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Jornal das Oficinas 173

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Nas oficinas e casas de peças, poucos produtos<br />

haverá com maior rotatividade do que<br />

os filtros (os chamados fast movers). Ninguém<br />

duvida da sua função e importância.<br />

Seja na filtragem de contaminantes do ar<br />

ou na retenção de impurezas que se instalem no óleo<br />

e no combustível. Ou ainda o seu papel na queima <strong>das</strong><br />

partículas, impedindo que estas sejam liberta<strong>das</strong> pelo<br />

escape dos veículos.<br />

À semelhança da importância dos lubrificantes e dos<br />

combustíveis (dois produtos derivados do petróleo), os<br />

filtros também assumem um papel determinante. De<br />

que forma? As substâncias resultantes da erosão/combustão<br />

dos motores e as impurezas presentes no óleo e<br />

no combustível representam uma ameaça à conservação<br />

<strong>das</strong> peças móveis. Depois, o ar, quer o de admissão<br />

quer o que entra no habitáculo, deverá ser o mais limpo<br />

possível. E a missão dos filtros é deter estes agentes indesejados.<br />

Propriedades duráveis<br />

Pela natureza que têm, os filtros devem manter as suas<br />

propriedades de filtragem o maior número de quilómetros<br />

possível. Devem ser substituídos quando se deteta<br />

que já não estão a cumprir a sua função de forma eficaz.<br />

Os de óleo, devem preservar a saúde dos motores<br />

térmicos e endotérmicos. Os de combustível, mais indispensáveis<br />

nos veículos Diesel do que nos veículos a<br />

gasolina, retêm as partículas e a humidade que podem<br />

danificar o sistema de alimentação e os componentes da<br />

câmara de combustão. Por sua vez, os de partículas, que<br />

são os mais dispendiosos, destinam-se a fazer a queima<br />

<strong>das</strong> partículas nocivas, de modo a que estas não sejam<br />

liberta<strong>das</strong> pelo escape. Por norma, durante este processo,<br />

que demora, em média, dois minutos, o consumo de<br />

combustível aumenta.<br />

Já os filtros de ar, têm uma dupla função: controlar o<br />

fluxo e, também, a qualidade do gás atmosférico que<br />

é admitido nos motores (em função da sua cilindrada,<br />

estes recebem entre 200 a 500 m3 de ar por hora). Ao<br />

conseguir reter as impurezas indesejáveis, evitam que<br />

possam ocorrer danos internos e desgaste prematuro<br />

nos cilindros dos motores. Por último, os filtros de habitáculo<br />

(pólen e carbono ativo) tornam o ar interior<br />

do veículo mais respirável e tão limpo quanto possível.<br />

Por outras palavras, visam libertá-lo de contaminantes<br />

externos, como poeiras e odores.<br />

Como será possível comprovar ao longo <strong>das</strong> páginas<br />

deste Em Foco, existe uma enorme variedade de marcas<br />

e referências de filtros no mercado, nas suas diversas<br />

vertentes. Graças aos novos conceitos logísticos existentes,<br />

é possível aceder rapidamente a estes componentes<br />

sem obrigar as oficinas e casas de peças a disporem de<br />

grandes stocks de filtros. Trata-se de um mercado maduro,<br />

extremamente concorrido, mas com os olhos colocados<br />

no futuro. O <strong>Jornal</strong> <strong>das</strong> <strong>Oficinas</strong> auscultou os<br />

principais protagonistas na área dos filtros e mediu o<br />

pulso ao próprio negócio.<br />

Adaptar à evolução<br />

Joaquim Candeias, responsável do bilstein group em<br />

Portugal, acredita que estes fast movers “pertencem a<br />

uma gama de produto vasta, que terá de adaptar-se à<br />

evolução do mercado e aos novos tipos de filtros que<br />

estão a surgir, fruto <strong>das</strong> alterações que se verificam com<br />

as novas tecnologias”, afirma. “Quanto à evolução relativa<br />

a produto, podemos mencionar que a evolução de<br />

negócio de cada filtro tem vindo a alterar-se. Os filtros<br />

de óleo são um produto que, graças à evolução tecnológica,<br />

suportam um número de quilómetros superior e,<br />

uma vez que a mudança de óleo dos veículos tem vindo<br />

a ser cada vez mais espaçada, a mudança do filtro de<br />

óleo também se torna menos regular”, explica. Na sua<br />

opinião, em relação “aos filtros de ar e de combustível, a<br />

tecnologia também influenciou o negócio: são produtos<br />

que se tornaram mais inovadores do ponto de vista do<br />

desenvolvimento técnico, tornando-se num produto de<br />

valor superior, o que fez com que os níveis de faturação<br />

aumentassem por esse motivo”, refere. Por fim, “os filtros<br />

de habitáculo têm registado um crescimento significativo<br />

nas ven<strong>das</strong>, não só porque, atualmente, todos<br />

os veículos dispõem deste componente, mas, sobretudo,<br />

porque a sensibilização, tanto do consumidor final<br />

como do mecânico, tem vindo a aumentar quanto ao<br />

impacto que este filtro tem na saúde e no bem-estar dos<br />

ocupantes dos veículos”, sublinha.<br />

Sobre o futuro deste mercado, o responsável do bilstein<br />

group em Portugal defende que este “terá de adaptar-<br />

-se aos novos veículos”. E explica: “Um veículo elétrico,<br />

por exemplo, tem menos filtros do que um comum<br />

com motor de combustão interna, mas a maior parte<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Abril I 2020 71

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