A Arte do Encontro
Dividida em uma pesquisa bibliográfica crítica acerca da gamification e numa autoetnografia da participação em larps, a pesquisa propõe um modelo lúdico e, portanto, comunicacional, pautado pela complexidade, pela contra-hegemonia e pela ecologia. Por ludocomunicação, conceito defendido em A Arte do Encontro, compreende-se um contraponto à gamification – pautada pela competividade e pela virtualização – que visa a utilização de dinâmicas lúdicas para promover a formação e manutenção de relações comunitárias.
Dividida em uma pesquisa bibliográfica crítica acerca da gamification e numa autoetnografia da participação em larps, a pesquisa propõe um modelo lúdico e, portanto, comunicacional, pautado pela complexidade, pela contra-hegemonia e pela ecologia. Por ludocomunicação, conceito defendido em A Arte do Encontro, compreende-se um contraponto à gamification – pautada pela competividade e pela virtualização – que visa a utilização de dinâmicas lúdicas para promover a formação e manutenção de relações comunitárias.
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A ARTE DO ENCONTRO
tese-manifesto, que é coisa para poucos, e que nos oferece uma utopia
possível, uma resposta a muitas questões sobre as quais pesquisadores
da comunicação vêm se debruçando contemporaneamente.
Vi nascer e amadurecer um grande pesquisador, que soube com audácia
construir a ideia da Ludocomunicação; que aqui, além de defendida, é
parte de um manifesto de cunho CIENTÍFICO, POLÍTICO e POÉTICO.
Científico, porque questiona sobre o fazer das Ciências da Comunicação
e da Informação, oferecendo uma perspectiva-outra, crítico-compreensiva
e convicta do papel incontestável da subjetividade, sobre a qual
devemos estar conscientes ao pesquisar. Nenhum pesquisador está
isento dos temas que escolhe, dos autores que lê, das metodologias que
utiliza. Eles já nos compunham e nos marcam para além de nós, pois
os deformamos e reformamos, queiramos ou não.
Esta obra é um manifesto Político, porque se insere no contexto social
contemporâneo, tocando aspectos muito problemáticos da esfera pública,
e para além da crítica pela crítica, que também é problematizada neste
livro, propõe transformações possíveis para o próprio fazer científico,
por mostrar caminhos para que, por meio da comunicação, possamos
intervir no mundo do qual somos parte.
É um manifesto honesto, corajoso, fiel a seu autor e extremamente necessário,
pois penetra com profundidade as gangrenas do quadro social
em que vivemos, quando em meio a uma pandemia, com mortos que se
somam em escala exponencial, nós, cientistas da comunicação, seguimos
nos atendo à lógica produtivista e burocrática da área em que pesquisamos,
enquanto a democracia, a ciência, a arte e nossos direitos são
vilipendiados escandalosamente, diante na nossa estupefação e inércia.
Alegria só pode ser prova dos nove quando se percebe uma postura
política corajosa, que percorre todo este trabalho, inclusive em detalhes
importantes, tais como na escolha pelo autor de obras de referência
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