram adotadosem toda a área. Os agricultores, precisamente,usaram técnicas simples, de baixo custo quetornaram possível a regeneração natural deárvores e arbustos. Essas técnicas, coletivamentedenominadas de regeneração-naturalgerenciada-pelo-agricultor[farmer-managednatural-regeneration],requeriam programassimples de conservação de floresta-solo-água. 36Os resultados foram espetaculares. Os cientistasdo Departamento de Levantamento Geológicodos Estados Unidos [US Geological Survey]compararam fotografias aéreas dos anos70 com as fotos tomadas em 2005. Ficaramsurpresos com a extr<strong>ao</strong>rdinária transformaçãoambiental. Mais de 5 milhões de hectares emNiger confirmam a regeneração de vegetação:Hoje, os parques agrícolas substituem os camposvarridos pelo vento dos anos 70. A densidadede árvores em fazendas aumentou de deza vinte vezes. A dimensão dos vilarejos tambémcresceu de forma dramática, em geral pelo fatorde três, indicador direto de crescimento dapopulação rural. As mudanças também foramsurpreendentes nos declives rochosos e planaltos<strong>ao</strong> leste de Tahoua. Quase completamentedesnudado em 1975, um conglomerado de terraçose desfiladeiros rochosos extende-se agorapelas áreas que haviam sido construídas paracontrolar a erosão do solo, atrapar a preciosaágua de chuva e criar micro-reservatórios paraplantar e fortalecer as árvores. O resultado foique agora árvores crescem na maioria dos planaltose os agricultores aproveitam o novoambiente para plantar campos de milho miúdoe sorgo, entremeio às fileiras de árvores. Osquebra-ventos compostos de árvores adultasziguezagueiam pelo amplo Vale Maggia e tributários.Agora, muitos vales possuem diques erepresas baixas que formam pequenos lagostemporários. À medida que as águas retrocedem,durante a temporada da seca, os agricultoresplantam vegetais. O resultado foi umavibrante economia de produtos agrícolasdurante a seca. Atualmente, grande parte dosvales revela-se em verde exuberante com o plantiode cebola, alface, tomate, batata-doce,pimentões e outros.Inúmeras entrevistas com os habitantes de vilasem toda a região confirmam melhoria notáveldesde a década de 70. Os agricultores indicam oaumento em número de árvores de sombra, avariedade de árvores de grande valor monetárioe a reabilitação de dezenas de milhares de hectaresde solo anteriormente degradado. Os projetosdos anos 70 e 80 demonstraram o que sepodia conseguir, oferecendo opções <strong>ao</strong>s habitantes.Desde então, houve enorme multiplicação,particularmente em regeneração-naturalgerenciada-pelos-agricultores,uma grandemudança na maneira como mantêm os campos,permitindo o crescimento de árvores valiosas. 37

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