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O Mensageiro das Estrelas - Galileu Galilei - 1610

Livro escrito pelo cientista Galileu Galilei em 1610 sob título original de "Sidereus Nuncius". Livro científico

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seria <strong>Galileu</strong>, ao mostrar que essa "nebulosa" era afinal um<br />

agregado de 21 estrelas muito próximas, quem desferiria a derradeira<br />

machadada na concepção antiga.<br />

De modo semelhante, a "nebulosà' do Presépio (hoje em<br />

dia com a designação de agregado Messier 44 [M44, NGC<br />

2632], um enxame aberto), facilmente visível a olho nu, é<br />

conhecida desde a mais remota antiguidade; os gregos chamavam-lhe<br />

Manjedoura, e Ptolomeu, no seu famoso Catálogo,<br />

inclui-a também entre as sete nebulosas lista<strong>das</strong> no Almagesto. 93<br />

Sem lentes não se conseguem distinguir as estrelas, vendo-se<br />

apenas uma mancha difusa, mas <strong>Galileu</strong>, com o telescópio,<br />

resolveu-a num aglomerado de 38 estrelas.<br />

Estas observações telescópicas pareciam resolver definitivamente<br />

a questão da verdadeira natureza <strong>das</strong> zonas nebulosas do<br />

céu, e, baseado neste esclarecimento, <strong>Galileu</strong> explicava que era<br />

exactamente o que também se observava na Via Láctea, sobre<br />

em geral, a ordem dos alfabetos corresponde a uma ordem decrescente de<br />

brilho o que passaria a ser conhecido como a nomenclatura de Bayer.<br />

O atlas de Bayer foi muito popular, a despeito de ter sido publicado nas<br />

vésperas do aparecimento do telescópio, o que iria alterar profundamente<br />

a história da astronomia. Depois da primeira edição de 1603 foi reeditado<br />

em 1624, 1639, 1641, 1648, 1655, 1661, 1666 e 1689. I-Iouve<br />

também várias edições do texto, sem os mapas. Sobre a história deste e<br />

de outros famosos atlas celestes, como o Firmamentum Sobiescianum<br />

(1690) de Johannes Hevelius (1611-1687), o Atlas coelestis (1729), de<br />

John Flamsteed (1646-1719), e a Uranographia (1801), de Johann Elert<br />

Bode (1747-1826), veja-se: DEBORAH J. WARNER, The Sky Explored:<br />

Celestial Cartography, 1500-1800 (New York: Alan R. Liss; Amsterdam:<br />

Theatrum Orbis Terrarum, 1979); GEORGE S. SNYDER, Maps olthe Heavens<br />

(New York: Abbeville Press, 1984); PETER WHITFlELD, The Mapping<br />

01 the Heavens (London: the British Libraray; 1995); FELICE STOPPA, Atlas<br />

Coelestis: II cielo stellato nella scienza e nell'arte (Mílano: Salviatí Editore,<br />

2006); NICK KANAS, Star Maps. Hirtory, Artistry, and Cartography (Berlin<br />

and New York: Springer, 2007).<br />

93 Vide Ptolemjs Almagest. Translated and Annotated by G. J. Too­<br />

MER (Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1998), p. 366.<br />

73

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